terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

O SANTUÁRIO CELESTIAL (Parte 10) 1260 ANOS DE SUPREMACIA PAPAL

                  












Olá, amigos.
Nos três primeiros séculos da nossa era  experimentam os cristãos    sangrentas perseguições sob a fase pagã do Império Romano, denunciadas pelas profecias Bíblicas de Daniel e Apocalipse sob figura de um pestilento e mortífero animal cuja atuação se destaca pelo antagonismo ao Deus Altíssimo e Sua verdade.
Apesar das circunstâncias adversas conservavam eles sua primitiva genuinidade, porém conforme antecipadamente predito, tal condição sofreria mudanças e estas vieram á partir da premeditada e tendenciosa institucionalização e incorporação do Cristianismo, por Constantino, o Grande, ao estado romano em 313 a.d. 
Á época dessa incidência na historia, citada em capítulos anteriores da série, enfrentava a pomposa Roma um grave desgaste econômico e social que desintegrava todo o império; crise esta estabelecida em grande parte pela atenção dada ao movimento cristão pelos antecessores de Constantino visando  abafa-lo, dispendendo neste afim grandes somas do tesouro nacional em campanhas militares sem, no entanto, atingirem seus objetivos.
Mesmo proscrito, sob rótulo de inimigo do Estado e sentenciado á pena de morte todo indivíduo a esboçar simpatia pelo Cristianismo, agregava este mais e mais seguidores alcançando o volume de massas, não somente entre as camadas mais pobres da população mas também na sua elite; adentrando mesmo o próprio palácio do governo.
Constantino planejou obter vantagem com a situação que se gerou fundindo paganismo e cristianismo; mas a ação não trouxe resultados imediatos devidos aos litígios internos formados pela incompatibilidade entre ambos os setores, e pelo decorrer de dois séculos buscou-se um engenho que se adaptasse  ao caso.
Entre os anos 300 e 400 vários concílios foram convocados e expedidos diversos editos traquejando adaptações ás doutrinas da Bíblia  para uma versão meio cristã meio pagã, mas predominantemente de cunho cristão, inclinadas a onda popular do momento e a mais interessante ao cumprimento do almejado propósito.
Alguns entre os mais importantes: 325 ad  C.oncilio de Niceia 
381 ad Concílio de Constantinopla. 432 ad Concílio de Éfeso etc.
Finalmente surge no cenário mundial um homem, Justiniano, cuja estratégia poria fim aqueles embaraços e debates mediante uma única cartada: Conceder e atribuir a somente um homem a infalível prerrogativa de arbitrar sobre o que pressupostamente seria a verdade, e investi-lo de autoridade plena para isto fazer.
Justiniano tinha grande interesse pelas questões teológicas. 
Seu objetivo maior era unir o Oriente com o Ocidente por meio da religião.
Seu programa político pode ser sintetizado numa breve fórmula: "Um Estado, uma Lei, uma Igreja". Autoritário, Justiniano combateu e perseguiu judeus, pagãos e heréticos, ao mesmo tempo que interveio em todos os negócios da Igreja, a fim de mantê-la como sustentáculo do Império e sob seu controle. 
A Escola Filosófica de Atenas, último baluarte do paganismo, foi fechada.
No ano 538, Virgílio é empossado por justiniano como o primeiro papa Bizantino, dando início ao período mais tenebroso da historia humana na terra: Os Bíblicos 1260 dias, ou anos, denunciados pelas Suas profecias.
Esse fato da historia, devido á graves distorções aos  princípios e ensinos Escriturísticos que motivou, recebe da Bíblia várias referencias em Seus dois principais livros proféticos: Daniel e Apocalipse.
Leiamos."Proferirá palavras contra o Altíssimo,magoará os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e a metade dum tempo" (Dn.7:25) Então, segundo a profecia, o citado elemento atuaria sob um período que abrangeria a soma total de três tempos e meio.
Para entendermos o real sentido da linguagem aqui empregada devemos permitir que a própria Bíblia forneça sua interpretação. Vamos compara-la á designação a ela conferida em outra profecia ."...Porque o rei do Norte tornará, e porá em campo multidão maior do que a primeira, e ao cabo de tempos, isto é, de anos, virá e.."(Dn.11:13)
Elucidamos então o seu significado: Estes três tempos e meio  cronologicamente equivalem á três anos e meio, ou seja, um mil e duzentos dias.
3 X 360 =1080
360 ÷ 2=180
1080 + 180=1260.
Observação: A quantidade de dias compondo o ciclo montante de um ano diz respeito ao calendário lunar Judeu que, comparado ao Juliano e ocidental calendário solar, contém menos 5 dias.
O decurso de 1 dia, seguindo conotações proféticas, representam  o prazo de 1 ano, já esclarecidos em capítulos anteriores desta série sobre o Santuário Celestial.(Nm.14:34 Ez.4:7)
A profecia aponta que pelo decorrer de 1260 anos palavras contra Deus seriam proferidas e Seus seguidores passariam por duras mágoas. 
Também a Lei e os tempos ocasionado pela ação do poder nela referidos sofreriam mudanças.
Apocalipse também usa a mesma linguagem para relacionar aquele período á perseguições da igreja cristã, simbolizada por uma mulher com duas asas que a levaram ao deserto, ou ao ostracismo, onde foi sustentada fora das vistas da serpente (Ap.12:14) 
No versículo 6 do mesmo capítulo a referencia é mais esclarecida fracionando os três tempos e meio.(Veja-se também Ap.11:2,3 13:5)
Como aplicar estas profecias á historia, ou vice e versa, para serem descobertas a sincronia entre ambas?
Muito bem... Citamos acima, segundo dados históricos, que Justiniano institui o legado papal em 538 ad.
Este atravessa séculos até sua deposição, que acontece no ano de 1978 ad.
Eis o acontecido:
Em 1796, tropas da República Francesa sob comando de Napoleão Bonaparte invadiram a Itália, derrotaram o exército papal e ocuparam Ancona e Loreto. 
Pio VI pediu a paz, que foi concedida em Tolentino em 19 de fevereiro de 1797, mas em 28 de dezembro do mesmo ano, num motim realizado pelas forças papais contra alguns revolucionários italianos e franceses, o popular brigadeiro-general Duphot, que havia ido a Roma com José Bonaparte como parte da embaixada francesa, foi morto, surgindo assim um novo pretexto para invasão.
Então, o General Berthier marchou para Roma sem oposição e em 10 de fevereiro de 1798 proclamou a República Romana, exigindo do Papa a renúncia de seus poderes temporais.
Como recusou, o Papa foi feito prisioneiro e escoltado em 20 de fevereiro do Vaticano para Siena, e de lá para Certosa, cidade próxima a Florença. 
A declaração francesa de guerra contra Toscano levou a remoção do líder da igreja (ele foi escoltado pelo espanhol Pedro Gomez Labrador, o Marques de Labrador) pelo caminho de Parma, Piacenza, Turim e Grenoble, para a cidadela de Valença, onde faleceu em 29 de agosto de 1799. 
Superara os 81 anos de idade e 24 de pontificado.
A viagem do cidadão-papa, como o chamavam os franceses que o levaram brutalmente através da Itália, foi longa e penosa.
As suas últimas palavras foram dirigidas a Deus pedindo o perdão para os seus carcereiros. 
O clero constitucional negou ao cadáver um enterro cristão. 
O prefeito da localidade inscreveu no registo de defuntos:«Faleceu o cidadão Braschi que exercia a profissão de pontífice.» 
Muitos jornais e gazetas da Europa sentenciaram o Papado intitulando:«Pio VI e último».
Em janeiro de 1800 Napoleão autorizou que o corpo de Pio VI fosse levado para Roma, e em 1801 seus restos mortais foram sepultados em grutas vaticanas.
Apliquemos a profecia a estes dados históricos:
538+1260=1798.
Resta alguma dúvida sobre a quem se refere as profecias?
A Bíblia sugere a data para queda do romanismo cristão exatamente devido aos  próprios característicos deste dentro da profecia e historia.
Entre outras coisas, este punha-se em lugar de Deus investindo para si mesmo poder e autonomia inclusive para coroar e destronar reis. 
Quando o imperador de qualquer nação assumia o trono, era-lhe exigido por Roma que sua primeira ação seria visita-la e beijar a mão do pontifice.
Caso com isto não concordasse seria excomungado sofrendo duras sanções.
Quando Bonaparte encarcerou Pio VI erradicando tal presunção, simbolicamente a profecia alcançara seu cumprimento.
Também as garras e dentes de ferro usadas por Roma para destruir dissidentes, através do governante Frances foram quebrados.
Restou, como semente maligna, resquícios dos dogmas papais profundamente arraigados dentro do cristianismo requerendo
sua necessária expurgação, e também ainda uma última manifestação do espírito dessa fera exercendo  poder opressivo na terra antes do grandioso dia da manifestação do Salvador pondo fim a era do pecado e crime.
Mas este será tema para um outro capítulo.












































O QUE É O CÉU?

  O que é o Céu? "O Senhor está no Seu santo templo; nos céus tem o Senhor o Seu trono..." (Sl 11:4) Existe muita discussão acerca...