sábado, 3 de agosto de 2013

O SANTUÁRIO CELESTIAL (PARTE 8) A BESTA DE APOCALIPSE



Olá,amigos.
O tema deste capítulo aborda um relevante assunto denunciado pela Bíblia e envolve uma nação cuja ação e caráter influenciaria circunstancialmente os parâmetros da trajetória humana na terra, nela registrando, via brutal despotismo, páginas marcadas pela intolerância, corrupção e crime.
A Daniel e João foi-lhes mostrado por Deus esse reino representado sob figura de um terrível animal: Espantoso, destruidor; tendencioso e enganador.
Mergulharemos profundamente na história em paralelo com as Sagradas Escrituras resgatando acontecimentos passados e trazendo á tona fatos maliciosamente encobertos, obstruídos ao alcance geral e disfarçados nesse século sob uma capa de auto proclamada idoneidade, fazendo jus á descrição profética que lhe destaca sua habilidade em engendrar sedutoramente o erro.
Afirmou Daniel deter tal reino característica peculiar diferenciando-o dos povos aos quais sucedeu e, nesse sentido, sob suas duas bandeiras, paganismo e professo cristianismo, fielmente reproduz Roma a referida menção.
Em ambas as características romanas sofreu a Bíblia e Seus fieis seguidores duras sanções; sendo por estas perseguidos a preço de sangue, intitulados e rotulados como ereges e inimigos do estado.
Jamais houve um país como Roma, que sutilmente associava crenças religiosas á política, manipulando e preservando deste modo o apoio das massas.
Nesse aspecto foram vituperadas a verdade e os servos de Deus, no mundo sempre contado entre as minorias.
Vamos entender como tudo começou e se estendeu aos dias atuais.
Diz-nos a profecia: "De um dos chifres saiu um chifre pequeno, e se tornou muito forte para o sul, para o oriente e para a terra gloriosa. Cresceu até atingir o exército dos céus; a alguns do exército e das estrelas lançou por terra e os pisou. Sim, engrandeceu-se até ao Príncipe do exército..." (Dn.8:9-11)
Desse ponto inicia-se a narrativa Bíblica sobre a saga do povo de Deus, deparando-se agora pelo caminho com seu mais ferrenho inimigo.
70 semanas, ou 490 anos de graça, (Ver capítulos anteriores) foram determinados aos Judeus. (Dn.9:24-27) 
Desde a saída da ordem, 457 a.C, até a restauração do templo, sete semanas, ou 49 anos, estendem-se a 408 a.C. quando essa obra foi concluída. 
Depois disto contam-se ainda 62 semanas, ou 434 anos, até ao Ungido, Cristo, 27 a.d., quando precisamente deu-se Seu batismo nas águas do Jordão. 
"Depois das sessenta e duas semanas será morto o Ungido... Ele fará firme aliança com muitos por uma semana, ou 7 anos, e na metade da semana fará cessar o sacrifício..." 
3 anos e meio após Seu batismo, 31 a.d., Jesus é crucificado pelos romanos, e 3 anos e meio depois acontece o pentecostes e a primeira grande perseguição aos cristãos, 34 a.d., sendo estes espalhados pelo mundo findando a exclusividade do Evangelho para os Israelitas e sendo então agora distribuído a todas as nações do mundo.
Foram inúmeras as campanhas militares Romanas, sob sua forma pagã, empreendidas contra os cristãos. 
Entre estas, dez destacam-se pela brutalidade e recursos usados. (Séculos I, II, III)
1-Nero (64-68) 
2-Domiciano (94-96) 
3-Trajano (97-116) 
4-Adriano (118-129) 
5-Marco Aurélio (161-178) 
6-Sétimo Severo (200-211) 
7-Maximiniano (235-237) 
8-Décio (249-251) 
9-Valeriano (257-259) 
10-Diocleciano (302) 
(Enciclopédia Universal Gama)
Mas, apesar de toda ostentação, riqueza e poder, a profecia havia predito haver um esfacelamento do reino. 
"Crise do terceiro século" foi o nome dado a uma série de acontecimentos catastróficos ocorridos no império ao longo do século III, ou mais precisamente do ano 235 ao ano 284.
Durante esse período, Roma foi governada sucessivamente por cerca de dezoito imperadores "legítimos". 
A maioria deles era de proiminentes generais que assumiram o poder sobre todo ou parte do império, somente para perdê-lo por derrota em combate, assassinato, ou morte natural, governando em média apenas dois a três anos.
O número exato de imperadores do período é desconhecido, pois não considera aqueles nomeados junto com pais e colegas, e ainda desconsidera os pretendentes e usurpadores.
No fim do século II ocorreu uma guerra civil de sucessão, abalando-o profundamente.
Na primeira metade do século seguinte, manteve-se próspero e extenso, até que o poderoso Império Sassânida, ao leste, passou a dirigir-lhe incisivos ataques.
No ano de 260 foram capturados o imperador Valeriano e todo o seu exército de 70 mil homens.
Sem muita defesa, as províncias do leste foram devastadas.
A peste bubônica se espalhou tornando-se uma epidemia. 
Além desses problemas, Roma ainda iria se deparar com outro poderoso inimigo ao norte: Os godos.
O avanço da peste e os fracassos militares eram tão frustrantes que o povo passou a buscar novas crenças e rituais para afastar os perigos, ao mesmo tempo que se intensificou a perseguição aos cristãos. 
Rumores de que os acontecimentos negativos eram algum tipo de castigo se espalharam por toda a Europa.
Uma característica marcante observada na crise do terceiro século foi a fraqueza demonstrada pelos imperadores em manter de forma prolongada o controle.
Essa série de imperadores fracos foi, de certa forma, um reflexo da extensa militarização do império. Em outras palavras, Roma foi abandonando gradativamente seu caráter aristocrático, percebido anteriormente nos poderes investidos ao senado, para tornar-se um império militar.
Com a crise do terceiro século, começaram as transformações que, mais de um século depois, levariam ao fim do período histórico conhecido como Antiguidade e o início da Idade Média.
A potencia militar, outrora considerada absolutamente inabalável, entra em vertiginosa decadência.
Sua pomposa capital se transformara agora em local infestado de ladrões e andarilhos.
Assume o trono então o criador de uma das maiores "artimanhas" políticas que se tem notícia:
Constantino Magno.
Estava o país em colapso econômico.
Caos e desmando prevaleciam.
Urgiam serem tomadas providências para serem mantidas em alta a autoridade e influência romana e, este homem, encontrou uma solução: Adotar o cristianismo como religião oficial do império.
Havia Roma dispendido grande soma de suas riquezas financiando campanhas contra o cristianismo, sem conseguir erradica-lo conforme sua intenção.
Muito ao contrário: Quanto maiores as intervenções nesse sentido, muito mais este se propagava e se fortalecia, juntando multidões. Constantino, astuto e perspicaz político que era, aproveitou muito bem a situação.
O fato de Constantino ser um imperador de legitimidade duvidosa foi algo que sempre influiu nas suas preocupações religiosas e ideológicas.
Enquanto esteve diretamente ligado a Maximiano, ele apresentou-se como o protegido de Hércules, deus que havia sido apresentado como padroeiro de Maximiano na primeira tetrarquia.
Ao romper com seu sogro e eliminá-lo, Constantino passou a colocar-se sob a proteção da divindade padroeira dos imperadores-soldados do século anterior, deus Sol Invicto, ao mesmo tempo que fez circular uma ficção genealógica pela qual ele seria o descendente do imperador Cláudio II, ou Cláudio Gótico, conhecido pelas suas grandes vitórias militares, por haver restabelecido a disciplina no exército romano, e por ter estimulado o culto ao Sol.
Constantino acabou por entrar na História como primeiro imperador romano a professar o cristianismo, após sua vitória sobre Magêncio na Batalha da Ponte Mílvio, em 28 de outubro de 312, próximo a Roma, e que ele mais tarde atribuiu ao Deus cristão.
Segundo a tradição, na noite anterior à batalha sonhou com uma cruz, e nela estava escrito em latim: "Sob este símbolo vencerás"
De manhã, pouco antes da batalha, mandou que pintassem uma cruz nos escudos dos soldados e conseguiu uma vitória esmagadora sobre o inimigo.
Essa narrativa tradicional não é hoje considerada um fato histórico, tratando-se antes da fusão de duas narrativas de fatos diversos encontrados na biografia de Constantino pelo bispo Eusébio de Cesareia.
No entanto, é certo que Constantino era atraído pela religiosidade, ainda que se tratasse da piedade ritual do paganismo.
Jamais abandonou claramente sua adoração ao deus imperial Sol, que manteve como símbolo principal em suas moedas até 315.
A Enciclopédia Católica afirma: "Constantino favoreceu de modo igual ambas as religiões. Como sumo pontífice ele velou pela adoração pagã e protegeu seus direitos".                     
A Enciclopédia Hídria observa: "Constantino nunca se tornou cristão". 
No dia anterior ao da sua morte, realizou um sacrifício a Zeus e até o último dia usou o título pagão de Sumo Pontífice.
Essa clara associação da casa imperial ao Cristianismo criou uma situação equívoca, já que o cristianismo tornou-se a religião "pessoal" dos imperadores que, no entanto, ainda deveriam regular o exercício do paganismo o que, para um cristão, significava transigir com a idolatria.
O paganismo retinha ainda grande força política, especialmente entre as elites educadas do Ocidente do império, situação que só seria resolvida por um imperador posterior, Graciano, que renunciaria ao cargo de Sumo Pontífice em 379, sendo assassinado quatro anos depois por um usurpador, Magno Máximo.
Somente após a eliminação de Máximo e de outro usurpador pagão, Flávio Eugênio, por Teodósio I, é que o cristianismo tornar-se-ia a única religião legal (395 a.d.)
O imperador romano Constantino influenciou em grande parte a inclusão na igreja cristã de dogmas baseados em tradições.
Uma das mais conhecidas foi o Édito de Constantino, promulgado em 321, que determinou oficialmente o domingo como dia de repouso, com exceção dos lavradores, medida tomada por Constantino utilizando-se da sua prerrogativa de Sumo Pontífice, que detinha autoridade legal para fixar o calendário das festas religiosas, dos dias fastos e nefastos.
Note-se que o domingo foi escolhido como dia de repouso, não apenas em função da tradição sabática judaico-cristã, como também por ser o "dia do Sol", uma reminiscência ao culto "Sol invictus"
A referida transição para o cristianismo enfrentou severa resistência, gerando isto inclusive várias batalhas pelo poder.
Grande parte ortodoxa da cúpula governamental ferozmente opunha-se a abdicação de seus tradicionais ritos e celebrações, causando controvérsias.
Muitos cristãos genuínos, em desacordo ás articulações propostas no caso, desligaram-se afastando-se da igreja, permanecendo em sua direção homens corruptos e ávidos pelo poder.
Prevaleceu então a lei das barganhas.
A fusão ocorreu com as partes interessadas cedendo em pontos discutíveis, originando com isto doutrinas anti Bíblicas, apesar de conterem partes isoladas das mesmas.
Lembram da antiga profecia que diz ser os tempos e a Lei radicalmente mudados?
No próximo capítulo da série analisaremos estas mudanças e os estratagemas empregados para que parecessem provenientes da Bíblia.
Atenciosamente: Gordiano oliveira

























































Nenhum comentário:

Postar um comentário

O QUE É O CÉU?

  O que é o Céu? "O Senhor está no Seu santo templo; nos céus tem o Senhor o Seu trono..." (Sl 11:4) Existe muita discussão acerca...