sábado, 25 de fevereiro de 2017

QUEM ERA NABUCODONOSOR,REI BABILÔNICO.

Muitos comentários delineando  comportamento e 
personalidade dos mais diversos personagens históricos registrados na Bíblia se ouve e se lê, porém pouco, ou quase nada, mencionam este que num passado não muito distante deteve nas mãos poder equivalente ao poder do presidente dos Estados Unidos, nação capaz de determinar o rumo de qualquer outra no mundo nestes dias atuais. Sim... Nabucodonosor, rei da antiga Babilônia, um entre os maiores impérios universais da historia do nosso planeta.
Homem que, por assim se dizer, exercia completo direito sobre cada vida habitante no mundo conhecido de então possuindo livre domínio sobre o destino daquela.
O que diz a Bíblia ser ele é o que se lerá neste artigo.
A Escrita Sagrada, referindo-se a qualquer, não omite a denúncia quando preciso, mas também não se esquiva exalta-lo quando por mérito.
A primeira alusão mais elaborada sobre a pessoa desse rei está de acordo com seu primeiro contato com o povo de Deus, e é descrita por Daniel, ainda que outros também façam referências ao mesmo episódio.
Isto pelo fato de haver  Daniel vivido um contato mais próximo, íntimo, com ele.
Tê-lo conhecido por interação.
"No terceiro ano do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei de Babilônia, a Jerusalém, e a sitiou..." (Dn.1:1) 
Tal  ocorre no ano 606 a.C., colocado por Jeremias no quarto ano do reinado de Jeoaquim enquanto posto por Daniel no terceiro.
Essa aparente discrepância se dá pelo fato de Jeremias dispo-lo ao final do cerco babilônico enquanto Daniel em seu início, cerca de nove meses antes.
Desta primeira incursão resultou muitos prisioneiros Judeus de descendência real, levados cativos para Babilônia, e coeficiente nas nossas primeiras considerações sobre os traços do homem em questão.
"Disse o rei a Azpenaz, chefe de seus eunucos, que trouxesse a alguns dos filhos de Israel, assim da linhagem real como dos nobres, jovens sem defeito, de boa aparência, instruídos em toda a sabedoria, doutos em ciência e versados no conhecimento, e que fossem competentes para assistirem no palácio do rei..." (Dn.1:3,4) 
A palavra "jovens" aplicada aqui não deve restringir-se ao sentido a que é limitada nos dias atuais, pelos que a atribuem o significado de meninos. 
Estava ai incluída a juventude.
Calcula-se que deviam ter entre dezoito e vinte anos e deveriam ser "instruídos em toda sabedoria e serem competentes para assistirem no palácio do rei"
No trato recebido por estes prisioneiros de guerra, percebemos um extraordinário exemplo da sábia política e liberalidade do ascendente Nabucodonosor.
Poderíamos tranquilamente escrever um volume inteiro baseado somente nessa única característica sua.
Em vez de dar preferência a meios que satisfizessem desejos inferiores e vis, como o fizeram, faziam e haveriam de fazer outros reis, ele escolheu jovens que deveriam ser bem educados nos assuntos pertinentes ao país e lhe pudessem prestar eficiente auxílio em sua administração pública.
Isto é notável!
Buscar obter o melhor de outra pessoa, independentemente de sua condição social, raça ou credo, é virtude de poucos! 
Ele conseguia enxergar a qualidade onde ela estivesse.
Durante o período de treinamento, que duraria três anos, lhes destinou boas condições de habitação e sua alimentação seria equivalente a servida a mesa real. 
Designou-lhes, não comida grosseira, o que muitos considerariam suficientemente boa para cativos mas, iguarias reais das quais ele mesmo comia.
Eles eram descendentes reais e como tal foram tratados pelo humanitário rei dos caldeus.
Outro detalhe que, seguido por todos os governantes do mundo faria deste um lugar aprazível para residência, era sua equilibradíssima e ponderada tolerância, aplicada como justiça ao teor da sua legislação.
Vejam bem.
A cultura antiga atribuía a um rei prerrogativas de um semi deus. 
Seu alimento diário continha porções ofertadas e consagradas pelas mais altas esferas sacerdotais aos deuses da nação, sendo por isto considerado especial.
Estes pratos servidos a sua mesa deveriam também serem repartidos com aqueles estudantes, até porque a crença a esse respeito seria o que os impulsionariam em sua tarefa aumentando-lhes sua inteligência e capacidade, através de sua comunhão com tais deuses. 
Um entre tantos melindres que acompanham os homens salvaguardando-os numa alta esfera popular através de seus dogmas fantasiosos.
Daniel e três amigos, por motivos de consciência  religiosa, optaram por um cardápio a base de cereais.
O rei acatou sua decisão, contrária que era a uma ordem particular, demonstrando novamente aqui possuir exata percepção daquilo por tantos propalado como democracia.
Muitos governos, visando interesses puramente pessoais incutem em seu povo a ideia de raça superior.
Bloqueiam acesso a imigrantes e declaram guerra aos que se opõe as suas normativas porque, declaram, são mais excelentes que outros pela moral que a si próprios se atribuem.
Neste relato Nabucodonosor aparece admiravelmente isento de fanatismo.
Não parece ter empregado nenhum meio de obrigar seus aprisionados mudarem seus credos.
Contanto que tivessem uma religião, ele parecia estar satisfeito, fosse essa a que ele professava ou não.
Que mentalidade admirável! 
Pudera o mundo ter mais governantes deste  cunho.
Transparece desejar ele governar para todas as camadas da sociedade, sem distinções.
Em virtude de tão  nobres atribuições Deus lhe deu a conhecer o percurso da historia das nações através de um sonho que teve e que não se lembrava o que era.
"Estando tu, ó rei no teu leito, surgiram-te pensamentos do que há de ser depois disto. Aquele, pois, que  revela mistérios to revelou o que há de ser"(Dn.2:29) Aqui é realçado outro traço de caráter louvável no rei.
Em contraste com outros governantes, que enchem o momento presente com loucuras e orgias sem considerar o futuro, ele refletia sobre os dias vindouros, ansiosamente preocupado em saber que acontecimentos os haveriam de preencher. Seu objetivo com isso era, sem dúvida, melhor saber aproveitar sua vigente administração. "Então o rei mandou chamar os magos, os encantadores, os feiticeiros e os caldeus, para que declarassem ao rei quais lhe foram os sonhos; eles vieram e se apresentaram diante do rei" (Dn.2:2)
Os magos eram os que praticavam magia. Tomando-se essa palavrano seu pior sentido, praticavam todos os supersticiosos ritos e cerimônias dos adivinhos, prognosticadores, lançadores de sorte e leitores de horóscopo, e outras pessoas da mesma espécie.
Astrólogos eram os que afirmavam predizer acontecimento pelo estudo dos astros.
A ciência da superstição era extensamente cultivada pelas nações orientais da antiguidade.
Feiticeiros eram os que diziam comunicar-se com os mortos.
É sempre neste sentido que a palavra feiticeiro se origina na Bíblia.
O moderno espiritismo é simplesmente a antiga feitiçaria pagã reavivada.
"Disse-lhes o rei: Tive um sonho... Os caldeus disseram ao rei... Dize o sonho e daremos a interpretação" (2:3,4) Qualquer que seja outra matéria em que os antigos magos e astrólogos tenham sido eficientes, parecem ter dominado a arte de extrair informações suficientes para formar a base de hábeis cálculos, e a partir disso formular respostas ambíguas que se adaptavam a todo rumo que tomasse os acontecimentos.
Por isso pediram ao rei que lhes contasse o sonho.
"Respondeu o rei: Uma coisa é certa; se não me fizerdes saber o sonho sereis destruídos, junto com suas famílias"(Dn.2:5-13)
Alguns tem censurado severamente a Nabucodonosor nesta questão, acusando-o de agir como tirano e irracional.
Mas esses magos se diziam capazes de revelar coisas ocultas; predizer acontecimentos; tornar conhecidos mistérios que suplantavam inteiramente a previsão e penetração humana, e fazer isto com a ajuda de agentes sobrenaturais.
Se esta pretensão tinha alguma validade o rei queria resposta.
A severidade daquela sentença se pode atribuir mais aos costumes da época que malignidade de sua parte.
Considere-se quem foram que desse modo incorreram em sua ira.
Eram seitas numerosas, opulentas e influentes.
Além disso eram as classes instruídas e cultas da sociedade.
Contudo o rei não estava apegado a sua religião a ponto de poupa-la, mesmo com a influências de que esta desfrutava.
Se o sistema era de fraude e impostura, teria de cair, por mais elevados que fossem seus partidários em números ou posição, não importando quantos deles pudessem estar envolvidos nessa ruína.
O rei não podia compactuar com a desonestidade ou o engano.
Mais tarde publicou um edito no qual assumia publicamente sua fé no Deus criador, proibindo inclusive em seus domínios qualquer palavra ofensiva contra a Majestade dos Céus.
Um grande rei, um grande sábio, um grande ser humano.













terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

O QUE SIGNIFICA SER JUSTIFICADO PELA FÉ?


Dentre todos os capítulos da Bíblia, Romanos 7 e 8 certamente estão entre os mais incisivos.
O teor dos textos invariavelmente leva ao leitor refletir sobre a enigmática questão envolvendo o espírito humano: Quem lá na essência realmente somos nós? 
Nesse  revolucionário processo consciencial transmissor do senso de vida, todos os complementos tangendo o âmago, a real construção interior, aos homens torna-se imprescindível ser conhecido de maneira límpida, uma vez que se instaura em caracterizador de sua passagem pela existência como indivíduos.
Paulo relata ali os resultados por ele obtidos a partir de  prescrutadora  sondagem estendida para dentro de si próprio, e o que constata nesta experiência deixa-o sobremodo perturbado. Compreende, ao isso fazer, na integralidade a substância compondo seus traços de personificação e, sob ótica ainda mais assustadora, enxerga-se precisamente pela maneira como Deus nos observa e dessa maneira nos examina, o que produz então em seus lábios a seguinte exclamação "Miserável homem que sou" (Rm.7:24) 
O Livro de Jeremias exorta para atenção a essa peculiaridade inserida no plano remissivo dos pecadores e de imensurável significado para Deus "Enganoso é o coração (Íntimo da mente) mais do que todas as coisas,e desesperadamente corrupto,quem o conhecerá? Eu,o Senhor,esquadrinho o coração,eu provo os pensamentos,e isto para dar a cada um segundo o seu proceder,segundo o fruto de suas ações" (Jr.17:9,10) Salomão adverte que "Como águas profundas são os propósitos do coração do homem" (Pv.20:5a)  E que "Aquele que confia em seu próprio coração é insensato"(Pv.28:26) Porque "Todos os caminhos do homem são puros aos seus olhos mas,o Senhor pesa o espírito"(Pv.16:2)  
A sistemática linha de raciocínio comumente acompanhando todos os escritos Paulinos, segue fielmente diretrizes fundamentais aplicadas por Cristo ao ensino dos homens dando ênfase a conduta pelo prisma do coração.
Paulo era homem extremamente versado. Altamente graduado nas três  principais culturas contemporâneas a si: Grega, Romana e Judaica. Erudições estas com influência sobre o conhecimento até aos dias de hoje nos mais variados campos do saber.
Podemos afirmar ter sido ele, em equivalência, três vezes doutor.
Religioso de berço, e diligente pesquisador das Escrituras Sagradas.
Mesmo possuindo amplo e vasto domínio sobre teologia, após seu famoso encontro com Cristo na estrada para Damasco, isola-se e ainda por mais de três anos entrega-se ao estudo reavaliando pormenorizadamente tudo aquilo já absorvido até então.
Era sem sombra de dúvidas adepto do conhecimento. 
A carta endereçada aos Romanos foi escrita nos momentos finais de uma extensa carreira missionária; após décadas de centenas de pregações e viagens. 
Mas é, entretanto, nesse momento em sua larga experiência no exercício de suas convicções, testadas e provadas diariamente, que passou a compreender efetivamente o sentido legítimo das palavras de Jesus nos alertando para a indispensável carência de um novo nascimento para a fé partindo das coisas do coração.(Jo.3:3)
Vividamente compreende, nessa altura da sua vida, que toda prática, todo esforço próprio concentrado por ele no exercício de sua profissão religiosa teria sido de pouca valia caso seu coração não estivesse atrelado aquele propósito comandando-lhe as ações e, isto, seria fator determinante para sua aprovação perante o Céu.
Percebe agora quão vagos poderiam tornar-se os auto conceitos humanos concernentes ao seu próprio perfil de pessoa.
Deus, ao criar o homem, concedeu-lhe duas peculiaridades: Raciocínio, permitindo-lhe a contemplação, bem como também a soberana de todas as virtudes: o livre arbítrio.
Essa faculdade classifica o homem elevando-o a notoriedade entre as demais obras criadas, isto exatamente pela prerrogativa que sobre ele incide conferindo-lhe direitos de autonomia sobre todas as suas escolhas próprias.
Deus o fez "Segundo Sua imagem e semelhança"(Gn.1:27) Imagem, sob o ponto de vista físico e semelhança no âmbito interior.
Era o homem, nos seus primórdios, imaculado na mente.
Posto na terra como administrador da obra Divina, usufruía de liberdade para ir e vir, porém isto implicaria em responsabilidades sobre seus atos.
Interessante considerar que, instantaneamente após seu pecado, aquela original condição mental, como num flash, radicalmente se transforma.
A natureza Divina, indistintamente reta, foi surrupiada tomando-lhe lugar certa inclinação tendenciosa que, alojando-se no seu íntimo passa agora então a também lhe influenciar nos seus passos.
Vamos entender bem esta situação.
No Éden foi posta uma árvore e sobre ela especiais restrições quanto ao uso do seu fruto.
Muito provavelmente não se tratava esta de uma planta excepcional. 
O que a  diferenciava dentre as demais era a proibição pertinente a seu consumo e tal pormenor deve ter chamado a atenção do homem que, inexplicavelmente, a desejou e através disso contaminou seu coração e sua relação com o Céu.
Deus visitava o jardim em tempos pré estabelecidos, conforme dá a entender o relato Bíblico.
Ao chegar, na costumeira hora,  não encontrou o homem que até então O recebia em Sua chegada com entusiasmo e alegria.
Foi preciso chama-lo por nome para que aparecesse lhe fazendo a pergunta: Que fizeste? Lógico ser do Seu conhecimento todo o anterior ocorrido.
Estava ofertando-lhe sim oportunidade de contrição e confissão necessárias por parte do transgressor naquele momento.
Mas, que fez Adão? Acuado pela certeza de não poder  esquivar-se de Deus nem tampouco do crime cometido, intentou atribuir ao próprio Deus a responsabilidade do erro! "A mulher que me deste...Me deu o fruto e comi"(Gn.3:12) 
Procurou então o Criador em Eva oportunidade e espaço para arrazoamento entre ambos, porém ela se utiliza do mesmo artifício usado pelo marido"A serpente me enganou e eu comi" Porque fizeste a serpente? Porque permitis-te frequentar o jardim? 
Triste realidade. 
Quão rapidamente aquela semente lançada por Satanás germina, cresce e frutifica. 
Instala-se nos primeiros pais perpetrando-se-lhes irreversivelmente à sua posteridade.
A crise do Éden não se tratava meramente de um ato isolado, praticado de modo relapso, inconsequente. 
Se tratava sim de ações envolvendo intenção, dolo, malícia. Ponderemos no fato.
Eles não haviam sido feitos assim, mas agiram deliberadamente, espontaneamente; influenciados pela imperceptível inclinação incubada no seu novo caráter, caráter este moldado pelo diabo e inerente a si próprio. Ludibriados por esta desconhecida situação interior intentaram justificar o injustificável."Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer,agradável aos olhos,e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu,e deu também ao seu marido,e ele comeu"(Gn.3:6)
A Bíblia relata o episódio da queda e suas motivações de forma sucinta, entretanto para além destes registros Ela se resguarda de linguagem explícita  que detalhem o mecanismo pelo qual mentes virtuosas em seu mais elevado grau decaíssem daquele estado. 
O que é possível extrair-se nesse sentido são mediante a obviedade das evidências que a linguagem nos viabiliza. O bem e o mal em seus respectivos  complementos são dois campos separados pela justiça, posta como linha demarcatória entre ambos. 
O texto inicia pelo flagrante do homem observando, admirando aquela árvore, assinalando conter nessa atitude início de todo sequencial do episódio em questão.
Afirma estarem ali, parados em frente a ela, dentro do campo do bem, certamente curiosos sobre os intuitos lhe envolvendo.
Conheciam perfeitamente todos os motivos destes propósitos, mas seu primeiro erro consiste em desconsiderar a relevância e magnitude dos mesmos; caso contrário nem próximos dela teriam passado. Aqueles seguimentos do campo do mal tem a sedução como principal recurso para sorrateiramente insinuar-se aos rudimentos opostos a si.
Alcançando em lhes despertar a atenção, sua argúcia fatalmente os enredará e foi exatamente assim que aconteceu ao primeiro casal.
Desviando-se seus olhos por breves instantes das contemplações positivas ali embutidas, automaticamente se gerou a cisma que os transportou  conter aquele fruto perspectivas além das admitidas pela justiça, inflamando-os a ilicitamente toma-lo como se fora isto uma necessidade insubstituível.
Perceba-se que a narrativa do texto patenteia o desejo antes da ação caracterizando-o e penalizando-o desta maneira por  culpa.            A imperceptível intenção foi que os levou ultrapassar os limites do campo proibido e lá, do outro lado, agir em inerência aos característicos daquele.
Inclinaram-se voluntariamente a eclosão de um desejo e este gera a disposição que acaba confirmando a ambos como resultado.
Em outras palavras: Permitiram- se serem convencidos pelas ilações do diabo em lugar ás claras normas Divinas.
Paulo assevera que,"Tudo o que não provém da fé  (Amor, fruto do coração) é pecado" (Rm.14:23) 
Ele não recicla atos aqui, mas engloba absolutamente tudo.Todas as coisas. 
Entenda-se estarem envolvidas nesta sentença até mesmo ações com aparência de exato louvor. 
Certo erudito em religião, que, se com boa ou duvidosa intenção não fica bem claro, interpela Jesus referindo-se a vida eterna e recebe do Mestre como resposta outra pergunta "Que está escrito na Lei? Como interpretas? A isto ele respondeu: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e amarás o teu próximo como a ti mesmo. Então Jesus lhe disse: Respondeste corretamente; faze isto e viverás"(Lc.10:26-28) Observe-se no diálogo o apoio dado por Jesus ao exercício prático dos Mandamentos da Lei quando condicionado por intenções advindas diretamente do coração, outorgando a tal proceder aprovação da parte dos Céus relativamente a esta conduta. 
Em outra citação Bíblica sobre a Lei encontrada no Novo Testamento, Jesus se refere a Sua observância valendo-Se de certas arguições "Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás. Eu, porém,vos digo que todo aquele que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento. Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: Qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração já adulterou com ela" (Mt.5:21,22,27,28) Podemos montar uma paráfrase do quadro apresentado por Jesus desta maneira: Certo alguém não ousou tirar a vida do ofensor em vingança pelo agravo dele recebido, mas guarda o ressentimento e com isto, de igual forma, viola a Lei. 
Certo alguém, independentemente da razão, não traiu sua esposa consumando o ato com outra mulher que lhe agradou os sentidos, mas ao vê-la, no íntimo o deseja realizar, igualmente transgredindo o Mandamento, tornando-se culpado e réu.
Foi esta a constatação de Paulo, esboçada nos capítulos 7 e 8 de Romanos, motivando-o a tão intensa perplexidade. Ele questiona:"É a Lei pecado?De modo nenhum. Mas eu não teria conhecido o pecado senão por intermédio da Lei, pois não teria eu conhecido a cobiça se a Lei não dissera:Não cobiçarás" (Rm.7:7) 
Depara-se diante de um intrigante paradoxo.
Fora educado desde a meninice dentro dos mais rígidos padrões que observam total subserviência ás questões religiosas e ardentemente primava por trilhar tal resolução. 
De repente conclui ter sido todo o empenho de uma longa vida de obediência a uma versão interpretativa da Lei algo absolutamente nulo quando contraposto ao espírito do Seu real sentido e significado. Compreendeu claramente sua total impotência e inoperância diante da força exercida pelo pecado implantado no âmago humano a partir de sua natureza própria. "Porque o pecado, prevalecendo-se do Mandamento, pelo mesmo Mandamento me enganou e me matou"(Rm.7:11) 
Poucos de verdade conhecem os objetivos e finalidades da Lei estabelecida por Deus colocando-se diante Dela de modo devido.
Ele não nos deu a conhecer Sua Lei com o fim de pensarmos estarem nela prerrogativas capazes de nos absolver dos nossos pecados, nos esconder deles ou mesmo acoberta-los.
Ela ficou como indicativo daquilo que obrado se torna em pecado.
Através dos Seus ditames ficam evidenciadas as diferenças existentes entre lícito e ilícito; entre virtudes e defeitos; verdade e mentira; bem e mal.
Nenhuma entre as mais severas censuras encontradas na Bíblia é tão incisiva quanto a que consta na carta para  a morna Laodicéia, pois se auto proclamavam: "Rico e abastado estou, e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que és infeliz, sim, pobre, cego e nu"(Ap.3:17)
O apóstolo afirma que "Cristo é o fim da Lei para justiça de todo aquele que crê"(Rm.10:3) e que "O homem é justificado pela fé, independentemente das obras da Lei" mas porém "De maneira nenhuma anulamos a Lei pela fé mas, pelo contrário, pela fé a estabelecemos"(Rm.3:28,31)
A contraposição das afirmações contidas nestes e outros textos similares até soam como contradições destituídas de nexo, mas pronunciadas foram por uma entre as maiores autoridades no assunto e que ao dissertar sobre o tema não necessitava porem-nos em sequência ordenada, o que para nós, pessoas comuns, exige empenho para o compreender.
Transparece que quando discorria sobre o assunto, esse fluía de acordo com outra situação Bíblica:Ele próprio comparecendo diante do tribunal celeste.
Ali encontram-se presentes o Pai eterno na função de juiz, o Filho como advogado, os anjos do Céu como jurados e testemunhas, a Lei como promotor de justiça, e como inquérito o registro fiel das obras do indivíduo contidas em livros designados para tal e também mencionados pela Bíblia.
O primeiro passo é a citação daquele registro respectivos ao julgado, acontecimento por acontecimento, sendo estes contrapostos aos preceitos todos contidos na Lei.
Observe-se aqui que, com base nas obras do homem, possui a Lei em síntese duas funções elementares: tanto o acusa como também testemunha a seu favor.
Posto um item na pauta para acareação passa ele cuidadosamente agora por criterioso exame: As circunstâncias todas a envolve-lo em seus motivos e causas.
E aqui não se pode deixar escapar nem sequer um detalhe, por mínimo que possa parecer, sob pena de serem atribuídos a este ou justiça ou injustiça; o que sabemos ser impossível, por não ocorrer falhas nas obras de Deus e serem estas todas perfeitas.
Poderia alguém questionar não serem necessários para Deus a execução de todo esta sistemática, mas a este afirmamos que Ele não permitirá a nenhum margem para inserção de dúvidas pertinentes a absolvição ou condenação aplicados a quem por direito receba.
"O que encobre suas transgressões jamais prosperará;mas o que as confessa e as deixa alcançará misericórdia"(Pv.28:13) 
A justificação pela fé é então juntada aos autos do processo.
É este momento do histórico de qualquer ato praticado em  vida na terra que será observado pela real dimensão.
Passa ele agora a ser minuciosamente investigado.
São postos sob revista  absolutamente todos os casos, quer os procedentes em acordo com os ditames da Lei tanto aqueles com exercício contrário. Ambas as situações estão passivas a aprovação ou reprovação, dependendo da conclusão estimadas com base naquilo que as determinou.
Foi ao constatar esta situação contraposta aquilo que enxergou em si próprio que assustou Paulo daquela maneira, inspirando-o a escrever Romanos, especialmente seus capítulos sétimo e oitavo.
Quando Adão violou a Lei de Deus, nada mais que ele pudesse fazer o livraria de condenação. Absolutamente nada.
Suas obras todas agora passariam pelo crivo da Lei.
Foi necessária a implantação do resgate por meio da morte de Jesus para escuda-lo da espada justiceira.
Sua única saída seria o arrependimento seguido da confissão e conversão: Dor pelo erro, responsabilidade assumida pelo erro, e consequente abandono do erro.
Tal premissa é outorgada a mácula justificando-a, enquanto o Advogado se levanta em favor do culpado substituindo-o, lavando-o, trocando a morte deste pela Sua.
Por isto se diz"Comprados fostes por preço(1Co.6:20)
































O QUE É O CÉU?

  O que é o Céu? "O Senhor está no Seu santo templo; nos céus tem o Senhor o Seu trono..." (Sl 11:4) Existe muita discussão acerca...