domingo, 8 de junho de 2014

OITAVO E NONO CAPÍTULOS DE APOCALIPSE (AS SETE TROMBETAS- Conclusão)

"E os sete anjos, que tinham as sete trombetas, prepararam-se para toca-las"(Ap.8:6) 
O segundo capítulo do livro de Daniel menciona o surgimento e queda de quatro grandes impérios universais consecutivos: Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma, descritos sob o símbolo de uma portentosa estátua avistada em sonho pelo rei Babilônico Nabucodonosor. 
Idêntica referência encontra-se registrada no capítulo sete do mesmo livro, porém agora representada pela figura de quatro ferozes animais.
Na imagem, o quarto reino corresponde as suas pernas e pés, confeccionadas em partes de ferro e em partes de barro, indicando isto que, embora aquela nação por um lado detenha a dureza do ferro, teria também por outro a fragilidade do barro.
Os dez dedos de seus pés caracterizam o número pelos quais seria ela definitivamente fracionada. 
No animal, a divisão caracteriza-se pelo fato de possuir ele dez chifres, surgidos a partir dele.
Estes países recebem particular atenção nas profecias devido sua influência sobre o desdobramento da obra de pregação da Palavra de Deus durante o período em que cada um se acha localizado no curso da historia.
Interferiram durante o seu tempo positiva ou negativamente nas condições enfrentadas pelos arautos do Evangelho no cumprimento de seu sagrado dever nesta terra.
Observe-se que os sete selos aludem acontecimentos pertinentes a igreja, enquanto as trombetas paralelamente estampam fatos de ordem militar determinando rumos dados ao seguimento cristão durante a vigência de ambos.
As quatro primeiras, entre as sete, identificam o esfacelamento do império romano anteriormente profetizado com exata precisão (Ap.8:7-13) 
Destacam como "flagelos" as súbitas e letais incursões bárbaras sobre o território Romano culminando com sua derrocada total em 476 ad. 
Interessante observarmos a precisão dos detalhes contidos na profecia.
Este reino seria forte e fraco respectivamente.
Como o ferro, que esmiúça, Roma fazia em pedaços qualquer que lhe cruzasse seu caminho, no entanto era frágil internamente.
Corroída pela corrupção e ganância de seus políticos, encontrava-se de contínuo susceptível a golpes de estado, artimanhas e conluios secretos que lhe abalava em suas bases governamentais e consequente instabilidade econômica e social.
Exatamente nestes moldes encontrava-se o império no momento em que Constantino foi proclamado "augusto" pelas suas tropas em 25/06/306.
Este, depois de um reinado estranho, onde igreja e estado foram tendenciosamente fundidos como uma espécie de solução para os prognósticos de falência total a rondarem seu país, foi sucedido por seus três filhos: Constantino II, Constante I e Constâncio II, os quais dividiram entre si a administração do império até que, depois de uma serie de lutas confusas, Constâncio II emergiu como augusto único.
Tal situação abriu caminho para a irreversível partição do império favorecendo a confirmação legal do mais cruel sistema de governo romano: O papado.
O fato do legado de Constantino ter sido hereditariamente repartido á seus três filhos e ter servido isto de "porta de entrada" para as invasões bárbaras é revelado na profecia pela linguagem que define por "terça parte" o alvo atingido pelos "flagelos" anunciados pelos toques das quatro trombetas.
O nono capítulo inteiro de Apocalipse foi reservado exclusivamente para descrever o toque das três últimas trombetas.
Pela necessidade de um espaço muito grande que pudesse conter todos os pontos históricos focados por ele, o abreviaremos mencionando alguns que consideramos os mais importantes.
Para iniciarmos convém primeiro entendermos a situação de momento ao ressoar a primeira trombeta: O império romano estava que quase inteiramente tomado militarmente por aqueles que consideravam bárbaros, com exceção de umas poucas cidades. 
Porém, esta nova Roma, surgida á pouco, a Roma eclesiástica, tencionava reaver os espaços geográficos perdidos mediante sua recém criada política de conquistas, fato denunciado nos capítulos doze e treze das profecias de João. 
O papismo se empenhou aguerridamente nessa disposição, usando, aliados á matreira eloquência, os recursos da força bruta.
Muito além da extraordinária pompa de seus cerimoniais e os imponentes caracteres a adornarem aquele que era chamado de o vigário de Cristo, em nome de sua professa fé ela inconsequentemente condenava e matava seus dissidentes empregando para isto métodos infinitamente mais cruéis e dolorosos que aqueles aplicados pelos bárbaros contra os seus inimigos.
Isto chamou a atenção do mundo gerando aversão pela religião que Roma supostamente representava.
Esse quadro de bestialidade fomentou circunstâncias que impulsionaram a concretização dos elementos apontados pelos toques finais das trombetas, agora chamadas de "ais" para a humanidade em geral, e principalmente aqueles a se manterem fieis ás Sagradas Escrituras.
Como um barril de pólvora o planeta foi comovido em dissenções e disputas.
Deste ciclo de tensão e revoltas, onde alguns nomes se tornaram famosos, surgiram nações e respectivas religiões cujo fundamentalismo atingiria a sociedade da terra até aos dias de hoje.
Foi a partir deste ponto da historia e da profecia que guerras e terrorismo se levantaram mais enfaticamente utilizando motivos religiosos para se sustentarem.
Personagens históricos, como por exemplo * Maomé e Abu-Bakr; * Cosroes, * Otman, entre outros, encharcaram a terra de sangue durante o período do toque da trombeta respectivo a seu tempo e sua obra, postergando um legado de morte e dores que incide ainda atualmente.
Tudo isto se sucedeu e sucede em razão da atuação do quarto reino das profecias e somente terminará quando o Senhor, manifestando-Se na gloria de Seu retorno, decretar um definitivo fim para o mal.


















sábado, 31 de maio de 2014

A ORIGEM DO MAL.

            








Olá amigos. 
Quem há que pelo menos uma vez não tenha se confrontado com a indagação inquirindo sobre a origem do mal... Como e porque surgiu? Porque Deus não o eliminou logo no seu inicio? Porque continua ainda assolando a humanidade? 
Bons questionamentos, não?
Interessante observar que sempre parece haver embutidos nestes, de alguma maneira, uma espécie de arbitrariedade da parte de Deus transigindo com sua vigência; mas a bem da  verdade poucos conhecem de modo profundo as razões pelas quais o Onipotente Senhor do Universo não tomou as providências cabíveis no caso, não somente na sua atual existência mas, lá no princípio, quando isto começou.
E a resposta para tal situação é simples, embora complexa: Não o pode faze-lo! Quê??? Contradiriam alguns... Acaso existe impossíveis ao Grandioso Deus? Afirmamos que, dado a engendração empregada por Satanás quando da deflagração do mal geraram-se circunstâncias tornando impossível ao Senhor agir de modo que a legitimidade para uma incisiva ação naquele momento transmitisse total transparência perante o universo. 
Complexo, não é mesmo? Mas uma realidade.
E iremos aqui totalmente esclarecer o "mistério" usando a Bíblia para esse fim. 
Iniciaremos a explanação conhecendo um pouco sobre o precursor do mal: Lúcifer. 
Relativo a sua pessoa malvada, poderia ainda surgir outro questionamento: Mas teria Deus o criado  propenso ao mal? Absolutamente não. 
Foi gerado perfeito.
A forma em como exercitou o mal após instaura-lo em seu coração é possível ser explicado; porém a forma de como teria ele acedido ao mal em um ambiente de perfeição somente a eternidade poderá revelar. 
Então, o mal já existiria mesmo antes da criação perfeita de Lúcifer? 
Pode-se dizer que sim, pois mal é a retração do bem; e Lúcifer até então, foi o primeiro a incorrer nesta situação, por isto ser chamado ele de o "pai da mentira"(Jo.8;44)
Diz a Bíblia "Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti"(Ez.28:15) 
O "desvio de conduta" contrário aos seus genuínos princípios se deu por meio do orgulho nutrido pelos  atributos com os quais foi concebido: Inteligência (Ez.28:3) Beleza (Ez.28:17) e posição (Ez.28:14) 
Tais lhe subiram aos olhos almejando alcançar prerrogativas que não possuía de fato. (Ez.28:6 Is.14:13,14) 
Para isso, por meio de enganos, confederou á sua rebelião outros anjos que certamente o admiravam (Ap.12:4 Jd.9 2Pd.2:4)
Mas, de que forma se constituiu tal rebelião? 
Bem... A Bíblia não se atém a muitos detalhes, porém deixa claros indícios do ocorrido naqueles tempos primórdios.
Acompanhemos um texto reservado a menção do assunto: "Houve peleja no céu. Miguel e os Seus anjos pelejaram contra o dragão (Lúcifer) Também  pelejaram o dragão e seus anjos"(Ap.12:7) 
Quem combateu o inimigo nos céus foi Jesus. (Jd.9 Dn.12:1) 
Não poderemos pressupor que a peleja que houve entre ambos os exércitos tenha acontecido sob uso de armas de guerra, tais como espadas, lanças ou outros, pois Satanás e suas hordas não seriam páreo eficientemente capazes para um confronto ao poder e majestade Divina.
O referido combate foi sim um tribunal de jurisconsultos, onde ambas as partes pleiteavam a razão da verdade. Compare (Ap.12:8) 
As evidências expressas no texto citado confirmam ter sido aquela revolta no céu uma conspiração realizada ás ocultas, distorcendo o diabo as verdades de Deus na mente dos anjos, como haveria de repetir já na terra com Adão e Eva.
Observe-se a linguagem de Paulo definindo o sacrifício realizado pelo Salvador:
"Porque aprouve a Deus que Nele (Jesus) residisse toda a plenitude, e que, havendo feito a paz, pelo sangue da Sua cruz, por meio Dele reconciliasse consigo mesmo todas as cousas, quer sobre a terra, quer nos céus" (Cl.1:19,20)
Então... declara o texto que o Calvário não se restringe alcançar apenas a terra, mas também o céu.
Mas como assim? Obviamente que pela revolta levantada pelo inimigo.
Usou lá as mesmas artimanhas usadas aqui.
Ardilosamente incutiu dúvidas nas mentes com respeito ás Leis de Deus, constituição do Seu governo, levando-os a suspeitas de Sua jurisprudência.
Não deveriam mais, a partir disto, de ama-Lo por Sua bondade e retidão, porém teme-Lo como um ser arbitrário, que promulga leis com objetivo de ser servido e honrado por meio destas, punindo impiedosamente a desobediência nas Suas absortas e falíveis criaturas.
Este tendencioso pensamento, comum em muitas pessoas aqui neste mundo, igualmente foi transplantado na convicção de milhares de seres angélicos.
Tivesse o Todo Poderoso tomado imediata sanção punitiva de morte sobre seu arqui rival e fatalmente estas mentiras teriam sido confirmadas como verdades.
O mesmo paradigma se reincidiu  no Jardim do Éden.
Vamos analisar a situação.
O homem pecou pela transgressão  da Lei de Deus, norma da organização Divina. Cobiçou; furtou, etc.(Gn.3:6 Os.6:6,7 Rm.5:12-14) 
Aquele ato aferia diretamente em no mínimo duas situações, resultando, para cada uma destas, consequências idênticas.
A Lei, violada exigia o sangue do transgressor para ser sustentada em vigência e e aplicabilidade.
Caso o Senhor Deus, naquele momento, impunha as sanções segundo Suas normativas judiciais, as profanas alegações de Satanás possivelmente tomariam a imagem de Deus invertendo-A em Sua posição e valores, ou seja: realmente  domina Ele compulsoriamente a cerviz de Seus filhos. É um ditador. 
Caso Deus não tomasse nenhuma providência, desconsiderando aquela transgressão, seria então Sua Lei tida como falha, sem alcance, sem definição; passiva a ser desrespeitada por quem quer que fosse, a hora que bem entendesse.
Para todo lado que Deus se voltasse haveria uma emboscada  mortal, cuidadosamente planejada e armada pelo adversário da paz e do bem.
Esta situação delicada  já se arrastara desde os céus, arrostando para a responsabilidade de Deus uma decisão que poderia custar a harmonia de todo o universo.
Foi sob tais circunstâncias elaborado o plano da salvação.
Por amor a todos os filhos Deus o criou.
Interessante observar que quando expulso do céu já conhecia o diabo dispor ele de um tempo previamente estabelecido por Deus.(Ap.12:12) 
Quando Jesus expirou na dolorosa cruz, os anjos permaneceram estupefatos diante daquela cena.
Ali se evidenciou quem em verdade tinha razão.
Ali as mentiras do sedutor caíram por terra.
Ali foi ele desmascarado em suas reais intenções.
Ali ficaram estampadas quais teriam sido os resultados se tivesse ele alcançado o trono supremo.
As guerras; violência urbana e no campo; pestilências acometendo não somente a idosos mas crianças e jovens; fomes; pobreza e riqueza extremas; comoções da natureza, etc. que arrancam rugidos de dor nos mortais, são fruto e obra do mal, despertado e executado pelo diabo.
Aparentam certa complacência da parte de Deus mas no seu devido tempo serão extirpados da vida daqueles que com paciência souberam suporta-los.
Deus, por amor de cada um de Seus pequeninos, por amor de toda a extensão de Sua obra se resignou a determinar um tempo específico para Seu ambicioso e invejoso inimigo, tempo esse quase esgotado.
O importante disto é que nesse período de conflito entre o bem e o mal nem por um segundo os sofrimentos infligidos ás Suas amadas criaturas passou-Lhe desapercebido.
Nosso Salvador, além da agonia da cruz padece as nossas feridas também. 




































OITAVO E NONO CAPÍTULOS DE APOCALIPSE (SÉTIMO SELO E SETE TROMBETAS) (17)

                   OITAVO E NONO CAPÍTULOS DE APOCALIPSE

O capitulo 6 terminou narrando cenas ocorridas sob o sexto selo, e o oitavo capítulo se inicia com a abertura do sétimo. 
O capítulo sete, exposição de um solene evento que "sela" ou "assinala" os servos de Deus, fica inserido, como que entre parêntesis, entre sexto e sétimo selos, inquestionavelmente demonstrando com isto pertencer esta obra de selamento ao período abrangido pelo sexto selo.
"Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo, houve silêncio no céu cerca de meia hora"(Ap.8:1)
O sexto selo não nos leva ao advento do Senhor Jesus, propriamente dito, ainda que se refira á acontecimentos diretamente associados a ele. 
Apresenta as terríveis comoções dos elementos consequentes da visão dos céus enrolando-se feito um pergaminho e a agitação que causa na sociedade humana, extraindo-lhes a angustiada confissão que admite ter chegado o dia da ira Divina e a expectativa de verem o Rei aparecer-lhes em insuportável gloria... Mas o sexto selo termina imediatamente antes deste grandioso acontecimento.
A aparição pessoal do Senhor Jesus deve, portanto, ser atribuída ao selo seguinte e, esse fato, com certeza absoluta foi assim determinado por Deus para de alguma maneira chamar a atenção do pesquisador. O cumprimento do capítulo sete deve se dar sob circunstâncias onde a fé e o amor ao Salvador e irrestrita obediência á Sua Palavra não encontre lugar ou produza no mundo equivalente moralidade religiosa. Profecias paralelas á obra de selamento demonstram que esta enfrenta ferrenha oposição, confrontada  por parte da besta que intenta impor seu contrário sinal.
Esta situação opositora deve determinar a condição espiritual incrédula daqueles aos quais o surgimento do Senhor lhes derive surpresa e terror.
Concluímos, com base neste ordenado princípio colocado por Deus dentro da sequência profética, que o capítulo sete do Apocalipse contenha ensinos primordiais para instrução e crescimento na fé de Seus estudantes.
Este tema abordaremos em artigo específico e sistematicamente no seu devido lugar.
É extraordinária a precisão com que toda a Bíblia se harmoniza. Comparemos as expressões "Houve silêncio no céu..." com as palavras de Jesus "Quando vier o Filho do Homem e TODOS os Seus anjos com ele"... (Mt.25:31) 
Quando todos os harpistas celestes deixarem as cortes do Céu acompanhando seu divino Senhor, vindo auxiliar no resgate daqueles que foram remidos neste planeta, o Céu não deverá ficar mais silencioso? 
"..Por cerca de meia hora" Para muitos intérpretes das profecias, especialmente aqueles que, não recorrendo á Bíblia para explicação dos seus misteriosos símbolos aplicam a estes sentidos baseados em conclusões pessoais, a referência ao tempo decorrido deste silêncio de meia hora no céu não possui  sentido significativo e, conforme este pensamento, não atentam para um detalhe de suma importância. 
Óbvio que João não cronometrou sua duração mas, se ficou registrado pela vontade daquele que inspirou as visões deste livro, certamente deve conter algum ensino útil.
Caso tomado em consideração a regra que em profecia introduz um dia por um ano (Nm.14:34 Ez.4:6) meia hora profética equivalem a cerca de sete dias literais.
Isto quer dizer que entre a saída da comitiva real da Jerusalém Celestial e sua reentrada lá, computam-se sete dias de tempo conforme contados na terra.
Interessante, não? 
Á partir disto, poderia surgir a pergunta: Mas para que Nosso Senhor Jesus Cristo dispenderia de todo este tempo? 
Afirmar qualquer coisa não passaria de conjectura. 
Isto talvez tenha alguma relação com ensinos apresentados no selamento do capítulo sete.
As sete trombetas são  eventos paralelos aos sete selos e parte das sete cartas dirigidas ás igrejas.
"Então vi os sete anjos que se acham em pé diante de Deus, e lhes foram dadas sete trombetas... E os sete anjos que tinham as sete trombetas preparam-se para toca-las"(Ap.8:2,6)
Estes versículos iniciam uma nova e distinta serie de acontecimentos.
Nos selos foram apresentados aspectos religiosos ligados a igreja durante a dispensação cristã.
Nas sete trombetas destacam-se acontecimentos políticos e militares ocorridos no mesmo período, e que de alguma maneira interferiram diretamente no curso em que a fé verdadeira foi levada a sofrer.
O seu toque apresenta-se como um complemento das profecias de Daniel capítulos 2 e 7, começando com o esfacelamento do velho e terrível império romano em suas dez divisões, de que temos uma descrição nas quatro primeiras trombetas.
Para que este artigo não se torne demasiadamente extenso, apresentaremos sua conclusão no próximo a ser publicado na serie.

































quarta-feira, 28 de maio de 2014

O SEXTO SELO

                                             O SEXTO SELO

"Vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo, e sobreveio grande terremoto. O sol se tornou negro como saco de crina, e a lua toda como sangue, as estrelas caíram pela terra, como a figueira, quando abalada por vento forte, deixa cair os seus figos verdes, e o céu recolheu-se como um pergaminho que se enrola..." (Ap.6:12-14)
Essa profecia Jesus já havia mencionado aos Seus discípulos no Monte das Oliveiras, posicionando-a após a perseguição papal e anterior ao Seu retorno á terra. (Mt.24:29-31) 
Solenes e sublimes são as cenas em decorrência da abertura deste selo e alcançam os dias atuais.
O pensamento de um fato tão importante, tão decisivo, deveria despertar nos corações humanos interesse mais intenso e profundo pelas coisas divinas.
Se observarmos atentamente a descrição dos selos estudados até aqui, perceberemos que após o quinto a mudança da linguagem que os define se transforma abruptamente, ou seja: de eminentemente figurada que era para literal e direta. 
Sejam por quais tenham sido os motivos ou causas; a mudança existente nesse sentido é inegável.
Por nenhum princípio de interpretação a linguagem dos selos precedentes pode ser aplicada literalmente, da mesma maneira que a deste não pode ser figurada.
Teremos, portanto, que aceitar a mudança, ainda que incapazes de a explica-la diretamente por meio de algum outro versículo. 
Há na Bíblia um fator determinante para o qual devemos prestar a atenção: No período abrangido por este selo, as Sagradas Escrituras, especialmente Suas porções proféticas, deveriam ser descerradas ao conhecimento dos homens.
Encontramos tal descrição em vários textos Bíblicos. 
Dois exemplos: "Tu, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará..." (Dn.12:4 ver também v.7-10) "E será pregado este Evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações, então virá o fim"(Mt.24:14) 
Sugere isto que talvez por este motivo tenha se dado aquela mudança de princípios encontrada na apresentação que descreve os sete selos... Os acontecimentos previstos ao atual correspondem a um tempo em que seriam possíveis serem plenamente compreendidos e abordados sem a  necessidade de estarem ocultos sob figuras, servindo também aos estudiosos dos tempos como  um marcador. 
Observe-se a precisão com que a profecia corresponde a dados históricos, ou vice e versa, cronologicamente harmonizado- se.
Em 1/11/1755 ocorreu um dos maiores terremotos que se tem notícia: O conhecido Sismo de Lisboa, que ficou marcado pela intensidade, estragos causados e número de vítimas.
Atingiu grande parte da Europa, principalmente seu sudoeste; também  alcançou a África e a América.
Essa catástrofe se configura na ordem sequencial dentro do quadro profético  o indicativo de abertura do sexto selo.
Poucos anos depois, em 19/05/1780, outro fenômeno, cuja explicação científica jamais foi possível ser encontrada, acontece sobre a Nova Inglaterra, atual EUA, e parte do Canadá: O chamado Dark Day, ou Dia Escuro.
Neste dia o sol se tornou, conforme descrito na Bíblia, negro como saco de crina.
Na noite seguinte a escuridão foi muito densa, como se a lua tivesse se tornado em sangue.
Restaria cumprir-se ainda um outro elemento para que as predições da profecia se completassem, e demarcassem assim a sua definitiva localização no calendário da terra: "A queda das estrelas".
E isto se deu em 13/11/1833, quando uma grande e  indescritível chuva de meteoros se precipitou no céu, também avistada nos Estados Unidos.
Calculam alguns não menos de duzentos e quarenta mil meteoros visíveis sobre o horizonte de Boston.
Muitos escritores que registraram o caso, mesmo desconhecendo a menção bíblica, o comparam a uma árvore que, sacudida pelo vento, arremessa longe seus frutos.
Assim localizados e datados pela historia, tais acontecimentos inquestionavelmente anunciam confirmando a abertura do sexto selo, evento que precede o imediato retorno do Senhor Jesus a esta terra e nos dirige para outros fatos importantes a ocorrerem dentro do Cristianismo neste período e mencionados em  profecias paralelas, como as cartas ás três últimas igrejas e o assinalamento do povo de Deus, por exemplo.
Novamente reiteramos que provavelmente seja este o grande objetivo desta profecia: A localização do tempo.
Dimensionem a extensão do motivo: "E o céu retirou-se como um livro" 
Com a descrição deste acontecimento as mentes são levadas para o futuro.
Depois de haverem consultado o passado e confirmarem o absoluto cumprimento da Palavra de Deus, são convidados a olharem agora para ocorrências ainda futuras, cujo cumprimento não o é menos certo.
Aqui está localizado no tempo a posição atual inequivocamente definida: encontramo-nos entre os versículos treze e quatorze deste capítulo.
Apenas resta o céu se retirar como um pergaminho que se enrola.
Vivemos em tempos de solenidade e importância singulares, pois não se sabe quão perto se possa estar  disto acontecer.
Esta retirada do céu está incluída naquilo que os evangelistas chamam de, na mesma serie de acontecimentos, o abalo das potências dos céus. (Hb.12:25-27 Jl 3:16 Jr.25:30-33 Ap.16:17) e diversas outras passagens.














domingo, 25 de maio de 2014

O QUINTO SELO

                                                 O QUINTO SELO

"Quando ele abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. Clamaram em grande voz ,dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas nem vingas o nosso sangue daqueles que habitam sobre a terra? Então a cada um deles foi dada uma veste branca, e lhes disseram que repousassem ainda por pouco tempo, até que se completassem o número dos seus conservos e irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram" (Ap.6:9-11)
Bom, queridos leitores... Esse texto tem sido pivô para muitas interpretações equivocadas. 
Vamos aqui devidamente esclarece-lo fornecendo respostas a pelo menos 8 perguntas que ele sugere.
Vejamos o conteúdo das mesmas. 
(1) Este selo, idêntico aos que o precedem, também se refere a um período dentro da historia? 
(2) Se sim, onde ele se encontra? 
(3) Onde se localiza o altar sob o qual João viu estarem aquelas almas? 
(4) Que são estas almas e qual é a sua condição? 
(5) Qual é o significado do seu clamor de vingança? 
(6) Que significam as vestes brancas que lhe são dadas? 
(7) Quando repousam repousam por um pouco de tempo? 
(8) Que significa seus irmãos serem mortos como eles próprios o foram? 
Sem haver respostas concretas para cada uma destas indagações em particular, torna-se impossível interpretar o texto sem margem a erros.
Em resposta ás perguntas (um) e (dois), iniciamos lembrando que o selo precedente terminou referindo-se a fatos localizados na terra, isto é primordial que se entenda.
Ora, se todos os acontecimentos revelados nos primeiros quatro selos se completam cronológica e historicamente, é natural que o quinto seja uma sequência óbvia dentro daquela exposição e, portanto, tem que ser localizado no tempo á partir do fechamento do último, e geograficamente no mesmo local.
O sexto selo, sequência posterior, se abre em harmonia aos acontecimentos preditos por Jesus em Mateus 24:29 confirmando estar o período do quinto localizado entre ambos: 1517 ao início do próximo.
Vindo após a perseguição papal, o tempo compreendido por este selo deve abranger o tempo da Reforma Protestante, desde o momento em que esta começou a "minar" o anticristão edifício papal restringindo o poder perseguidor da igreja romana.
Com relação ao altar com as almas debaixo dele, (três) é imprescindível interpretarmos não se tratar de qualquer altar no Céu, visto se tratar evidentemente do lugar onde estas vítimas foram mortas.
Foi mostrada a João uma visão simbólica onde ele viu um altar e debaixo dele as almas daqueles martirizados por sua dedicação á Palavra de Deus, representados como mortos há pouco vitimadas por aquele sistema de idolatria e corrupção, confirmando isto que os olhos do profeta se concentravam em cenas passadas exclusivamente na terra.
Sem dúvida este altar é simbólico.
Referente as (perguntas quatro, cinco e seis) as almas debaixo do altar se constituem uma figura popularmente considerada como uma prova de peso, na doutrina do estado desincorporado e consciente dos mortos.
Pretende-se que o texto se trate literalmente de pessoas em estado desincorporado, com conhecimento do que se passava, pois clamavam vingança para os seus perseguidores.
Dizemos novamente a estes a colocarem estas almas no Céu, que o altar sobre o qual estas foram mortas e vistas sob ele, não pode encontrar-se ali.
O único altar no Céu que se tem conhecimento pela Bíblia é o altar de incenso, mas não seria correto interpretar estarem debaixo dele vítimas recentemente mortas porque este altar biblicamente não se destinava ou se consagrava a tal uso.
Também seria repugnante pensar em almas "acaçapadas" debaixo de um altar, não é mesmo? 
Outra nota discordante caso interpretássemos o texto literalmente, seria o fato destas almas clamarem por vingança contra seus martirizadores passados.
Poderíamos supor que a ideia de vingança reine tão soberanamente nos Céus?
Que, apesar da alegria e glória deste inefável estado, se encontrem insatisfeitas e constrangidas até que se tome vingança contra seus inimigos?
Não se teriam antes motivos de se alegrar pelo fato de a perseguição ter levantado a sua mão contra eles, levando-os isso á presença de seu Salvador, livrando-os de todos os riscos existentes no mundo aqui?
E além disso, a opinião popular que põe estas almas no Céu coloca ao mesmo tempo os ímpios num lago de fogo onde se contorcem eternamente em um indescritível tormento; tudo isso ás vistas das hostes celestes e do mais generoso, misericordioso, compreensivo, bondoso e sensível Ser que possa existir.
Quão pequenas são consideradas e avaliadas as virtudes e perfeição existentes Naquele que é a nossa esperança!!! 
Quão estreita é a visão de muitos com relação á Verdade de Deus.
Acatam falsos ensinos, componentes de um catecismo de mil e quinhentos anos, em detrimento a um profundo exame nas Sagradas Escrituras para confirmarem se as coisas são de fato assim.
Tomam fora de contexto a parábola do rico e Lázaro e se contentam com aquilo que aparenta sem buscar de verdade seu profundo sentido.
Como esta por si só diz ser, é ela: Uma "parábola". 
Parábola não pode ser interpretada literalmente, como muitos símbolos Apocalípticos também. 
Vejam a incoerência: Estas almas, que aparecem sob o quinto selo, são pessoas mortas sob o selo precedente, dezenas de anos antes; algumas delas, centenas de anos antes.
Sem dúvida seus algozes já tinham todos passado deste estado de ação e, segundo a aludida opinião, deveriam encontrar-se todos sofrendo os tormentos do inferno á vista de seus olhos...Como se não satisfeitas com isso, ainda clamam a Deus como se Ele estivesse retardando  a vingança sobre seus assassinos...Mas que vingança maior pleiteavam elas? Mas insiste-se no pressuposto que estas almas são conscientes, porque clamam a Deus. 
Este argumento teria peso se não houvesse na Bíblia uma figura de retórica chamada personificação. 
Como há, vem a propósito, sob certas condições, atribuir-se vida, ação e inteligência a objetos inanimados: O sangue de Abel que clamava a Deus desde a terra (Gn.4:9,10)  A pedra que clamava da parede e a trave que lhe respondia (Hc.2:11)  O salário dos trabalhadores que, retido por fraude, clamava a Deus (Tg.5:4) 
Deste modo podem clamar a Deus as almas mencionadas no texto sem interferir no fato de não serem elas conscientes.
Em passagens como esta, o leitor pode ser desorientado pela definição popular da palavra "alma", mas deve buscar na Bíblia seu verdadeiro sentido.
Abordaremos este tema, um dia destes.
Em resposta a (pergunta sete) as vestes brancas foram-lhe dadas como resposta ao seu clamor por "vingança" pelo sangue que verteram.
Tinham descido a sepultura do modo mais ignominioso.
Suas vidas tinham sido deformadas; sua reputação denegrida; difamados seus nomes; torcidos seus motivos e suas sepulturas cobertas de vergonha e opróbrio perante o mundo de então, como se abrigassem os desonrados restos de pessoas vis e desprezíveis.
A igreja de Roma não poupava esforços para tornar as suas vítimas um objeto de aversão e, se a Reforma Protestante não tivesse acontecido, certamente até aos dias de hoje aquele estigma haveria permanecido.
Através deste movimento reconheceu a humanidade quem na verdade eram os verdadeiros servos de Deus.
Neste sentido as vestes brancas correspondem aquele pedido e, o fato de receberem, seu cumprimento efetivo.
A cruel obra do romanismo não cessou por completo, mesmo depois de a Reforma ter se espalhado e se estabelecido.
A igreja de de Deus ainda devia experimentar não poucas  explosões de ódio e vingança da parte daquele ímpio sistema.
Multidões de pessoas haveriam de ser punidas ainda como heréticas e avolumar o grande exército de mártires, mas o espírito de perseguição estava finalmente restringido; a causa dos mártires vingada; e o pouco tempo do quinto selo e a resposta da (pergunta 8) prestes a terminar.
          


























sábado, 24 de maio de 2014

O QUARTO SELO

                         O QUARTO SELO

"Quando o Cordeiro abriu o quarto selo...E olhei, e eis um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte; e o inferno o estava seguindo, e foi-lhe dado autoridade sobre a quarta parte de terra para matar a espada, pela fome, com mortandade e por meio das feras da terra"(Ap.6:7,8) 
Bem...O aspecto histórico deste selo corresponde paralelamente á igreja de Tiatira, diferente apenas pela extensão do tempo que ambos abrangem.
A mensagem para a quarta igreja tem seu ponto de início estabelecido em 538 a.d estendendo-se a 1798 a.d enquanto o período do cavalo amarelo, também com início na mesma data, comparado á Tiatira,  tem seu prazo de duração antecipado, coincidindo este limite com o início da Reforma Protestante, em 1517 a.d 
Perceba que o tempo reservado a este evento da profecia foi abreviado. 
Entenderemos, nesse capítulo, considerando Mateus 24, os motivos disso.
Primeiro analisemos sua descrição, conforme a visão do profeta. 
É notável a cor deste cavalo!!!
Os três primeiros: branco, vermelho e preto, são cores naturais para este tipo de animal, porém, o amarelo não.
A palavra original não significa amarelo vulgar mas "cor pálida" ou "amarelada", que se vê em plantas crestadas, ou doentes, representando um estranho estado de coisas acontecendo neste período de professo cristianismo.
"O que está assentado sobre o cavalo tem por nome Morte; e o inferno (ou Hades, sepultura) segue-o".
Não existe possibilidade de erro quanto ao período a qual se aplica esta profecia. 
A morte, caracterizada pela cor amarela de fato estendeu a sua mortalha sobre a quarta parte da terra, ou seja: sobre todo o território então dominado pelo poder político-religioso romano, tanto no sentido literal da palavra como também espiritual.
Escreve um erudito no assunto: "Os perseguidores da Roma papal inventaram toda sorte de tormentos, de maneira que seria difícil descobrir novas espécies dos mesmos, que não tenham sido postas em prática contra os que eram tachados de hereges.
Foram eles flechados, espetados, apedrejados, afogados, decapitados, enforcados, dilacerados, esquartejados, empalados, queimados ou enterrados vivos, assados no espeto ou no forno, lançados nas bocas de fogo, lançados de precipícios ou pináculos...Feitos explodir com pólvora; amarrados ás caudas dos cavalos e arrastados pelas ruas de cascalhos pontiagudos; quebrados sobre a roda...Rasgados em pedaços com tenazes em brasa...E nada há na historia que a isso se equipare, pois as perseguições pagãs até que eram brandas, se comparadas ás papais" (Grattan Guiness) 
É custoso admitir terem estas barbáries sido cometidos em nome da fé!!! 
Novamente reiteramos: Precaução total contra Satanás!
Se o homem permitir, ele o enreda de tal modo que a contravenção, na sua mente, passa a ter valor legal em todos os âmbitos. 
Assim foi no negro período da historia humana na terra conhecida como Idade Media, denunciada em várias profecias registradas no livro do Apocalipse.
Homens, cegados pela ignorância, orgulho e ânsia de poder, colocaram-se á disposição do diabo para que este lhes utilizassem como instrumentos usados contra a Palavra de Deus e Seus praticantes.
Jesus referiu-Se deste modo sobre esse tempo, aos Seus discípulos, como uma espécie de alerta ao que haveria de vir: "Quando, pois, virdes o "abominável da desolação" (Roma) de que falou o profeta Daniel, no "lugar santo" (Quem lê, entenda) então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes; quem estiver sobre os eirados, não desça a tirar de casa alguma cousa; e quem estiver no campo não volte atrás para buscar a sua capa. Ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias! Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no Sábado; porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido, e não haverá jamais. Não tivessem aqueles dias sido abreviados; e ninguém seria salvo; mas por causa dos escolhidos tais dias serão abreviados" (Mt.24:15-22) 
Deus, em Sua magnificência, já de ante mão havia determinado um fim para aquele estado de "pilhéria" espiritual infligido pelo romanismo papal, mesmo antes de sua queda em 1798, suscitando homens de fé e coragem para dar vida á Reforma Protestante através do ato de afixar Martinho Lutero suas  95 teses na porta da igreja castelo em Wittenberg, Alemanha, a 31 de Outubro de 1517.
A disputação do Doutor Martinho Lutero sobre o poder e eficácia das Indulgências, desafiou os ensinamentos da Igreja Católica quanto à natureza da penitência, a autoridade do papa e da utilidade das indulgências.
Tornou-se isto em movimento mundial, irrompendo as nuvens negras que pairavam sobre a Bíblia permitindo avistarem-Na novamente os homens.
Caso aquela situação persistisse até o fim do reinado da besta, e possivelmente o Evangelho estaria morto e enterrado para todo o sempre.
Por esta razão o período do quarto selo estava fadado a mais curta idade que Tiatira, tendo sido aquele terrível tempo abreviado.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

O TERCEIRO SELO

          O TERCEIRO SELO

"Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente 
dizendo: Vem. Então vi, e eis um cavalo preto e seu cavaleiro com uma balança na mão. E ouvi uma como voz no meio dos quatro seres viventes dizendo: Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário: e não danifiques o azeite e o vinho"(Ap.6:5,6) 
Com que rapidez progride a obra da corrupção!!! 
Que imenso contraste entre a cor deste símbolo em relação ao primeiro: Um cavalo preto: A própria oposição do branco!!! 
Devem ser, correspondente a este símbolo, mui densas as trevas espirituais e corrupção moral na igreja.
Este tempo, respectivo a igreja de Pérgamo, abrange um período que vai desde a conversão de Constantino 313 a instituição do papado por Justiniano em 538.
Fase esta que pode ser considerada, sem a menor margem de erro, como a que os mais obscuros erros e as mais grosseiras superstições, em nome do Evangelho, foram forjadas.
Daqui, deste tempo, as maiores mentiras, que já subsistem a mil e quinhentos anos, ganharam vida  perpassando séculos, e mesmo depois de tanto tempo, de modo infalível ainda fragilizam, ainda obstruem a transformadora percepção da verdade na mente e no coração de milhões.
Ardiloso e astuto é Satanás.
Recitando partes da Bíblia se torna ainda mais convincente e perigoso. Ousado. 
Até mesmo o próprio Filho de Deus tentou persuadir com meias verdades na tentativa de induzi-Lo a instabilidade nas Suas convicções sobre as Escrituras Sagradas. 
Jesus, sabedor de tais ações alertou quanto a certas ações do inimigo que destinam-se a enganar, se fora possível, até mesmo os escolhidos do Céu.(Mt.24:24) 
A respeito desse tempo escreve o historiador Jhon L. Mosheim: "As vãs ficções que antes de Constantino a maior parte dos doutores cristãos, apegados á filosofia platônica e as opiniões populares, tinham abraçado, eram agora confirmadas, ampliadas e embelezadas de várias maneiras. Daqui se originou a extravagante veneração pelos santos mortos e as absurdas noções, que agora prevaleciam, e que se veriam representadas por toda parte, de um certo fogo  destinado a purificar as almas desincorporadas. 
Daqui também o celibato dos padres, a adoração de imagens e relíquias, que com o passar do tempo destruiu quase por completo a religião cristã, ou pelo menos eclipsou o seu brilho, e corrompeu, de maneira deplorável, a sua própria essência. 
Um enorme cortejo de superstições foi substituindo gradualmente a verdadeira religião e a genuína piedade. 
Essa odiosa revolução procedeu de uma variedade de causas. 
Uma precipitação ridícula em receber novas opiniões, um absurdo desejo de imitar os ritos pagãos, e de os misturar com o culto cristão, e a frívola propensão que a humanidade em geral tem para uma religião de pompa e ostentação, tudo isto contribuiu para estabelecer o reino da superstição sobre as ruínas do Cristianismo"
Por estes fatos, que são apenas alguns espécimes de cristianismo daquele tempo, facilmente compreenderá o inteligente leitor que prejuízo a igreja recebeu com a paz e a prosperidade oferecidas por Constantino e com os métodos imprudentes empregados para aliciarem as nações a abraçar o Evangelho... Seria necessário um volume inteiro para conter a enumeração das variadas fraudes que astutos velhacos praticaram com sucesso para enganar os incautos, quando foi inteiramente a religião verdadeira tomada por horrenda superstição.
Pelo trecho escrito do acima citado historiador, temos uma descrição do período representado pelo terceiro selo e a igreja de Pérgamo, respectivamente, que corresponde perfeitamente a profecia.
A "balança" significa que a religião e o poder civil haviam de se unir na pessoa que administraria o poder executivo do governo, e que pretenderia a autoridade judicial tanto sobre o estado como sobre a igreja.
Isto de fato aconteceu desde Constantino até Justiniano, que depois transferiu este mesmo poder ao bispo de Roma.
As "medidas de trigo e cevada por um denário" significa que os membros da igreja procurariam avidamente os bens mundanos, e que o amor do dinheiro seria o espírito predominante naquele tempo, a ponto de se desfazerem de qualquer coisa por isso.
O "azeite e o vinho" representa as graças do Espírito Santo, a fé e o amor.
Havia muitos riscos de serem danificados, sob a influência de tão grande inclinação mundana.
Vivemos agora, amigo leitor, sob regência de um espírito que ganhou vida exatamente no tempo indicado na profecia com a abertura  do terceiro selo. 
Hoje, precisamente hoje, os mais graves erros doutrinários lançam vitupério á cruz do Calvario e a incomensurável obra ali realizada.
Aquele crucificado lá em resgate da humanidade não é reconhecido na perfeição do Seu amor.
Prevalecem a desumanidade do egoísmo, da cobiça, da ingratidão, da rebeldia contra tudo revestido de virtude. 
O céu, este lugar de justiça e igualdade, onde nele somente adentrará corações compungidos e contritos, é considerado e infligido á moeda de troca e barganha, sentenciado nas mentes incautas ao descaso e ao desinteressante. 
Tudo isso fruto de uma visão equivocada Daquele que é a Magestade do universo, em quem habita a retidão e a paz. 
A terra geme e se murcha padecendo as más obras dos seus habitantes.

PRIMEIRO E SEGUNDO SELO

                                                  PRIMEIRO E SEGUNDO SELOS

"E olhei, e eis um cavalo branco: e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso, e para vencer" (Ap.6:2)
Depois de tomar o livro, o Cordeiro procede imediatamente a abertura de seus selos.
A atenção do apóstolo se volta para as cenas ocorridas sob cada um deles. 
O primeiro símbolo, um cavalo branco e seu cavaleiro com um arco, a quem foi dada uma coroa e que saiu vitorioso e para vencer, representa adequadamente os triunfos do Evangelho no primeiro século da era cristã, harmonizando-se á descrição da mensagem que foi dirigida para a igreja de Éfeso 33-100 a.d 
Não haveria um modo melhor para ilustrar os aguerridos princípios tomados pela igreja primitiva no combate aos vários sistemas de erros com que se deparou em seus dias.
A alvura do cavalo representa a pureza da fé daquele tempo.
A coroa dada ao cavaleiro e o fato dele avançar vitorioso traduz o zelo e o sucesso com que a verdade de Deus foi proclamada pelos ministros daquela igreja.
O cavaleiro saiu... Mas saiu para onde? Sua missão era ilimitada.
O Evangelho era para todo o mundo; e de fato isto aconteceu: Os apóstolos e seus seguidores levaram a Palavra de Deus para todos os confins habitados da terra á época.
"E havendo aberto o segundo selo... E saiu outro cavalo, vermelho; e ao seu cavaleiro foi-lhe dado tirar a paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros; também lhe foi dada uma grande espada" (Ap.6:3,4) 
Deve ser notado na cena quando analisamos a expressão de João sobre as cores dos cavalos, o que especialmente despertou sua atenção, e para estas particularmente devemos nos ater.
Se a cor branca do primeiro cavalo representava a qualidade pura do Evangelho que foi pregado durante a primeira fase da igreja, é compreensível afirmar pelo vermelho estampado no segundo cavalo que no período seguinte as coisas já não seriam mais assim.
Este representa a fase de Esmirna 100-313 a.d e lembramos que para esta já havia uma censura da parte de Jesus referindo encontrarem-se em seu meio alguns "Que se diziam judeus o não o eram" (Ap.2:9) 
O "mistério da iniquidade" já existia nos dias de Paulo (2Tess.2:7)
Quando começou o período abrangido pelo segundo selo, a igreja já havia se transformado de tal maneira que requeria a mudança notada pela descrição do símbolo que a representa.
Começavam a surgir erros e despontava a afeição pelas coisas do mundo.
Já se cogitavam intenções de poderes eclesiásticos unidos a seculares.
Houve uma mudança administrativa em decorrência da morte do último apóstolo, mudança inclusive até mesmo á partir do aspecto da mentalidade.
Pode-se dizer que devido a essa transição de lideranças, passou ela de igreja apostólica primitiva para greco-romana; das etapas de criação para á obra de conservação; do manancial da revelação divina para a corrente do desenvolvimento humano; da inspiração dos apóstolos para produções de mestres não tanto empenhados pela verdade de Deus.
Nesse período da historia passou nela a figurar diversos autores de peças literárias ainda usadas como referencial até aos dias de hoje.
Pessoas ditas com nova visão de mundo, se comparados com sua própria situação contemporânea na singeleza doutrinária do evangelho estabelecido por Jesus.
A mão de Deus havia traçado uma nítida linha de demarcação entre o século dos milagres e os sucessivos para demonstrar mediante o contraste a diferença que há entre a obra de Deus e a obra dos homens.
Exatamente nesta fase da igreja, anterior ao concílio de Niceia, se encontra a raiz comum da qual brotaram ambos: catolicismo primeiro, e protestantismo mais tarde.
É o meio, o divisor, na transição da era apostólica para a era de Niceia.
Podemos encontrar nessa fase as formas elementares do credo católico; a organização e o culto da igreja católica, e também os germes de quase todas as corrupções do cristianismo grego e romano que haveriam de contaminar a prática cristã até o fim dos tempos.
O espírito dessa fase talvez tenha alcançado o seu apogeu á partir de Constantino, cuja conversão ao cristianismo, em 323, produziu uma transigência entre a igreja e o império romano.
O Edito de Milão, em 313, concedia tolerância aos cristãos e permitia que as pessoas se convertessem ao cristianismo.
Muitas das ações de homens á frente da igreja durante o período de Esmirna, ou do segundo selo, como queiram, foram determinantes para a abertura do caminho pelo qual igreja e estado avançassem para a cooperação e fusão.
O Cristianismo, em sua condição natural de pureza, desenvolveu naquela época uma instituição que era absolutamente rival ao estado romano, politicamente pagão; porque abria os olhos das massas, fonte de onde emana o poder de quem as controla, para uma nova realidade.
Simplificando: A religião pagã romana, ferramenta usada pela elite governamental no controle do povo, pelo Evangelho era desmascarada e consequentemente abandonada.
Desta forma o evangelho se constituía em ameaça para o governo.
Criava dentro do império uma sociedade que, acreditavam, ameaçava a própria existência dele.
Quando Constantino fez as pazes com a fé, este conflito, através do controle da igreja pelo estado, parecia estar resolvido. 
Tal situação responde fielmente á declaração da profecia onde declara ser dado ao cavaleiro poder de "tirar a paz da terra" de modo que os homens se matassem uns aos outros, e foi-lhe dada uma grande espada.
Os judeus cultivavam o receio em relação á obra de Jesus e Sua doutrina: "que viessem os romanos e tomassem deles o poder de autoridades constituídas. 
Os romanos, relativamente á capacidade da Bíblia em despertar consciências, nutriam idêntica expectativa.
Imediatamente após a instituição do papado sua primeira ação foi separar na humanidade seu contato com este livro, verdadeiramente revolucionário.
Nos últimos tempos a situação presente é preanunciada pela última carta, aquela sob o título Laodicéia. 
Seu característico inerente é a mornidão.
No decorrer dos acontecimentos dos últimos dois mil anos o conhecimento de Deus passou por dois estágios explicitados sob os designativos "frio e quente". 
Houve tempos em que a fé era pura e outros onde prevalecia a ignorância.
Mas agora, no final dos tempos, endereço da carta para Laodicéia, o que ocorre tem outro teor: aquilo afirmado como liberdade para com a verdade sem no entanto haver compromisso com ela. Compromisso nos reais requisitos por ela peticionados.
Tal filosofia, nessa derradeira fase tem seu DNA daquilo instilado logo na sua segunda, partindo dali, degrau por degrau, até se encorpar integralmente. 
A mudança nas cores dos cavalos simboliza que, partindo de um princípio fundamental toda alteração acontecendo nele traz resultados não equivalentes.
A primeira igreja tinha sua base no evangelho da vida eterna, instituído por Jesus e salvaguardado pela obra dos Seus discípulos. 
Quando faltaram estes aquela construção passou receber mudanças, transformações á conta gotas, até ruir por completo. 
É o que veremos na abertura dos selos subsequentes.

OS SETE SELOS (Introdução)

                                   
                  OS SETE SELOS 


(Introdução)

Nas considerações feitas sobre as sete igrejas da Ásia dentro da serie "Apocalipse Passo a Passo" nos encontramos na quarta, o que nos remete a 1798 a.d
Faremos aqui uma breve pausa naquele tema, nomeado pelo seu aspecto próprio, a fim de rebuscar no livro de João outras profecias  cronologicamente reportadas a este, o que de verdade são uma espécie de reforço fornecido  enriquecendo com mais detalhes  os acontecimentos pelos quais o Evangelho da graça do Mestre e Senhor Cristo Jesus passou nos dois últimos milênios.
Essas referências complementares mudam o ângulo óptico: as cartas decerram a história descrevendo-a pelo seu prisma religioso, enquanto os selos enfocam agora os mesmos fatos só que expondo-os sob seu ambito político. 
Vamos entender a situação: O apóstolo inicia desta maneira seu relato sobre o assunto: "Vi na mão direita daquele que estava sentado no trono um livro escrito por dentro e por fora de todo selado com sete selos..."(Ap.5:1) 
A respeito deste trono voltaremos a menciona-lo em momento oportuno.
É ele descrito no capítulo 4.
Embora que o primeiro versículo dê início ao capítulo cinco, não  é ele uma nova cena.
Se trata da composição na sequência dos fatos ocorridos no quarto capítulo.
As palavras "Aquele que se assentava no trono" evidentemente referem-se ao Pai, pois nos versículos a seguir o Filho é apresentado como "Um Cordeiro, como havendo sido morto" 
O livro que João viu continha uma revelação das cenas que deveriam ocorrer na  historia da igreja até o fim do tempo.
O estar na mão daquele que estava assentado no trono pode significar que somente Ele possui conhecimento do futuro, a não ser a quem deseje revela-lo.
Os livros usados no tempo do Apocalipse não tinham o mesmo formato que hoje.
Eram tiras de pergaminhos enroladas numa vara, por isso a expressão "escrito por dentro e por fora" ou  por traz.
No prosseguimento do capítulo apresenta-se Jesus como o único digno de abrir este livro sob e devido a uma serie de circunstâncias, relatadas ali. 
"E havendo o Cordeiro aberto um dos selos, olhei, e ouvi um dos quatro animais, que dizia, como em voz de trovão: Vem, e vê. E olhei, e eis um cavalo branco: e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dado uma coroa, e saiu vitorioso, e para vencer"(Ap.6:1) 
Vamos aqui, á título de compendio, reforçar novamente uma consideração importante sobre o referido livro.
Ele continha sete selos. 
O número sete na Bíblia é usado para representar plenitude ou perfeição.
Observe-se que aquele "Cordeiro como tendo sido morto" tinha sete chifres bem como sete olhos que são os sete espíritos de Deus enviados por toda a terra (Ap.5:6) 
O fato do livro conter sete selos revela haver nele não somente perfeição mas também plenitude, ou seja: realmente abrange de forma detalhada e  gradativa o conflito entre o bem e o mal  existente durante todo o período da igreja cristã até o fim do tempo da graça.
Outro detalhe importante a ser esclarecido: O fato de o "Cordeiro ter tomado o livro da mão direita daquele assentado no trono"(Ap.5:7) 
Sabe...Quando o diabo almeja incutir embaraços na mente do homem, caso este permita arruma ele argumentos infundamentados que, em não havendo uma "varredura" completa e constante culmina isso em levar aquele homem a caminhos incertos.
Alguns comentadores tem aplicado incongruência quando se diz que um livro tenha sido tomado na mão por um cordeiro, e tem para tanto recorrido a vários expedientes que fujam da sua dificuldade em entender o versículo.
Entenda-se que a linguagem usada é metafórica.
É um princípio de escrita estabelecido atribuindo á referida pessoa o símbolo representado pelo executar da ação.
É notório que este cordeiro representa á Jesus.
E que incongruência há em Jesus pegar um livro com as mãos?
E quando lemos que o livro foi tomado, pensamos que este ato não foi efetivado pelo cordeiro em si, mas por Aquele a quem este cordeiro simboliza.
Na sequência da série abordaremos, um a um, estes selos explicitando-os nos seus reais significados.




O QUE É O CÉU?

  O que é o Céu? "O Senhor está no Seu santo templo; nos céus tem o Senhor o Seu trono..." (Sl 11:4) Existe muita discussão acerca...