sábado, 29 de junho de 2013

O SANTUÁRIO CELESTIAL (PARTE 7)



Olá, amigos.
Nessa seção da série santuário, enfocaremos o tema mencionado brevemente no artigo anterior, com referência ao animal e seus chifres, descritos por Daniel, agora descerrando-o amplamente.
Encetaremos desdobramentos históricos em paralelo com as profecias e a Bíblia, comprovando assim serem os escritos proféticos, sob a forma alegórica em que são confeccionados, uma transcrição da historia revelada anteriormente ao seu acontecimento.
"...Eu estava olhando, durante a minha visão da noite, e eis que os quatro ventos do céu agitavam o grande mar" (Dn.7:2) 
Ventos, na regra profética, equivale a guerras. 
Compare: (Jr.11,12,19) 
Mar representa povos, multidões, nações e línguas  (Ap.17:15)
"Quatro animais, grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar" (Dn.7:3)
Animal significa reinos; países.
Veja-se (Dn.7:17)
Transliterando o texto, entenderemos referir-se ele aos distúrbios ocorridos envolvendo povos e nações em todos os locais habitados; que conforme a  situação predita e confirmada historicamente refere-se aos 4 países que á época despontam no cenário mundial como super potencias militares. 
"O primeiro era como leão..." (Dn.7:4)  
Babilônia 606-539 a.C.
Aproximadamente no ano de 606 AC o Império Babilônico dominava o mundo de então. 
Nabucodonosor, o rei deste império, havia subjugado o povo de Israel e muitos foram conduzidos por ele ao cativeiro. 
Dentre estes presos estava o jovem Daniel, da Tribo de Judá. 
Babilônia era uma cidade de suntuosa beleza e luxo. 
Seus palácios e jardins suspensos se tornaram uma das sete maravilhas do mundo antigo. 
Era cercada por imensos muros e gigantescas portas, além de um profundo fosso rodeando os muros. 
Babilônia era considerada uma cidade inexpugnável. 
O Rio Eufrates cortava a cidade em diagonal, sob os muros, fertilizando os maravilhosos jardins. 
O território que Nabucodonosor governava havia tido uma longa e variada história e estado sob o governo de diferentes povos e reinos. 
De acordo com  Gênesis, a cidade de Babilônia foi parte do reino fundado por Ninrode, bisneto de Noé. 
Nabopolassar 626-605 a.C. foi o fundador do que se chama o Império Caldeu ou Império Neo-Babilônico, o qual teve sua idade de ouro nos dias do rei Nabucodonosor e durou até que Babilônia caiu nas mãos dos medos-persas, no ano 539.
Nabucodonosor se orgulhava de "sua Babilônia", que ele dizia ter criado por suas próprias mãos, com a força de seu poder, para glória de sua magnificência. 
Mas ele se preocupava em como seria quando ele não fosse mais o governante, fato este levando-o ao imoressionante sonho que teve, registrado no segundo capitulo do livro escrito pelo profeta Daniel.
"E eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso... Na boca, entre seus dentes, trazia três costelas... (Dn.7:5 8:3,4,20) 
Medo pérsia 538-331 a.C.
Os medos, que estavam divididos em tribos, foram unificados por Déjoces em torno do século VIII a.C.. 
Dos sucessores de Déjoces, vale destacar Ciáxares, que aliado a Nabopalassar da Babilônia, derrotou os assírios. 
Seu filho Astíages herdou um grande império, porém acabou sendo derrotado por Ciro o Grande, que formou um império ainda maior, pois derrotou medos, lídios e babilônicos, (as três costelas na boca do animal).
Ciro tratou com liberdade os povos vencidos,  respeitando suas crenças e governando com justiça. 
Aos judeus que viviam no Cativeiro de Babilônia foi permitido que voltassem a Canaã para a reconstrução do Templo de Jerusalém. 
Ciro estabeleceu sua capital em Pasárgada, onde construiu belíssimos palácios. 
O filho de Ciro, Cambises II  (rei entre 530 e 522 a.C.)  conquistou o Egito. 
Despótico,  cruel e desequilibrado, acabou cometendo suicídio. 
A morte de Cambises levou vários pretendentes a lutarem pelo trono, que acabou sendo conquistado por Dario. 
Com Dario I, o Império Persa atingiu o apogeu. 
Construiu estradas; criou um bem dotado sistema de correio; uniformizou o sistema de pesos e medidas; criou uma moeda-padrão: o dárico; dividiu o Império em satrapias e nomeou pessoas de confiança para governá-las, entre estas, Daniel, quando do episódio da cova dos leões. (Dn.6:1-28)
Após Dario I, o Império entrou numa longa decadência, até ser conquistado por Alexandre, o Grande.
"...Eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha nas costas quatro asas de ave; tinha este animal quatro cabeças... Eis que um bode vinha do ocidente, sobre toda a terra, mas sem tocar o chão; este bode tinha um chifre notável entre os olhos.... E na sua força quebrou-se-lhe o chifre, e em seu lugar saíram quatro chifres notáveis..."(Dn.7:6 8:5-8)  
Grécia 331-168 a.C.
São famosas as incursões relâmpago em diversos países por Alexandre o Grande e seu exército, conquistando-os em curto espaço de tempo, fato simbolizado pelas asas ás costas dos animais.
Morre precocemente Alexandre sendo seu reino dividido entre seus 4 generais: Cassandro, Lisímaco, Seleuco e Ptolomeu, uma vez que não tinha filhos a sucederem-no no trono, acontecimento este representado pelas quatro cabeças do animal e pelos quatro chifres que surgiram no bode a partir do desaparecimento do primeiro. (Dn.8:21,22)
E, finalmente, o quarto animal. Grande, forte, cruel  (Dn.7:7)
Ele era diferente dos primeiros; possuía dez chifres, entre os quais um, que aparentava ter olhos, boca e falava insolentemente (Dn.7:20) Sem dúvidas, pode este ser aplicado ao império Romano. 168 a.C.- 476 d.C.
Sobre o versículo 7, tema em questão, poderia basear-se um livro inteiro; o trataremos mais objetivamente possível, pois qualquer coisa que se pareça com a história completa vai além do espaço que pode receber esta breve exposição.
Esse animal corresponde, naturalmente, á quarta divisão da imagem no sonho de Nabucodonosor: "O quarto reino será forte como o ferro; pois o ferro a tudo quebra e esmiúça; como o ferro quebra todas as cousas, assim ele fará em pedaços e esmiuçará"(Dn.2:40)
Com que exatidão correspondeu Roma á porção férrea da imagem! Com que exatidão corresponde ao animal que temos diante de nós! Pelo espanto e terror
que inspirava e por sua grande força, esse reino correspondeu de modo admirável á descrição profética. 
Nunca dantes o mundo vira algo igual. 
Devorava como com dentes de ferro; despedaçava. 
Triturava as nações, reduzindo-as á pó sob seus pés de bronze.
Possuía dez chifres que, segundo se explica no versículo 24, haviam de ser dez reis, ou reinos, que surgiriam deste império "Quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro e em parte de ferro, será isto um reino dividido... Como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte, e por outra será frágil" (Dn.2:41,42) Devido à infindáveis problemas políticos, guerras civis, entre outros, enfraqueceu-se o poderoso animal sendo pilhado por diversas tribos bárbaras e dissolvido, entre 351-483 d.C., desmembrando-o em dez reinos subsequentes, assim enumerados: Hunos; Ostrogodos; Visigodos; Francos; Vândalos; Suevos; Burgundos; Hérulos; Anglo-saxões e Lombardos.
Basicamente através destes dez originou-se a atual Europa.
Assunto a ser posteriormente aqui ainda abordado.
"O bode se engrandeceu sobremaneira; e na sua força quebrou-se-lhe o grande chifre, e em seu lugar saíram quatro chifres notáveis, para os quatro ventos do céu. De um dos chifres saiu um chifre pequeno, e se tornou muito forte para o sul, para o oriente e para a terra gloriosa"(Dn.8:8,9) 
Citamos o texto propositadamente aqui, á título de apêndice, a fim de apormos a ele imprescindíveis considerações; haja visto darem-lhe influentes teólogos direcionamentos equivocados, quebrando-lhe seu contexto e assim induzindo á contradição os divinos propósitos da profecia, inspirada por Deus no intuito de mostrar o traçado caminho que permite achegar-mo-nos ao Salvador em plenitude mediante completo e perfeito conhecimento de Sua expiadora obra de salvação. Devemos nos manter espiritualmente sóbrios e precavidos contra os estigmas do adversário maior, que mantem por prioridade a busca constante de possibilidades de brechas que tendam a nos desorientar neste caminho. 
Determinadas interpretações atribuem ao rei sírio Antíoco Epífanes a designação profética do chifre pequeno, saído dentre os quatro remanescentes do chifre maior, quebrado no bode.
Ora, a leitura em seu contexto introduz uma terceira potência na profecia, representada pela figura do bode e referindo-se a Grécia e seu grande conquistador Alexandre, preparando o cenário da historia para a nação que deveria lhe suceder, e esta era Roma. 
Após a  morte de Alexandre, e fica bem claro pela linguagem do texto, seu reino então é dividido em quatro partes, uma para cada um de seus quatro generais, e alcançando estes posteriores conquistas militares.
A partir desta ramificação fundou Seleuco Nicátor uma dinastia, os Selêucidas, que reinou sobre a porção Síria do império de Alexandre, 312-65 a.C., constituindo-se assim um entre os quatro chifres apontados pelas profecia.
Numa linhagem de 26 reis, desde Seleuco á conquista do território pelos Romanos, o oitavo destes foi Antíoco Epífanes.
Foi este, pois, simplesmente mais um entre eles. 
Era, portanto, este chifre enquanto reinou. 
Diz a profecia haver o chifre pequeno crescido sobremaneira.
Tal não sucedeu com Antíoco; ao contrário: Não ampliou seu domínio; exceto por algumas conquistas temporárias no Egito, que imediatamente diminuíram quando os Romanos tomaram a parte de Ptolomeu e ordenaram que ele desistisse de seus intentos naquela região.
A fúria de sua decepcionada ambição ele a verteu sobre os inofensivos Judeus, sacrificando, inclusive, uma porca em seu santuário, o qual era abominação.
É dito sobre o reino a cumprir a descrição profética:"...Mas o bode peludo é o rei da Grécia; o chifre grande entre os olhos é o primeiro rei; o ter sido quebrado, levantando-se quatro em lugar dele significa que quatro reinos se levantarão deste povo, mas não com força igual á que tinha. Mas, no fim de seu reinado, quando os prevaricadores acabarem, levantar-se-á um rei de feroz catadura e entendido de intrigas. Grande é o seu poder, mas não por sua própria força; causará estupendas destruições, prosperará e fará o que lhe aprouver; destruirá os poderosos e o povo santo. Por sua astúcia nos seus empreendimentos fará prosperar o engano, no seu coração se engrandecerá, e destruirá á muitos que vivem despreocupadamente; levantar-se-á contra o Príncipe dos príncipes, mas será quebrado sem esforço de mãos humanas "(Dn.8:21-25)
Observem que, após a Grécia, não cabe lugar para aplicação de outro reino na profecia que não o Romano. 
Quando se apõe indevidamente Antíoco Epífanes em seu lugar, corrompe-se desta maneira o conjunto das Sagradas Escrituras, submetendo-As á contradições no contexto, motivando assim larga satisfação aos opositores da Bíblia.
Esse reino, desde sua primeira menção, é descrito como sendo diferente dos demais. 
Diz-se ainda mudar ele os tempos e a lei. 
Tal característica distinguindo-o e o colocando em  direta oposição contra Deus, Sua verdade e os seus servos, será o tema  do próximo capítulo da série, estudando-o agora á partir do livro do Apocalipse.
Esperamos termos sido muito claros em nossa explanação, apesar da limitação de espaço, e que tal leitura seja firme acréscimo ao conhecimento dos amigos leitores.
Fiquem com Deus e que Sua graça os acompanhe.
Abraço fraterno.
Até breve.







































O QUE É O CÉU?

  O que é o Céu? "O Senhor está no Seu santo templo; nos céus tem o Senhor o Seu trono..." (Sl 11:4) Existe muita discussão acerca...