terça-feira, 6 de agosto de 2013

O SANTUÁRIO CELESTIAL (Parte 9) CAI A VERDADE POR TERRA



Olá, amigos.
O quarto reino, segundo observados por Daniel e João, particularmente difere das potencias universais a precederem-no.
Cuidaria em mudar os tempos e a Lei e a magoar os santos de Deus.
São encontrados muitos registros seculares e Bíblicos de perseguições pagãs empreendidas contra cristãos, porém, estimado leitor, cristãos perseguindo aos próprios cristãos? 
Não soa isto como sinal de infame incongruência? 
Pois bem. Tal situação se houve no período histórico conhecido como Idade Media, ou Medieval (Séculos V-XV) e possibilizado á partir da ação de Constantino ao tornar o cristianismo religião oficial do estado romano unindo religião e política.
Espaço negro no desenvolvimento intelectual, cultural e sociológico do mundo, que praticamente estagnou no tempo as ciências, artes; relações humanas, espiritualidade. Todo condutor viabilizando  libertar o povo das cadeias de fabricada ignorância ao qual foi submetido, era obliterado por homens atendendo interesses particulares, tratando-o e condenado-o como heresia, sendo julgado em acordo á vil jurisprudência convenientemente enjambrada para este fim.
Também o imutável Evangelho de Deus sofreu adequações segundo pérfidos anseios de tendenciosos líderes eclesiásticos, desvirtuado que foi em Suas enobrecedoras e justas atribuições.
Caiu por terra a Eterna Verdade, conforme predições proféticas sendo inconsequentemente corrompida na mente dos homens através de manipuladores astutos.
Determinara a profecia fatalmente ser dividido aquele reino em dez partes: Os dez dedos da estátua no sonho de Nabucodonosor, por Daniel interpretado assim; e os dez chifres da besta visualizados por Daniel e João.
O Império Romano atingiu o seu apogeu durante o século II, mas durante os dois séculos seguintes verificar-se-ia o lento declínio do domínio romano sobre os seus territórios.
Em 376, os Ostrogodos, em debanda dos Hunos, são autorizados pelo imperador romano Valente a estabelecer-se na província romana de Trácia. 
O processo não decorreu de forma pacífica, e quando os administradores romanos perderam o controle da situação, os Ostrogodos deram início a uma série de pilhagens e vandalismos no território.
Valente, numa tentativa de fazer cessar a violência, foi morto em combate na batalha de Adrianópolis em Agosto de 378.
Para além da ameaça bárbara do norte, constituíram também ameaças à estabilidade as divisões internas dentro do próprio império, sobretudo dentro da Igreja Cristã.
No ano 400, os Visigodos invadem o Império do Ocidente e, embora inicialmente repelidos da Itália, em 410 invadem a cidade de Roma.
A par destes eventos, em 406 e nos três anos seguintes os Alanos, Vândalos e Suevos tomam conta do território da Gália, e em 409 atravessam os Pirineus instalando-se também na península Ibérica.
Vários outros grupos bárbaros tomam igualmente parte nas intensas migrações deste período. Os Francos, Alamanos e Burgúndios têm como destino o norte da Gália enquanto que os Anglos, Saxões e Jutos se estabelecem nas Ilhas Britânicas.
Os Hunos, liderados pelo rei Átila organizam invasões aos Balcãs em 442 e 447, à Gália em 451, e a Itália em 452. 
Estes movimentos levados a cabo pelas várias tribos reorganizaram de forma dramática o mapa político e demográfico do que tinha sido o Império Romano do Ocidente.
Por volta do fim do século V a parte ocidental do império estava já dividida em pequenas unidades políticas, governadas pelas tribos que as haviam ocupado durante o início do século.      
O último imperador do Ocidente, Rômulo Augusto, foi deposto em 476, evento que leva à adoção consensual desse ano como o fim do Império Romano do Ocidente. O Império Romano do Oriente, referido como Império Bizantino, depois da queda do seu correspondente ocidental mostrou pouca eficácia no controle dos territórios ocidentais perdidos.
Embora os imperadores bizantinos tenham mantido pretensões territoriais e afirmado que nenhum rei bárbaro podia ousar tornar-se imperador do Ocidente, não conseguiam de forma alguma sustentar qualquer domínio, excetuando-se a reconquista temporária da península Itálica e da periferia mediterrânea por Justiniano I.
Assim, cumprido e esclarecido está este aspecto da profecia; porém, faltam ainda importantíssimos outros.
Segundo a lenda, que circula até aos dias de hoje, surgiu Roma destinada ao comando e liderança.
Constantino, ao ligar o cristianismo ao estado, pretendera, como todo político, estar á frente das massas obtendo e preservando deste modo o poder apoiado em números; e o cristianismo à época, apesar de proscrito e tratado com extrema violência mais e mais se estendia agregando milhares de adeptos.
Talvez nem mesmo Constantino imaginaria ser a religião uma eficaz ferramenta pelo qual seu país permaneceria por séculos e séculos mantendo o mundo sob domínio; inclusive com influência maior que sistema pagão com o qual nasceu e que caracterizava Roma.  
Em meio a acirradas e turbulentas disputas, discussões e debates, fundem-se paganismo e cristianismo.
Muitas doutrinas Bíblicas são em partes associadas ás tradições pagãs tornadas estatutos de observação compulsória em detrimento da espontaneidade aos ditames da consciência, liberdade de culto e expressão. 
São circunstancialmente impostas á Bíblia Seu desuso, obliterada nas Suas orientações, usurpada que foi na essência por ardilosos dogmas papais.
Impressiona o exato registro das profecias pertinente as atitudes dos homens no tangente a fé.
As cartas dirigidas as sete igrejas esboçam estes acontecimentos históricos em paralelo ao posicionamento dos cristãos diante dos mesmos, segundo o significado do título de cada uma delas.
A primeira, cujo nome Éfeso significa "desejável" (Ap.2:1-7) abrange um período  contado á partir da acensão de Jesus, 34 a.d. ao ano 100. 
Período de perseguições, onde a igreja perseverou em sua pureza doutrinária.
Esmirna,"mirra, ou cheiro suave" 100-323 a.d.(Ap.2:8-11) ainda sob tribulação persevera em sua fidelidade.
Pérgamo "altura, ou elevação" 323-538 a.d. (Ap.2:12-17) "...Tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas contra os filhos de Israel para comerem cousas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição", assim descrita e  historicamente confirmada essa foi a atitude dos líderes da igreja neste período: Contemporização com a alta cúpula romana mascarando tradicionais consecuções e práticas pagãs sob o estandarte da fé cristã: Imortalidade da alma; oração pelos mortos, etc.
Também a mudança do quarto Mandamento ordenando a observância do Domingo, dia do sol, em lugar do Sábado Bíblico, se houve na sua vigência, em 321 a.d.
Posteriormente, em acordo com a sequencia dos acontecimentos da historia, nos reportaremos as últimas cartas.
Os quatro cavalos das visões de João, associadas a abertura dos sete selos (Ap.6:1-17) igualmente são referências a acontecimentos históricos: Guerras, perseguições religiosas, fé e apostasia; culminando com o fechamento da era do pecado, ocasionada pelo segundo advento de Cristo á terra.
No caso dos cavalos o sentido da profecia encontra-se manifesto em suas cores. Na abertura do primeiro selo vê-se um cavalo branco e seu cavaleiro tendo em mãos um arco.
Revela-se aqui a alvura espiritual da igreja no primeiro século e a rapidez com que geograficamente se expande.
O segundo, vermelho, cor do sangue cristão derramado em decorrência das múltiplas campanhas romanas dirigidas a eles, abrange segundo e terceiro séculos.
Preto era a cor do quarto; séculos IV e V. Época tenebrosa dentro do contexto doutrinário Bíblico.
E por fim o quarto, amarelo, cor da morte, brevemente abordado em nosso estudo.
Conforme vimos as circunstâncias todas favoreceram induzindo ao surgimento do mais terrível, blasfemo e insolente de todos os poderes surgidos no meio dos homens: O papado.
Tema para o próximo capítulo.
Até breve.
Abraço a todos os nossos amigos leitores em todas as partes do mundo.





















































sábado, 3 de agosto de 2013

O SANTUÁRIO CELESTIAL (PARTE 8) A BESTA DE APOCALIPSE



Olá,amigos.
O tema deste capítulo aborda um relevante assunto denunciado pela Bíblia e envolve uma nação cuja ação e caráter influenciaria circunstancialmente os parâmetros da trajetória humana na terra, nela registrando, via brutal despotismo, páginas marcadas pela intolerância, corrupção e crime.
A Daniel e João foi-lhes mostrado por Deus esse reino representado sob figura de um terrível animal: Espantoso, destruidor; tendencioso e enganador.
Mergulharemos profundamente na história em paralelo com as Sagradas Escrituras resgatando acontecimentos passados e trazendo á tona fatos maliciosamente encobertos, obstruídos ao alcance geral e disfarçados nesse século sob uma capa de auto proclamada idoneidade, fazendo jus á descrição profética que lhe destaca sua habilidade em engendrar sedutoramente o erro.
Afirmou Daniel deter tal reino característica peculiar diferenciando-o dos povos aos quais sucedeu e, nesse sentido, sob suas duas bandeiras, paganismo e professo cristianismo, fielmente reproduz Roma a referida menção.
Em ambas as características romanas sofreu a Bíblia e Seus fieis seguidores duras sanções; sendo por estas perseguidos a preço de sangue, intitulados e rotulados como ereges e inimigos do estado.
Jamais houve um país como Roma, que sutilmente associava crenças religiosas á política, manipulando e preservando deste modo o apoio das massas.
Nesse aspecto foram vituperadas a verdade e os servos de Deus, no mundo sempre contado entre as minorias.
Vamos entender como tudo começou e se estendeu aos dias atuais.
Diz-nos a profecia: "De um dos chifres saiu um chifre pequeno, e se tornou muito forte para o sul, para o oriente e para a terra gloriosa. Cresceu até atingir o exército dos céus; a alguns do exército e das estrelas lançou por terra e os pisou. Sim, engrandeceu-se até ao Príncipe do exército..." (Dn.8:9-11)
Desse ponto inicia-se a narrativa Bíblica sobre a saga do povo de Deus, deparando-se agora pelo caminho com seu mais ferrenho inimigo.
70 semanas, ou 490 anos de graça, (Ver capítulos anteriores) foram determinados aos Judeus. (Dn.9:24-27) 
Desde a saída da ordem, 457 a.C, até a restauração do templo, sete semanas, ou 49 anos, estendem-se a 408 a.C. quando essa obra foi concluída. 
Depois disto contam-se ainda 62 semanas, ou 434 anos, até ao Ungido, Cristo, 27 a.d., quando precisamente deu-se Seu batismo nas águas do Jordão. 
"Depois das sessenta e duas semanas será morto o Ungido... Ele fará firme aliança com muitos por uma semana, ou 7 anos, e na metade da semana fará cessar o sacrifício..." 
3 anos e meio após Seu batismo, 31 a.d., Jesus é crucificado pelos romanos, e 3 anos e meio depois acontece o pentecostes e a primeira grande perseguição aos cristãos, 34 a.d., sendo estes espalhados pelo mundo findando a exclusividade do Evangelho para os Israelitas e sendo então agora distribuído a todas as nações do mundo.
Foram inúmeras as campanhas militares Romanas, sob sua forma pagã, empreendidas contra os cristãos. 
Entre estas, dez destacam-se pela brutalidade e recursos usados. (Séculos I, II, III)
1-Nero (64-68) 
2-Domiciano (94-96) 
3-Trajano (97-116) 
4-Adriano (118-129) 
5-Marco Aurélio (161-178) 
6-Sétimo Severo (200-211) 
7-Maximiniano (235-237) 
8-Décio (249-251) 
9-Valeriano (257-259) 
10-Diocleciano (302) 
(Enciclopédia Universal Gama)
Mas, apesar de toda ostentação, riqueza e poder, a profecia havia predito haver um esfacelamento do reino. 
"Crise do terceiro século" foi o nome dado a uma série de acontecimentos catastróficos ocorridos no império ao longo do século III, ou mais precisamente do ano 235 ao ano 284.
Durante esse período, Roma foi governada sucessivamente por cerca de dezoito imperadores "legítimos". 
A maioria deles era de proiminentes generais que assumiram o poder sobre todo ou parte do império, somente para perdê-lo por derrota em combate, assassinato, ou morte natural, governando em média apenas dois a três anos.
O número exato de imperadores do período é desconhecido, pois não considera aqueles nomeados junto com pais e colegas, e ainda desconsidera os pretendentes e usurpadores.
No fim do século II ocorreu uma guerra civil de sucessão, abalando-o profundamente.
Na primeira metade do século seguinte, manteve-se próspero e extenso, até que o poderoso Império Sassânida, ao leste, passou a dirigir-lhe incisivos ataques.
No ano de 260 foram capturados o imperador Valeriano e todo o seu exército de 70 mil homens.
Sem muita defesa, as províncias do leste foram devastadas.
A peste bubônica se espalhou tornando-se uma epidemia. 
Além desses problemas, Roma ainda iria se deparar com outro poderoso inimigo ao norte: Os godos.
O avanço da peste e os fracassos militares eram tão frustrantes que o povo passou a buscar novas crenças e rituais para afastar os perigos, ao mesmo tempo que se intensificou a perseguição aos cristãos. 
Rumores de que os acontecimentos negativos eram algum tipo de castigo se espalharam por toda a Europa.
Uma característica marcante observada na crise do terceiro século foi a fraqueza demonstrada pelos imperadores em manter de forma prolongada o controle.
Essa série de imperadores fracos foi, de certa forma, um reflexo da extensa militarização do império. Em outras palavras, Roma foi abandonando gradativamente seu caráter aristocrático, percebido anteriormente nos poderes investidos ao senado, para tornar-se um império militar.
Com a crise do terceiro século, começaram as transformações que, mais de um século depois, levariam ao fim do período histórico conhecido como Antiguidade e o início da Idade Média.
A potencia militar, outrora considerada absolutamente inabalável, entra em vertiginosa decadência.
Sua pomposa capital se transformara agora em local infestado de ladrões e andarilhos.
Assume o trono então o criador de uma das maiores "artimanhas" políticas que se tem notícia:
Constantino Magno.
Estava o país em colapso econômico.
Caos e desmando prevaleciam.
Urgiam serem tomadas providências para serem mantidas em alta a autoridade e influência romana e, este homem, encontrou uma solução: Adotar o cristianismo como religião oficial do império.
Havia Roma dispendido grande soma de suas riquezas financiando campanhas contra o cristianismo, sem conseguir erradica-lo conforme sua intenção.
Muito ao contrário: Quanto maiores as intervenções nesse sentido, muito mais este se propagava e se fortalecia, juntando multidões. Constantino, astuto e perspicaz político que era, aproveitou muito bem a situação.
O fato de Constantino ser um imperador de legitimidade duvidosa foi algo que sempre influiu nas suas preocupações religiosas e ideológicas.
Enquanto esteve diretamente ligado a Maximiano, ele apresentou-se como o protegido de Hércules, deus que havia sido apresentado como padroeiro de Maximiano na primeira tetrarquia.
Ao romper com seu sogro e eliminá-lo, Constantino passou a colocar-se sob a proteção da divindade padroeira dos imperadores-soldados do século anterior, deus Sol Invicto, ao mesmo tempo que fez circular uma ficção genealógica pela qual ele seria o descendente do imperador Cláudio II, ou Cláudio Gótico, conhecido pelas suas grandes vitórias militares, por haver restabelecido a disciplina no exército romano, e por ter estimulado o culto ao Sol.
Constantino acabou por entrar na História como primeiro imperador romano a professar o cristianismo, após sua vitória sobre Magêncio na Batalha da Ponte Mílvio, em 28 de outubro de 312, próximo a Roma, e que ele mais tarde atribuiu ao Deus cristão.
Segundo a tradição, na noite anterior à batalha sonhou com uma cruz, e nela estava escrito em latim: "Sob este símbolo vencerás"
De manhã, pouco antes da batalha, mandou que pintassem uma cruz nos escudos dos soldados e conseguiu uma vitória esmagadora sobre o inimigo.
Essa narrativa tradicional não é hoje considerada um fato histórico, tratando-se antes da fusão de duas narrativas de fatos diversos encontrados na biografia de Constantino pelo bispo Eusébio de Cesareia.
No entanto, é certo que Constantino era atraído pela religiosidade, ainda que se tratasse da piedade ritual do paganismo.
Jamais abandonou claramente sua adoração ao deus imperial Sol, que manteve como símbolo principal em suas moedas até 315.
A Enciclopédia Católica afirma: "Constantino favoreceu de modo igual ambas as religiões. Como sumo pontífice ele velou pela adoração pagã e protegeu seus direitos".                     
A Enciclopédia Hídria observa: "Constantino nunca se tornou cristão". 
No dia anterior ao da sua morte, realizou um sacrifício a Zeus e até o último dia usou o título pagão de Sumo Pontífice.
Essa clara associação da casa imperial ao Cristianismo criou uma situação equívoca, já que o cristianismo tornou-se a religião "pessoal" dos imperadores que, no entanto, ainda deveriam regular o exercício do paganismo o que, para um cristão, significava transigir com a idolatria.
O paganismo retinha ainda grande força política, especialmente entre as elites educadas do Ocidente do império, situação que só seria resolvida por um imperador posterior, Graciano, que renunciaria ao cargo de Sumo Pontífice em 379, sendo assassinado quatro anos depois por um usurpador, Magno Máximo.
Somente após a eliminação de Máximo e de outro usurpador pagão, Flávio Eugênio, por Teodósio I, é que o cristianismo tornar-se-ia a única religião legal (395 a.d.)
O imperador romano Constantino influenciou em grande parte a inclusão na igreja cristã de dogmas baseados em tradições.
Uma das mais conhecidas foi o Édito de Constantino, promulgado em 321, que determinou oficialmente o domingo como dia de repouso, com exceção dos lavradores, medida tomada por Constantino utilizando-se da sua prerrogativa de Sumo Pontífice, que detinha autoridade legal para fixar o calendário das festas religiosas, dos dias fastos e nefastos.
Note-se que o domingo foi escolhido como dia de repouso, não apenas em função da tradição sabática judaico-cristã, como também por ser o "dia do Sol", uma reminiscência ao culto "Sol invictus"
A referida transição para o cristianismo enfrentou severa resistência, gerando isto inclusive várias batalhas pelo poder.
Grande parte ortodoxa da cúpula governamental ferozmente opunha-se a abdicação de seus tradicionais ritos e celebrações, causando controvérsias.
Muitos cristãos genuínos, em desacordo ás articulações propostas no caso, desligaram-se afastando-se da igreja, permanecendo em sua direção homens corruptos e ávidos pelo poder.
Prevaleceu então a lei das barganhas.
A fusão ocorreu com as partes interessadas cedendo em pontos discutíveis, originando com isto doutrinas anti Bíblicas, apesar de conterem partes isoladas das mesmas.
Lembram da antiga profecia que diz ser os tempos e a Lei radicalmente mudados?
No próximo capítulo da série analisaremos estas mudanças e os estratagemas empregados para que parecessem provenientes da Bíblia.
Atenciosamente: Gordiano oliveira

























































sábado, 29 de junho de 2013

O SANTUÁRIO CELESTIAL (PARTE 7)



Olá, amigos.
Nessa seção da série santuário, enfocaremos o tema mencionado brevemente no artigo anterior, com referência ao animal e seus chifres, descritos por Daniel, agora descerrando-o amplamente.
Encetaremos desdobramentos históricos em paralelo com as profecias e a Bíblia, comprovando assim serem os escritos proféticos, sob a forma alegórica em que são confeccionados, uma transcrição da historia revelada anteriormente ao seu acontecimento.
"...Eu estava olhando, durante a minha visão da noite, e eis que os quatro ventos do céu agitavam o grande mar" (Dn.7:2) 
Ventos, na regra profética, equivale a guerras. 
Compare: (Jr.11,12,19) 
Mar representa povos, multidões, nações e línguas  (Ap.17:15)
"Quatro animais, grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar" (Dn.7:3)
Animal significa reinos; países.
Veja-se (Dn.7:17)
Transliterando o texto, entenderemos referir-se ele aos distúrbios ocorridos envolvendo povos e nações em todos os locais habitados; que conforme a  situação predita e confirmada historicamente refere-se aos 4 países que á época despontam no cenário mundial como super potencias militares. 
"O primeiro era como leão..." (Dn.7:4)  
Babilônia 606-539 a.C.
Aproximadamente no ano de 606 AC o Império Babilônico dominava o mundo de então. 
Nabucodonosor, o rei deste império, havia subjugado o povo de Israel e muitos foram conduzidos por ele ao cativeiro. 
Dentre estes presos estava o jovem Daniel, da Tribo de Judá. 
Babilônia era uma cidade de suntuosa beleza e luxo. 
Seus palácios e jardins suspensos se tornaram uma das sete maravilhas do mundo antigo. 
Era cercada por imensos muros e gigantescas portas, além de um profundo fosso rodeando os muros. 
Babilônia era considerada uma cidade inexpugnável. 
O Rio Eufrates cortava a cidade em diagonal, sob os muros, fertilizando os maravilhosos jardins. 
O território que Nabucodonosor governava havia tido uma longa e variada história e estado sob o governo de diferentes povos e reinos. 
De acordo com  Gênesis, a cidade de Babilônia foi parte do reino fundado por Ninrode, bisneto de Noé. 
Nabopolassar 626-605 a.C. foi o fundador do que se chama o Império Caldeu ou Império Neo-Babilônico, o qual teve sua idade de ouro nos dias do rei Nabucodonosor e durou até que Babilônia caiu nas mãos dos medos-persas, no ano 539.
Nabucodonosor se orgulhava de "sua Babilônia", que ele dizia ter criado por suas próprias mãos, com a força de seu poder, para glória de sua magnificência. 
Mas ele se preocupava em como seria quando ele não fosse mais o governante, fato este levando-o ao imoressionante sonho que teve, registrado no segundo capitulo do livro escrito pelo profeta Daniel.
"E eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso... Na boca, entre seus dentes, trazia três costelas... (Dn.7:5 8:3,4,20) 
Medo pérsia 538-331 a.C.
Os medos, que estavam divididos em tribos, foram unificados por Déjoces em torno do século VIII a.C.. 
Dos sucessores de Déjoces, vale destacar Ciáxares, que aliado a Nabopalassar da Babilônia, derrotou os assírios. 
Seu filho Astíages herdou um grande império, porém acabou sendo derrotado por Ciro o Grande, que formou um império ainda maior, pois derrotou medos, lídios e babilônicos, (as três costelas na boca do animal).
Ciro tratou com liberdade os povos vencidos,  respeitando suas crenças e governando com justiça. 
Aos judeus que viviam no Cativeiro de Babilônia foi permitido que voltassem a Canaã para a reconstrução do Templo de Jerusalém. 
Ciro estabeleceu sua capital em Pasárgada, onde construiu belíssimos palácios. 
O filho de Ciro, Cambises II  (rei entre 530 e 522 a.C.)  conquistou o Egito. 
Despótico,  cruel e desequilibrado, acabou cometendo suicídio. 
A morte de Cambises levou vários pretendentes a lutarem pelo trono, que acabou sendo conquistado por Dario. 
Com Dario I, o Império Persa atingiu o apogeu. 
Construiu estradas; criou um bem dotado sistema de correio; uniformizou o sistema de pesos e medidas; criou uma moeda-padrão: o dárico; dividiu o Império em satrapias e nomeou pessoas de confiança para governá-las, entre estas, Daniel, quando do episódio da cova dos leões. (Dn.6:1-28)
Após Dario I, o Império entrou numa longa decadência, até ser conquistado por Alexandre, o Grande.
"...Eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha nas costas quatro asas de ave; tinha este animal quatro cabeças... Eis que um bode vinha do ocidente, sobre toda a terra, mas sem tocar o chão; este bode tinha um chifre notável entre os olhos.... E na sua força quebrou-se-lhe o chifre, e em seu lugar saíram quatro chifres notáveis..."(Dn.7:6 8:5-8)  
Grécia 331-168 a.C.
São famosas as incursões relâmpago em diversos países por Alexandre o Grande e seu exército, conquistando-os em curto espaço de tempo, fato simbolizado pelas asas ás costas dos animais.
Morre precocemente Alexandre sendo seu reino dividido entre seus 4 generais: Cassandro, Lisímaco, Seleuco e Ptolomeu, uma vez que não tinha filhos a sucederem-no no trono, acontecimento este representado pelas quatro cabeças do animal e pelos quatro chifres que surgiram no bode a partir do desaparecimento do primeiro. (Dn.8:21,22)
E, finalmente, o quarto animal. Grande, forte, cruel  (Dn.7:7)
Ele era diferente dos primeiros; possuía dez chifres, entre os quais um, que aparentava ter olhos, boca e falava insolentemente (Dn.7:20) Sem dúvidas, pode este ser aplicado ao império Romano. 168 a.C.- 476 d.C.
Sobre o versículo 7, tema em questão, poderia basear-se um livro inteiro; o trataremos mais objetivamente possível, pois qualquer coisa que se pareça com a história completa vai além do espaço que pode receber esta breve exposição.
Esse animal corresponde, naturalmente, á quarta divisão da imagem no sonho de Nabucodonosor: "O quarto reino será forte como o ferro; pois o ferro a tudo quebra e esmiúça; como o ferro quebra todas as cousas, assim ele fará em pedaços e esmiuçará"(Dn.2:40)
Com que exatidão correspondeu Roma á porção férrea da imagem! Com que exatidão corresponde ao animal que temos diante de nós! Pelo espanto e terror
que inspirava e por sua grande força, esse reino correspondeu de modo admirável á descrição profética. 
Nunca dantes o mundo vira algo igual. 
Devorava como com dentes de ferro; despedaçava. 
Triturava as nações, reduzindo-as á pó sob seus pés de bronze.
Possuía dez chifres que, segundo se explica no versículo 24, haviam de ser dez reis, ou reinos, que surgiriam deste império "Quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro e em parte de ferro, será isto um reino dividido... Como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte, e por outra será frágil" (Dn.2:41,42) Devido à infindáveis problemas políticos, guerras civis, entre outros, enfraqueceu-se o poderoso animal sendo pilhado por diversas tribos bárbaras e dissolvido, entre 351-483 d.C., desmembrando-o em dez reinos subsequentes, assim enumerados: Hunos; Ostrogodos; Visigodos; Francos; Vândalos; Suevos; Burgundos; Hérulos; Anglo-saxões e Lombardos.
Basicamente através destes dez originou-se a atual Europa.
Assunto a ser posteriormente aqui ainda abordado.
"O bode se engrandeceu sobremaneira; e na sua força quebrou-se-lhe o grande chifre, e em seu lugar saíram quatro chifres notáveis, para os quatro ventos do céu. De um dos chifres saiu um chifre pequeno, e se tornou muito forte para o sul, para o oriente e para a terra gloriosa"(Dn.8:8,9) 
Citamos o texto propositadamente aqui, á título de apêndice, a fim de apormos a ele imprescindíveis considerações; haja visto darem-lhe influentes teólogos direcionamentos equivocados, quebrando-lhe seu contexto e assim induzindo á contradição os divinos propósitos da profecia, inspirada por Deus no intuito de mostrar o traçado caminho que permite achegar-mo-nos ao Salvador em plenitude mediante completo e perfeito conhecimento de Sua expiadora obra de salvação. Devemos nos manter espiritualmente sóbrios e precavidos contra os estigmas do adversário maior, que mantem por prioridade a busca constante de possibilidades de brechas que tendam a nos desorientar neste caminho. 
Determinadas interpretações atribuem ao rei sírio Antíoco Epífanes a designação profética do chifre pequeno, saído dentre os quatro remanescentes do chifre maior, quebrado no bode.
Ora, a leitura em seu contexto introduz uma terceira potência na profecia, representada pela figura do bode e referindo-se a Grécia e seu grande conquistador Alexandre, preparando o cenário da historia para a nação que deveria lhe suceder, e esta era Roma. 
Após a  morte de Alexandre, e fica bem claro pela linguagem do texto, seu reino então é dividido em quatro partes, uma para cada um de seus quatro generais, e alcançando estes posteriores conquistas militares.
A partir desta ramificação fundou Seleuco Nicátor uma dinastia, os Selêucidas, que reinou sobre a porção Síria do império de Alexandre, 312-65 a.C., constituindo-se assim um entre os quatro chifres apontados pelas profecia.
Numa linhagem de 26 reis, desde Seleuco á conquista do território pelos Romanos, o oitavo destes foi Antíoco Epífanes.
Foi este, pois, simplesmente mais um entre eles. 
Era, portanto, este chifre enquanto reinou. 
Diz a profecia haver o chifre pequeno crescido sobremaneira.
Tal não sucedeu com Antíoco; ao contrário: Não ampliou seu domínio; exceto por algumas conquistas temporárias no Egito, que imediatamente diminuíram quando os Romanos tomaram a parte de Ptolomeu e ordenaram que ele desistisse de seus intentos naquela região.
A fúria de sua decepcionada ambição ele a verteu sobre os inofensivos Judeus, sacrificando, inclusive, uma porca em seu santuário, o qual era abominação.
É dito sobre o reino a cumprir a descrição profética:"...Mas o bode peludo é o rei da Grécia; o chifre grande entre os olhos é o primeiro rei; o ter sido quebrado, levantando-se quatro em lugar dele significa que quatro reinos se levantarão deste povo, mas não com força igual á que tinha. Mas, no fim de seu reinado, quando os prevaricadores acabarem, levantar-se-á um rei de feroz catadura e entendido de intrigas. Grande é o seu poder, mas não por sua própria força; causará estupendas destruições, prosperará e fará o que lhe aprouver; destruirá os poderosos e o povo santo. Por sua astúcia nos seus empreendimentos fará prosperar o engano, no seu coração se engrandecerá, e destruirá á muitos que vivem despreocupadamente; levantar-se-á contra o Príncipe dos príncipes, mas será quebrado sem esforço de mãos humanas "(Dn.8:21-25)
Observem que, após a Grécia, não cabe lugar para aplicação de outro reino na profecia que não o Romano. 
Quando se apõe indevidamente Antíoco Epífanes em seu lugar, corrompe-se desta maneira o conjunto das Sagradas Escrituras, submetendo-As á contradições no contexto, motivando assim larga satisfação aos opositores da Bíblia.
Esse reino, desde sua primeira menção, é descrito como sendo diferente dos demais. 
Diz-se ainda mudar ele os tempos e a lei. 
Tal característica distinguindo-o e o colocando em  direta oposição contra Deus, Sua verdade e os seus servos, será o tema  do próximo capítulo da série, estudando-o agora á partir do livro do Apocalipse.
Esperamos termos sido muito claros em nossa explanação, apesar da limitação de espaço, e que tal leitura seja firme acréscimo ao conhecimento dos amigos leitores.
Fiquem com Deus e que Sua graça os acompanhe.
Abraço fraterno.
Até breve.







































segunda-feira, 24 de junho de 2013

O SANTUÁRIO CELESTIAL (PARTE 6)







 O SANTUÁRIO CELESTIAL (parte 6)

Olá, amigos.
Entendemos no capítulo anterior que o julgamento efetuado no santuário celestial  precede o segundo advento de Cristo, ou seja: acontece antes da Sua volta á terra, e ser esta obra de juízo representada através do ritual de purificação no antigo santuário Hebreu. 
Pois bem... Havia para o acontecimento deste cerimonial na terra, uma data anual rigidamente estabelecida: O décimo dia do sétimo mês, que pelo calendário lunar dos Judeus equivale atualmente a 22 de outubro.
Tal resolução divina nos direciona á indagação: Existiria também para a purificação do santuário celeste uma data pré fixada? Diz Paulo haver Deus  "estabelecido um dia em que há de julgar o mundo com justiça" (At.17:31)
Seria possível ser encontrado na Bíblia condições que nos esclareça melhor este aspecto do assunto? 
A resposta é sim! Deus,  na Sua infinita misericórdia e sabedoria jamais teria mencionado algo de tão grande vulto para a vida de Seus filhos, privando-os da possibilidade de sua compreensão.
Vasculhemos-Na então buscando estas reveladoras respostas.
Encontramos nas Sagradas Escrituras uma profecia muito antiga, e que nos servirá como ponto de partida.  Leiamos. "...Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs;  e o santuário será purificado" (Dn.8:14) 
Mas, que quer dizer tudo isto?
Que luz nos traria tão emblemático versículo? 
Realmente...  O texto,  isoladamente,  não diz muita coisa, porém vamos coloca-lo dentro de um contexto,  á partir de sua origem. 
Conforme dados históricos, contemporâneos aos dias de Daniel encontrava-se o povo Judeu exilado em Babilônia sendo trazidos pelo seu rei Nabucodonosor após a invasão e destruição de Jerusalém, no ano 607 a.C.  (Com relação a esta data, existem divergências entre  historiadores. 
A data acima é a mais precisa e acordada) 
Sonhou  Nabucodonosor com uma imensa estátua de ouro,  prata, entre outros materiais  (Dn.2:1-46) sendo este sonho interpretado e atribuído por Daniel ao sucessivo surgimento e queda de quatro nações:  Babilônia;  Medo-Pérsia; Grécia e Roma.
Recebe mais tarde Daniel ele próprio,  uma visão similar; porém agora representados estes reinos sob figura de 4 animais. 
A diferença no aspecto entre ambas as visões se caracteriza pela ótica divina, que tem como aparência de um animal voraz e bruto a imagem que riquezas,  ostentação e poder são traduzidas pelos olhos humanos.
Nessa lista,  por motivos óbvios, o quarto reino recebe da Bíblia maior atenção. "Depois disto, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível,  espantoso e sobremodo forte,  o qual tinha grandes dentes de ferro.  Ele devorava e fazia em pedaços,  e pisava aos pés o que sobejava;  e era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres
(Dn.7:7) 
Os citados impérios obtiveram destaque no cenário da historia pelo fato de á época exercerem domínio sobre amplo espaço geográfico,  mediante os recursos da guerra,  tornando-se assim super potencias mundiais.
Mas nenhum destes sobrepujou Roma em poder e notoriedade.
Um detalhe na visão respectiva a este reino chama a atenção do profeta:  Seus chifres,  em número de dez.          
O termo chifre profeticamente corresponde a reis ou reinos; detentores de truculenta autoridade e influência sobre pessoas. Ver (Dn.7:24) 
Entre estes chifres um em especial: "Estando eu a observar os chifres, eis que entre eles subiu outro pequeno,  diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como de homem, e uma boca que falava com insolência (Dn.7:8) 
Interessante, não?           
O profeta ficou impressionado com aquela visão,  e não compreendendo-a indagou ao Anjo sobre seu sentido (Dn.7:15,16)
Vamos descobrir o que vem a ser isto. "Então tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal,  que era diferente de todos os outros...  E também dos dez chifres que tinha na cabeça,  e do outro que subiu,  de diante do qual caíram três,  daquele que tinha olhos,  e uma boca que falava com insolência,  e parecia mais robusto do que os seus companheiros.  Eu olhava e eis que este chifre fazia guerra contra os santos,  e prevalecia contra eles,  até que veio o Ancião de dias,  e fez justiça aos santos do Altíssimo; e veio o tempo em que os santos possuíram o reino" (Dn.7:19-22) 
Importante observarmos que a intervenção do Ancião de dias na cena fazendo justiça aos Seus santos, ocorre sob o período de atuação do chifre pequeno e anterior á entrega do reino a eles. Prossigamos com as explicações dadas a Daniel: "Então ele disse: O quarto animal será um quarto reino na terra,  o qual será diferente de todos os reinos,  e devorará a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços" (Dn.7:23)
Diz "será um quarto reino", significando ser sua atuação ainda futura aos dias do profeta. Será "diferente dos outros reinos": Conforme acima citado,  aquelas nações,  para suas conquistas territoriais,  empregavam o recurso da supremacia bélica sobre os oponentes;  porém esta,  além dos tradicionais métodos de guerra se valeu de outra política na manutenção do poder distinguindo-a: "Os dez chifres correspondem a dez reis que se levantarão daquele mesmo reino;  e depois deles se levantará outro,  o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis.  Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo,  e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos por um tempo, dois tempos e metade dum tempo" (Dn.7:24,25) Muito bem. Já podemos perceber qual seria sua diferença em relação aos outros:  A conotação religiosa.  O estudo completo referente a este reino,  ainda dentro da série sobre o santuário,  será retomado brevemente em capítulo específico. Obtemos por agora elementos suficientes a permitirem estruturada sequencia do tema em pauta:  Os 2.300 dias e a presença do quarto animal determinado fatores e rumos da historia na terra.
Daniel muito se esforçou para entender as visões que tivera, chegando inclusive adoecer devido sua ansiedade;  (Dn.8:27) Compreendeu o sentido para os simbólicos animais, e a profecia de Jeremias relativa ao final dos 70 anos de cativeiro do povo judeu (Jr.25:11,12 Dn.9:2)  porém não encontrava explicação para os 2.300 dias,  cujo cumprimento lhe havia dito o Anjo ser ainda para "dias mui distantes" (Dn.8:26) 
Orou intensa e fervorosamente por seu povo e os esclarecimentos que tanto ansiava  (Dn.4:3-19) obtendo a resposta "...Agora saí para fazer-te entender o sentido...  Considera, pois,  a cousa,  e entende a visão:  Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo,  e sobre a tua santa cidade para fazer cessar a transgressão,  para dar fim aos pecadospara expiar a iniquidade,  para trazer a justiça eterna,  para selar a visão e a profecia,  e para ungir o Santo dos Santos.  Sabe,  e entende:  Desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém,  até o Ungido,  ao Príncipe,  sete semanas e sessenta e duas semanas: as praças e as circunvalações se reedificarão,  mas em tempos angustiosos.  Depois das sessenta e duas semanas será morto o Ungido,  e já não estará; e o povo de um príncipe,  que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio,  e até ao fim haverá guerra;  desolações são determinadas.  Ele fará aliança com muitos por uma semana;  na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador,  até que a destruição, que está determinada,  se derrame sobre ele" (Dn.9:24-27)
Setenta semanas equivalem a 490 dias.  Um dia profético corresponde ao período de um ano,  conforme determinado na Bíblia. Comparem:: "Quarenta dias te dei,  cada dia por um ano.  Voltarás,  pois,  o teu rosto sobre o cerco de Jerusalém com o teu braço descoberto,  e profetizarás contra ela"  (Ez.4:7)) Ver também (Nm.14:34) 
Então foram por Deus determinados  (Separados,, no original) para o povo Judeu, 490 anos; mas separados de que?Obviamente do assunto que o profeta estava interessado e empenhado em compreender:  Os 2.300 dias,  ou anos,  no final dos quais o santuário seria purificado. Diz-lhe o anjo que se daria então fim aos pecados;  seriam expiadas as iniquidades e ungido o Santo dos Santos,  ou seja,  efetuada a obra no segundo compartimento do santuário,  e dá a Daniel saber o exato ano em que este período de tempo haveria de ser começado a contar:  Desde a saída da ordem para edificar e restaurar Jerusalém. 
Poderíamos datar este acontecimento?  Com certeza sim. Houve outras expedições com o mesmo propósito,  algumas, inclusive decretadas por Ciro,  rei Persa,  em 538 a.C. (2Cr.36:22,232 Ed.1:1-4)  
Mas a ordem que definitivamente determinou e concretizou o inicio das obras de restauração da cidade de Jerusalém foi regulamentada por Artaxerxes I,  no início do outono do ano 457 a.c. (Ne.2:7-9)
Então,  anexados 2.300 anos a 457 a.c.,  nos trarão estes para 22 de Outubro de 1844;  dia este,  querido leitor,  que se deu início ao mais importante evento na existência de qualquer ser humano, especialmente ao que crê e espera em Deus:  A revisão no Céu de todas as decisões que tomou em sua vida terrena.
Não é possível precisar o ponto em que hoje esta obra se encontra; mas certamente não se acha distante sua conclusão.
Este tribunal,  como o requer justo julgamento,  possui um detalhado processo sobre o réu  (Livros de registro Ap.20:12)  Juiz (Deus Pai 2Tm.4:8)  Advogado (Jesus 1Jo.2:1), testemunhas  (Anjos Mt.18:10)  e um conjunto de leis  (Mt.5:27,28 1Jo.3:4)
Concluído este julgamento  restará apenas o Filho do Homem receber do Ancião de dias o reino,  vindo a esta terra para toma-lo.
No próximo capítulo,, ainda abrangendo datas históricas, estudaremos sobre o animal com chifres mencionado em Daniel e Apocalipse. 
Sua participação direta no cumprimento das 70 semanas de graça dadas aos Judeus.
Até breve.

























sexta-feira, 21 de junho de 2013

O SANTUÁRIO CELESTIAL (PARTE 5)

Olá,amigos.
Conforme adiantado no artigo anterior, nesta quinta parte da série desinada ao estudo sobre o santuário celestial analisaremos a documentação que cada ser humano recebe em livros no céu, que são três, sendo mencionados pelas Sagradas Escrituras dezenas de vezes: O livro da vida; das memórias e do juízo; onde nestes são registrados todos os momentos do homem em sua passagem na terra, desde seu nascimento á morte.
Todos estes diretamente relacionados ao  inevitável julgamento pelo qual todos aqueles ingressados neste nosso plano existencial devem passar, e revelados na Bíblia sob uma complexa gama de textos que, ordenados em lógica e metódica sequencia, nos permitem elucidar seu completo desdobramento. Sua data para início e sua conclusão.
Também todas as circunstâncias envolvidas neste tão importante evento.
Entendemos até aqui serem o santuário terrestre e os rituais nele praticados símbolos do santuário existente nos céus e que no dia da expiação era este purificado, ou seja: através deste ato, figuradamente apagavam-se os pecados nele depositados.
Afirmou Paulo, explicitamente, passar o celestial por idêntico processo de purificação.
Acompanhemos seu raciocínio, detalhadamente: "Ora, a primeira aliança também tinha preceitos de serviço sagrado, e o seu santuário terrestre" (Hb.9:1) 
Antes, algumas observações interessantes sobre este versículo á título de apêndice, relativas a frase grifada.
Nos comprometemos anteriormente com nossos queridos leitores esclarecermos a relação existentes entre Antiga e Nova Alianças em seu aspecto de validade e aplicação; tema incompreendido por grande número de cristãos e causa de controvérsias entre estes, inclusive desviando á muitos do conhecimento perfeito da Palavra de Deus.
Definitivamente comprova a linguagem usada pelo apóstolo no texto diferirem-se ambas alianças unicamente nas formas de condução dos rituais e sua localização.
Mediante inconsequente ausência de mais apurado senso concernente ás doutrinas da Bíblia, apõe alguns á primeira aliança, em suas transitórias leis cerimoniais, todo o Antigo Testamento.
A Nova Aliança aboliu as práticas humanas descritas e requeridas através da antiga.  No entanto, moralidade, obediência e união espiritual com Deus o são identicamente requeridas em ambas as dispensações, sendo tão necessárias hoje como o foram no passado. 
Exemplo: Furto incorre em incompatibilidade ao Céu tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.
Então, certas referências encontradas no Novo testamento alusivas á lei encravada por Cristo na cruz não necessariamente aplica-se a exclusão do Antigo Testamento da Bíblia, invalidando-O por completo.
Quando Paulo destaca que: "a primeira aliança também tinha um santuário", ratifica com isto a existência do santuário celeste. Ora, se a primeira "tinha", igualmente o "tem" a segunda; e segue-se, nos versículos seguintes, uma descrição de utensílios e serviços comparando ambos os santuários,(Hb.9:2-14) concluindo com a purificação no segundo."Era necessário, portanto, que as figuras das cousas que se acham nos céus se purificassem com tais sacrifícios, mas as próprias cousas celestiais com sacrifícios a eles superiores" (Hb.9:23) 
Percebam haver, igualmente ao primeiro, também no segundo um processo de purificação.
Mas estaria ele sujo ou contaminado necessitando passar por limpeza? E como seria este processo de limpeza? 
Recorremos a Bíblia."...Porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-O dentre os mortos" (At.17:31) 
Conforme acima citado existe um livro de memórias onde são registradas todas as boas obras dos homens: "Então os que temiam ao Senhor falavam uns aos outros; o Senhor atentava e ouvia; havia um memorial escrito diante Dele para os que temem ao Senhore para os que se lembram do Seu nome" (Ml.3:16) Ver também (At.10:4 Sl.40:7 56:8 69:28 112:6 Ne.13:14)
Tal registro é efetuado com tamanha precisão que mesmo o local de nascimento e influência a contribuírem na formação do caráter da pessoa recebem atenção. Comparem: "Dentre os que me conhecem, farei menção de Raabe e de Babilônia; eis aí Filístia, e Tiro com Etiópia: lá nasceram. E com respeito a Sião se dirá: Este e aquele nasceram nela; e o próprio Altíssimo a estabelecerá. 
O Senhor, ao registrar os povos, dirá: Este nasceu lá" (Sl.87:4-6) 
Até mesmo os membros de nosso corpo, recebem anotação: "Os meus ossos não Te foram encobertos, quando no oculto fui formado, e entretecido como nas profundezas da terra. Os Teus olhos me viram a substância ainda informe, e no Teu livro foram escritos todos os meus dias..."(Sl.139:15,16)
Ao voluntariamente entrar qualquer para o serviço de Deus aceitando Seu Filho como único e suficiente salvador, entrará o seu nome no livro da vida. Vejamos: "...A isto respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus... Quem não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus. O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do livro da vida; confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos Seus anjos" (Jo.3:3,5 Ap.3:5) Palavras de Paulo a um dos seus parceiros de obra missionária: "...A ti, fiel companheiro de jugo, também peço que as auxilies (Evódia e Síntique) pois juntas se esforçaram comigo no Evangelho, também com Clemente e com os demais cooperadores meus, cujos nomes se encontram no livro da vida" (Fl.4:2,3)  Ver também (Lc.10:20 Ex.32:32,33 Sl. 69:28 Is.4:3 Dn.12:1 etc.) 
E o terceiro livro: O livro do pecado, ou livro dos mortos. Leiamos. "Pelo que ainda que te laves com salitre, e amontoes potassa, continua a mácula da tua iniquidade perante mim, diz o Senhor Deus... Povo que diz: fica onde estás, não te chegues a mim, porque sou mais santo do que tu. És no meu nariz como fumo de fogo que arde o dia todo. Eis que está escrito diante de Mim, e não me calarei..." (Jr.2:22 Is.65:5,6) 
Ver também (Ap.20:11-15)
Muito bem. Temos já consumadas a questão destes livros. Mas como liga-los Biblicamente a obra de purificação do santuário celestial?Permitamos a Bíblia nos fornecer a informação.
Daniel, em suas visões, contemplou o assentamento de um tribunal de julgamento simultâneo a abertura de livros. Acompanhem: "Continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e o Ancião de dias se assentou; Sua veste era branca como a neve, e os cabelos da cabeça como a pura lã; o Seu trono era chamas de fogo, cujas rodas eram fogo ardente. Um rio de fogo manava e saía de diante Dele; milhares de milhares O serviam, e miríades de miríades estavam diante Dele; assentou-se o tribunal,e se abriram os livros"(Dn.7:9,10) 
Imediatamente após o julgamento contemplou o profeta o acontecimento chamado na Bíblia de "a volta de Cristo" Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-Se ao Ancião de dias, e O fizeram chegar até Ele. foi-Lhe dado o domínio e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas O servissem; o Seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o Seu reino jamais será destruído"(Dn.7:13,14)
São dois, pelo menos, os fatos a ocorrerem por ocasião deste acontecimento. Leiamos as palavras de Paulo: "Eis que vos digo um mistério: Nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porquanto o Senhor mesmo, dada a Sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a última trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os vivos, seremos arrebatados juntamente com eles...(1Co.15:51,52 1Tess.4:16,17) Percebemos na cena descrita ser o advento de Cristo exclusivamente voltado ao resgate dos Seus, estando já toda situação pre estabelecida, ou seja, a condição dos eleitos e os não eleitos já plenamente decididas, nos provando claramente que a esta altura o julgamento definindo a sorte de cada ser humano completamente  já foi realizado.
Contrário ao que muitos afirmam ser este julgamento após o regresso de Jesus a esta terra. 
Obviamente, aqueles registros de pecado que estiveram armazenados no recinto celestial onde se processa o plano da salvação já foram erradicados, sendo assim efetuada sua purificação e limpeza.
Voltemos ao exame da Bíblia para certificar-nos plenamente sobre esta conclusão.
Diz o apóstolo Pedro: "Porque a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus  é  chegado; ora, se primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem o Evangelho de Deus?"(1Pd.4:17) Observem que o início do julgamento começa por aqueles que servem a Deus, ou seja: Os resgatados por ocasião do retorno de Jesus a este planeta, e que tinham seus nomes constados no Livro da Vida. 
Ainda, segundo Pedro, os pecados dos justos serão todos apagados, e todo caso será decidido antes deste procedimento; seria isto então a purificação do santuário. 
Vejam: Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados, a fim de que da presença do Senhor venham tempos de refrigério e que envie ele o Cristo, que já vos foi designado, Jesus, ao qual é necessário que o céu contenha até aos tempos da restauração de todas as cousas, de que Deus falou por boca dos Seus santos profetas desde a antiguidade" (At.3:1'9-21)
Percebam ser este juízo voltado para aqueles que tiveram seus nomes presentes no livro da vida, pois afirma Jesus haver a possibilidade destes nomes serem excluídos do mesmo "...De modo algum apagarei o seu nome do livro da vida..." (Ap.3:5)
Quanto ao julgamento dos não chamados, posteriormente abordaremos o assunto especificamente.
Façamos uma pequena sinopse disto que hoje aprendemos.
Serão passados em revista, anteriormente ao regresso de Jesus a esta terra, todos os casos daqueles que tiveram seus nomes inscritos no livro da vida, sendo-lhes avaliadas suas obras para confirmação ou exclusão de seus nomes ali. Somente serão chamados aqueles cujos nomes lá constam. 
A obra de purificação do santuário celestial, tal qual o terreno, consiste em uma remoção dos registros de delitos nele contidos, mediante o sangue expiatório por Cristo derramado na cruz do Calvário, efetivando-se mediante tal ação a sua limpeza.
Quanto a responsabilização pelos mesmos, simbolizado pelo bode emissário, estudaremos a frente em um capítulo dedicado especialmente a tal.
Na próxima parte desta série de estudos, vasculharemos a Bíblia para encontrar, se possível, o ponto cronológico para início desta obra de purificação.
Por ora fica aqui meu abraço fraterno a todos os queridos leitores.













quarta-feira, 19 de junho de 2013

O SANTUÁRIO CELESTIAL (PARTE 4)

Olá,amigos.
No capítulo anterior estudamos os rituais realizados no santuário terrestre construído pelos Hebreus; santuário este que pela destreza intelectual do Deus Altíssimo nos confere através da sua análise a oportunidade de penetrarmos ao Céu e explorar lá o recinto onde a redenção do homem é trabalhada. Sim, por um estilo próprio, característico, não se encontra na Bíblia um versículo específico dedicado a explanação do assunto em linguagem descritiva mas, com toda certeza, mediante claras evidências Nela dispostas compreendemos estar o santuário celestial intrinsecamente ligado ao plano da salvação em Jesus.
No santuário celeste desenvolve-se toda obra em torno da remissão do pecador, tendo, ao ser construído, essa finalidade específica.
Em via dessa sublime explanação Bíblica, o interesse em estuda-la de modo perfeito significa submeter-se a inefável graça divina que permite aos filhos sinceros a possibilidade de conhecer uma parte tão importante no Céu.
Neste artigo, o quarto da série, analisaremos textos Sagrados sobre algumas ordenanças outorgadas aos Israelitas e que, sob figuras, nos remetem á realidade da obra de Jesus no santuário celeste em favor dos Seus nesta terra.
Conforme vimos no estudo anterior (*Ver capítulo 3), o santuário terrestre era uma vez no ano purificado exclusivamente por obra de um sumo sacerdote designado para tal, e confirma o apóstolo Paulo tipificar esse ministro a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Acompanhem seu raciocínio: "...Por isso Deus, quando quis mostrar mais firmemente aos herdeiros da promessa (Os Hebreus) a imutabilidade do Seu propósito, se interpôs com juramento, para que, mediante duas cousas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, forte alento tenhamos nós que corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta; a qual temos por âncora da alma, segura e firme, e que penetra além do véu, aonde Jesus, como precursor, entrou por nós, tendo-Se tornado sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque"
(Hb.6:17-20)
Segue: "Se, portanto, a perfeição houvesse sido mediante o sacerdócio Levítico (pois nele baseado o povo recebeu a lei) que necessidade haveria de que se levantasse outro sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque, e que não fosse contado segundo a ordem de Arão? Pois, quando se muda o sacerdote, necessariamente há também mudança de lei."(Hb.7:11,12)
Refere-se aqui o grande teólogo Paulo a uma transição de ministérios, referindo-se a anulação da lei de sacrifícios no santuário terrestre, encravada com Jesus na cruz (Cl.2:14) sendo transferida ao santuário celestial, fato não acatado e aceito pelos Judeus até aos dias de hoje.
Continua ele: "E isto é ainda mais evidente, quando, á semelhança de Melquisedeque, se levanta outro sacerdote, constituído, não conforme a lei de mandamento carnal, mas segundo da vida indissolúvel. Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nunca aperfeiçoou cousa alguma) e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus." (Hb.7:15,16,18,19)
Ratifica o apóstolo a transitoriedade dos cerimoniais qualificando-os a "sombras do que haveria de vir" (Cl.2:16,17)
Prossigamos."Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens sujeitos á fraqueza, mas a palavra do juramento, que foi posterior á lei, constitui o Filho, perfeito para sempre. Ora, o essencial das cousas que temos dito é que possuímos tal sumo sacerdote, que se assentou á destra do trono da Majestade nos Céus, como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem." (Hb.7:28 8:1,2) 
Tais afirmações, provenientes de um homem de Deus altamente versado, não permitem margens para dúvidas ou questionamentos quanto ao ministério de Jesus no santuário celestial, simbolizado que foi pelos rituais no terrestre.
Mas a questão era tão controversa que Paulo instou persistentemente em suas explanações, as quais, á título de confirmação, também citaremos. Acompanhem: "Pois, todo sumo sacerdote é constituído para oferecer assim dons como sacrifícios; por isso era necessário que também Esse sumo sacerdote tivesse o que oferecer. Ora, se Ele estivesse na terra, nem mesmo sacerdote seria, visto existirem aqueles que oferecem os dons segundo a lei, os quais ministram em figura e sombra das cousas celestes, assim como foi Moisés divinamente instruído quando estava para construir o tabernáculo; pois diz Ele: Vê que faças todas as cousas de acordo com o modelo que te foi mostrado no monte. Agora, com efeito, obteve Jesus ministério muito mais excelente, quanto é Ele também mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas. Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para segunda." (Hb.8:3-7)
Então, damos por confirmado representar a pessoa e obra do sumo sacerdote no santuário terrestre a   pessoa e obra de Jesus no santuário celeste. 
E como seria ou, o que seria esta obra uma vez que o sumo sacerdote era a pessoa indicada para realizar a purificação no santuário? E que representa para nós esta purificação? Uma vez que a Bíblia contundentemente afirma ser o santuário terrestre e suas ordenanças um tipo do celestial, haveria também um processo efetivo de purificação no celestial?
E que seria ou, como ocorreria esta purificação? Deixemos que a Bíblia responda, pois dispõe Ela autonomia suficiente para fornecer corretas respostas.
Por mais dotados de intelectualidade que pretendam serem os homens, contrapostos ao Livro Sagrado em matéria de conhecimentos complexos não passamos de meninos cursando o pré escolar.
Para darmos início a esta empreitada, reforçaremos parte daquilo que já entendemos em nossos estudos até aqui.
Diariamente trazia o pecador ao sacerdote no santuário a sua oferta pelo pecado, geralmente um cordeiro... A quem simbolizava o sacerdote? Jesus. A quem simbolizava o cordeiro? Jesus. Confessava ele sobre a oferta seus delitos enquanto era esta sacrificada, sendo seu sangue espargido no santuário, representando com isto a transferência de pecado do ofertante para o sacrifício e deste, por meio do sangue, era depositado como que escrito ou registrado no santuário e ali permanecia.
Anualmente, pelo sumo sacerdote era processada a purificação do santuário. Eram requeridos para isto dois bodes: Um para o Senhor e outro para bode emissário. Primeiro, o bode cujo sorteio caia para o Senhor era sacrificado sendo seu sangue levado ao Santo dos Santos e espargido sobre o propiciatório nele contido. A quem simbolizava este Bode? Jesus.
A quem representava o sumo sacerdote? Jesus.
Decorridos estes atos, pondo o sumo sacerdote suas mãos sobre a cabeça do segundo bode ou bode emissário, sobre ele confessava todas as iniquidades e transgressões da congregação Hebreia (aquelas que, anteriormente expiadas permaneciam sobre o santuário) e como que responsabilizando-o por elas simbolicamente eram transferidas do santuário todas para ele; e este então, era  levado para morrer no deserto. A quem simbolizava este bode?Satanás. Sobre a representação do termo bode como satanás, veja (Mt.25:31-46) 
Somente estas evidências já seriam suficientes para obtermos as conclusões que buscamos; mas Deus faz questão de deixar Seus ensinos plenamente esclarecidos e provados mediante a Bíblia.
Enriqueçamos ainda mais nosso estudo então.
As Sagradas Escrituras mencionam a existência de 3 espécies de livros: O livro da vida; o livro das memórias e o livro do juízo, ou livro dos mortos.
Está contundentemente registrado serem indistintamente julgados todos os homens de acordo com registros em livros. Confirmem:"Vi um grande trono branco e Aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles (Ou seja, não existe maneira de fugir da presença divina ) Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então se abriram livros. Ainda outro livro, o livro da vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros"(Ap.20:11,12) 
Observem, pelos textos recorrentes, obterem todas as obras humanas desta vida um minucioso e detalhado registro em livros, tendo para isto Deus um propósito definido. Poderia alguém questionar: Teria o Todo Poderoso necessidade de possuir tal arquivo?Definitivamente não! Existiria alguma possibilidade de vir Ele a esquecer-se de algum acontecimento ou detalhe pertinentes a nossos atos? Com toda certeza não! Mas então para que serviriam estes registros? Embora não se encontre para isto uma resposta direta, definitivamente podemos concluir ou imaginar que, deparando-se frente a frente o réu com uma transcrição de seus atos determinando hora e local do ocorrido, sob hipótese ou argumento algum disporá condições para nega-los, escusa-los ou desmenti-los. Isto parece algo bem natural e óbvio.
Passaremos então, dando sequencia ao nosso crivo investigativo sobre o santuário celeste, a esmiuçar pela Bíblia detalhadamente estes livros, unindo os elos.
Pelo fato de ocupar tal assunto um espaço maior, lhe tornaremos tema para o próximo capítulo da série, a quinta parte, com a graça do Senhor, brevemente publicada.
Deus vos abençoe.




                                                                                                           





































domingo, 16 de junho de 2013

O SANTUÁRIO CELESTIAL (PARTE 3)

Olá, amigos. Na série de estudos sobre as duas Alianças Testamentais concluímos até aqui ser o antigo santuário de culto Hebreu uma cópia exata de outro existente nos Céus, deixando vaga a indagação sobre o porque dispor Deus as coisas assim.
Prossigamos nosso estudo á partir deste que era terreno para entendermos a razão do celestial, uma vez que, se toda estrutura em torno deste, nos mínimos detalhes, obrigatoriamente deveria ser uma reprodução fiel do original... É natural supormos estar concentrado neste fato indícios que nos capacitem a compreender o real sentido de sua existência.
No santuário terrestre eram realizados diversos serviços que, embora contados ás dezenas, conforme os ritos próprios a cada um, todos destinavam-se absolutamente á expiação de pecados cometidos.
Entre estas cerimônias figuram duas as quais destacamos como rumo em nossa pesquisa: As ofertas pelo pecado que acontecia diariamente,  e a purificação do santuário, realizada anualmente.
Haviam duas classes de sacerdotes: Aqueles que eram sacerdotes comuns e o sumo sacerdote, um posto acima em ordem hierárquica.
Aquelas ofertas apresentadas a cada dia eram conduzidas pelos sacerdotes comuns e no primeiro compartimento do santuário, chamado de Santo Lugar, porém, no ritual de purificação do santuário, ocorrida a cada ano, apenas o sumo sacerdote era autorizado a ministrar  e acontecia no segundo compartimento, o Santo dos Santos, ou o Santíssimo, acessível apenas ao sumo sacerdote.(*Ver capítulo 2)
Conforme acima frisado havia inúmeras espécies e formas diferentes de ofertas, variando por grau de pecado, condições econômicas e hierárquicas.
Para cada uma destas circunstâncias havia determinado rito ou oferta específicos mas, basicamente, todas funcionavam com este contexto: O pecador punha as mãos sobre a cabeça do animal a ser sacrificado, confessando sobre ele o delito, enquanto o sacerdote o imolava e tomava o sangue espargindo-o sobre o santuário. Simbolicamente os pecados eram transferidos do pecador para o animal a ser morto e estes pecados então, através do sangue da vítima imolada, eram lançados no santuário ficando ali depositados. Isto acontecia diariamente por várias vezes. 
Parece ser isto uma carnificina grotesca, não é mesmo?
Pois bem... Isto nos serve de lição sensorial, como deveria servir a eles, mostrando, em primeiro lugar, a obra destruidora acarretada pelo pecado e, com isto, compungindo á sua não reincidência.
Também manifestava as dores pelas quais o Cordeiro de Deus deveria passar efetuando a expiação pela maldição do pecado.
Ensinava a grandiosidade, inflexibilidade e retidão da Justiça Divina e o preço a ser pago por Sua violação.
Então, era isto o que ocorria ao longo do período de um ano inteiro. Era como que se aqueles  pecados todos permanecessem no santuário retidos, existindo a necessidade de haver dali sua remoção, como que um apagamento de sua menção ou registro lá. 
Esta obra acontecia pelo ritual de purificação do santuário a qual nos ateremos agora, estudando-a minunciosamente.
Ela acontecia assim: "Então disse o Senhor a Moisés: Dize a Arão, teu irmão, que não entre no santuário em todo tempo, para dentro do véu, diante do propiciatório que está sobre a arca, para que não morra; porque aparecerei na nuvem sobre o propiciatório. Entrará Arão no santuário com isto: Um novilho para oferta pelo pecado (O seu próprio) e um carneiro para holocausto. Vestirá ele uma túnica de linho sagrada, terá as calças de linho sobre a pele, cingir-se-á com cinto de linho, e se cobrirá com a mitra de linho: São estas as vestes sagradas. Banhará o seu corpo em água, e então as vestirá" (Lv.16:2-4)
Observe-se que neste acontecimento solene mesmo as próprias vestes do sumo sacerdote deveriam ser adequadas á ocasião, distinguindo como destaque tanto o oficiante como a cerimônia.
Prosseguindo:"Da congregação dos filhos de Israel tomará dois bodes para a oferta pelo pecado e um carneiro para holocausto"(Lv.16:5) Cabe aqui a observação de um detalhe importantíssimo, a ser elucidado pela sequencia do caso: Os animais utilizados no ritual. Em todos os demais era expressamente proibido para sacrifícios o uso de animais classificados como impuros na lista Hebreia de animais impuros, e o bode constava na mesma. Continuando: "Arão trará o novilho de sua oferta pelo pecado, e fará expiação por si e pela sua casa. Também tomará ambos os bodes e os porá perante o Senhor á porta da tenda da congregação. Lançará sortes sobre os dois bodes: Uma para o Senhor, e a outra pelo bode emissário."(Lv.16:6-8) Este sorteio entre os dois bodes, definindo a ambos os seus destinos, era a decisão divina sobre um e outro. Seria como se absolutamente a autoridade Divina é que deveria prevalecer."Arão fará chegar o bode, sobre a qual cair a sorte para o Senhor, e o oferecerá por oferta pelo pecado...Depois imolará o bode da oferta pelo pecado, que será para o povo, e trará o seu sangue para dentro do véu...espargi-lo-á no propiciatório, e também diante dele. Assim fará expiação pelo santuário por causa das impurezas dos filhos de Israel e das suas transgressões e de todos os seus pecados"(Lv.16:9,15,16) O sacrifício do bode também tipifica o sacrifício de Cristo, sob um parâmetro diferente.Leiamos as palavras de Paulo"Cristo nos resgatou da maldição da Lei, fazendo-Se Ele próprio maldição em nosso lugar"(Gl.3:13) Jesus, pelo fato de ser imaculado, tem sua pessoa representada pela figura de um cordeiro; na crucifixão carregou sobre Si os pecados de toda a humanidade e, por isso, era representado no ritual de purificação do santuário pelo bode da oferta pelo pecado.
Este ritual nos remete a óbvia conclusão de que, caso não passasse o santuário por este processo de limpeza, nenhum pecado estava de fato apagado, como se ainda permanecesse registrado, mesmo tendo sido anteriormente expiado pelo derramamento do sangue da oferta.
O prosseguimento do ritual é, no mínimo, intrigante. Observem: "Havendo, pois, acabado de fazer expiação pelo santuário, pela tenda da congregação, e pelo altar, então fará chegar o bode vivo. Arão porá ambas as mãos sobre a cabeça do bode vivo, e sobre ele confessará todas as iniquidades dos filhos de Israel, todas as suas transgressões e todos os seus pecados: E os porá sobre a cabeça do bode, e envia-lo-á ao deserto, pela mão dum homem
á disposição para isso. Assim aquele bode levará sobre si todas as iniquidades deles para terra solitária; e o homem soltará o bode no deserto" (Lv.16:20-22) Simbolicamente todos os pecados do povo, registrados no santuário, eram postos sobre o bode (Literalmente Azazel, uma combinação Hebraica para bode e partir) que os levaria sobre si, tipificando satanás. O rei Davi entendia que os pecados viriam sobre a cabeça de seu praticante: "A sua malícia lhe recai sobre a cabeça, e sobre a própria mioleira desce a sua violência"(Sl.7:16)
Conclui a Bíblia ser a Aliança neo testamentária semelhante á antiga, diferindo-se apenas pelos detalhes práticos. 
Ambas contém os mesmos princípios fundamentais requeridos para a remissão do pecador: A fé.
O sangue derramado ceifando a vida daqueles animais oferecidos em sacrifício por si próprio não continha
respaldo para expiar os pecados, porém emblematizavam o sangue do Filho de Deus vertido na cruz do Calvário e os conduziam a crerem e esperarem Nele.
No momento em que exclamou: Está consumado, o véu do santuário rasgou-se de cima abaixo, confirmando agora a desnecessidade dos sacrifícios, encerrando-os.
Á partir de agora estavam dispensados pela inutilidade.
Mas o assunto não termina por aqui. Falta ainda nos ensinar a Bíblia as representações destas cerimônias em seu significado no santuário celestial. Cada uma delas traz consigo um sentido muito profundo; tema para a quarta parte desta série de estudos, a ser publicado muito brevemente, com a permissão, inspiração e graça do Senhor.






















sábado, 15 de junho de 2013

O SANTUÁRIO CELESTIAL (PARTE 2)

Olá, amigos. Na segunda parte de nossa pesquisa sobre as duas Alianças Testamentais em Cristo Jesus,analisaremos primeiro alguns utensílios contidos no Santuário e o que representam.
Mencionaremos apenas os mais destacados, muito embora todos contenham  significado específico.
Posteriormente estudaremos os rituais nele realizados e seu sentido.
Lembrando sempre que conforme indica-nos a Bíblia Sagrada o tabernáculo erigido pelos Judeus no passado era uma réplica fiel do original situado nos Céus. 
(Hb.9:23 5:8)                                                                                                                                  
50 capítulos na Bíblia contém instruções ou informações sobre o Tabernáculo: 13 em Êxodo; 18 em Levítico; 13 em Números; 2 em Deuteronômio e 4 em Hebreus.                                                                      O Tabernáculo era o local onde Deus se encontrava com Seu povo (Ex.25:8 29:45) e prefigurava a perfeita aproximação de Deus com o pecador pelo sangue de Jesus Cristo que, em pessoa,"tabernaculou"entre os homens (Jo.1:14 Hb.10:19,20)                                                                                      Iniciaremos com as suas dimensões que, por ordem divina, não deveriam ultrapassar nem mesmo em milímetros suas medidas e posição geográfica.
A princípio, no deserto, foi construído em forma de tenda desmontável e transportável, sendo posteriormente reconstruído em definitivo por Salomão em endereço fixo.
O átrio media 46 m x 23 m; era cercado por cortinas de linho com 2,30 m de altura (Ex.27:9-19)
O Tabernáculo em si ocupava 1/15 de toda área,dividido em duas partes por um véu que,segundo o historiador Flavio Josefo,tinha 10 cm de espessura e que dois cavalos atados um de cada lado  não conseguiriam rompe-lo.
O primeiro compartimento chamava-se Santo Lugar e o segundo Santo dos Santos.(Ex.26:33)
Á frente da porta de entrada, no pátio, ficava o altar dos holocaustos (Ex.27:1-8 38:-7) Neste os sacrifícios de animais eram realizados e determinado sacrifício tinha seus restos levados para fora do acampamento e queimados.
Mesmo a um aparentemente insignificante detalhe como este dá a ele sentido o apóstolo Paulo. Observem suas palavras: "Possuímos um altar do qual não tem direito de comer os que ministram no tabernáculo. Pois aqueles animais, cujo sangue é trazido para dentro do Santo dos Santos, pelo sumo sacerdote, como oblação pelo pecado, tem os seus corpos queimados fora do acampamento. Por isso que também Jesus, para santificar o povo, pelo Seu próprio sangue, sofreu fora da porta"(Hb.13:10-12)  Ou seja: A morte de Jesus ocorreu fora de Sua habitação celeste e também fora dos muros da cidade de Jerusalém, onde na época situava-se o templo. Mencionamos aqui "determinado sacrifício"porque eram vários deles efetuados sob diferentes ritos e significados. Posteriormente abordaremos esta questão exclusivamente e entenderemos um a um os seus simbolismos.
Entre o altar dos holocaustos e a porta do santuário ficava uma pia de bronze com espelhos
(Ex.30:17-21 38:10) 
Os sacerdotes antes de ministrarem os serviços religiosos, obrigatoriamente, sob pena de rejeição e mesmo de morte, deveriam lavar-se na água nela contida. Tal cerimônia inquestionavelmente representava de modo límpido a importância do atual batismo nas águas."Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado... Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados..." (Mc.16:16 At.2:38)
No primeiro compartimento, ou Santo Lugar, posta á direita da entrada ficava uma mesa para os pães da proposição, que eram 12 e deveriam ser isentos de fermento e substituídos a cada Sábado (Ex.25:23-30 Lv.24:5-9) Para estes pães e seu número o sentido é profundamente significativo, não somente aos Hebreus mas igualmente  aos que vivem sob a dispensação evangélica.
Os Israelitas significavam o  pão posto perante Deus, em Sua presença. Cada uma das 12 tribos era igualmente preciosa para Ele, e era Ele Quem supria as suas necessidades.
Aos cristãos atuais o significado é ainda mais relevante: Pão simboliza a doutrina verdadeira em Jesus, o único salvador. 
Comparemos os textos a seguir "Então o tentador, aproximando-se, Lhe disse: Se és filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus. Achadas as Tuas palavras,logo as comi; as Tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo Teu nome sou chamado, ó Senhor dos Exércitos" (Mt.4:3,4 Jr.15:16) Admoestou Jesus á Seus discípulos"...Acautelai-vos do fermento dos fariseus e saduceus...Então entenderam que não lhes dissera que se acautelassem do fermento de pães, mas da doutrina dos fariseus e saduceus"(Mt.16:6-12) "Declarou-lhes, pois,Jesus:Eu sou o pão da vida; o que vem a Mim, jamais terá fome; e o que crê em Mim, jamais terá sede... Tu tens as palavras da vida eterna" (Jo.6:35,68) O número de pães, 12,  ainda inspira outros ensinos Bíblicos: Os 12 apóstolos; as 12 portas da Nova Jerusalém, etc.
Os pães postos de contínuo á presença divina e por Ela apreciados, são demonstrações da gratidão constante por Suas mercês e apreciação pela verdadeira doutrina da salvação em Jesus.
Á esquerda da porta de entrada do primeiro compartimento do santuário estava o candelabro de ouro com suas 7 lâmpadas. (Ex.25:31-39 37:17-24)
Sobre esta peça repousa uma infinidade de sentidos. Nos relatou João a sua visão do santuário celeste neste molde"Do trono saem relâmpagos, vozes e trovões, e diante do trono ardem sete tochas de fogo,que são os sete espíritos de Deus"(Ap.4:5)
Obtemos então da própria Bíblia a resposta do significado destas 7 lâmpadas. O número simplesmente não indica existência de sete  espíritos mas, como este número profeticamente simboliza totalidade e perfeição,  representa a ação onipresente do Espírito Santo que se encontra em todo lugar e tudo vê. Comparem:"Para onde me ausentarei do Teu Espírito? Para onde fugirei da Tua face? Se subo aos céus,  lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; Se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares:ainda lá me haverá de guiar a Tua mão e a tua destra me susterá" (Sl.139:7-10) No santuário, este candelabro com sua sete luzes alimentadas por azeite puro que também é uma analogia usada para definir o Espírito Santo, iluminava aqueles a ministrarem naquele local; tipificando claramente a ação inspiradora e imprescindível do Espírito de Deus sobre os homens, orientando-os.
A frente da cortina de separação entre os dois recintos que delimitava o acesso ao Santo dos Santos ficava o altar do incenso (Ex.30:1-10 Hb.9:4) Nele o incenso era queimado pela manhã e ao entardecer, quando o sacerdote preparava as lâmpadas do candelabro. 
João avistou também no santuário celestial  presença deste altar "Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar,com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferece-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono;e da mão do anjo subiu á presença de Deus a fumaça do incenso,com a oração dos santos" (Ap.8:3,4) 
Observe que os incensários de ouro existentes no santuário terrestre (2Cr.4:22) chamaram a atenção de João por estarem presentes também no santuário celeste. 
O significado deste altar se acha, primeiramente, por sua localização: Diante do Santo dos Santos, ou seja, á frente do Todo poderoso.
E o incenso sobre ele queimado representa as orações de intercessão e louvor dos santos dirigidas á Inefável Majestade do universo"...Prostraram-se diante do cordeiro,tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso,que são as orações dos santos"(Ap.5:8)
Finalmente adentramos ao Santo dos Santos. Um recinto cercado da mais profunda reverência e absoluta solenidade. Afinal, ali acha-se, acima de qualquer outro lugar, a presença do Soberano do Cosmos; o Valoroso Príncipe Miguel; o Alfa e o Ômega; o Salvador Amado... O qual é digno da mais alta gratidão, louvor,  admiração e respeito de todos os seres existentes neste tão vasto universo: Jesus, o nosso Rei!!! Neste sagrado local encontrava-se a arca na qual estavam depositadas as duas Taboas dos Dez Mandamentos.(Ex.25:10-22)João em suas visões á presenciou igualmente no céu" Abriu-se, então, o santuário de Deus, que se acha no céu, e foi vista a arca da Aliança no Seu santuário...(Ap.11:19)
Sobre isto nos ateremos posteriormente, ao abordarmos a questão mais diretamente.
Concluímos á partir deste ensino a nós fornecido pelas Sagradas Escrituras, que o Evangelho pregado na dispensação cristã o foi igualmente pregado na dispensação Mosaíca, apenas com a diferença de ter sido pregado em forma de símbolos.
No próximo capítulo de nossos estudos sobre o tema abordaremos agora os rituais realizados no santuário terrestre tipificando a obra realizada no celestial;o que fortalecerá ainda mais a citação acima. Extrairemos verdades sobre os dois santuários ligando Antiga á Nova Aliança que certamente surpreenderá muitos leitores.
Por ora nossa oração é para que o Espírito santo ilumine a cada ser que acompanha esta publicação,fazendo com que seu caminho seja pelo Salvador Jesus plenamente abençoado. Amém!



















O QUE É O CÉU?

  O que é o Céu? "O Senhor está no Seu santo templo; nos céus tem o Senhor o Seu trono..." (Sl 11:4) Existe muita discussão acerca...