quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

O que é o Sentido da Vida?



"Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança..."
(Gn 1:26)

Desse modo se acha escrito a respeito do surgimento dos primeiros humanos e a benção que, posta sobre eles, confirma o objetivo pelo qual passaram a existir: "e Deus os abençoou, e lhes disse: sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra"
(Gn 1:28)

Observe-se no texto o propósito divino: Fez o primeiro par de filhos humanos concomitante a todas as demais criaturas, embelezando e preenchendo o território do planeta, sob a égide  da coexistência harmonica. 

E no composto dessa sociedade, o homem seria seu administrador.

"Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar" (Gn 2:15)

"Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todos os animais do campo, e todas as aves dos céus, trouxe-os ao homem, para ver como este lhes chamaria; e o nome que o homem desse a todos os seres viventes, esse seria o nome deles" (Gn 2:19)

Portanto, nesses padrões a vida começou na terra, tendo como lei de salvaguarda ao seu próprio bem estar, finalidades específicas dadas e a serem desenvolvidas por todo componente e integrante do sistema.

Mínima fuga de qualquer elemento aos moldes preestabelecidos implicaria em desarranjo daquela bem organizada sistemática.

Dessa forma é a essência da justiça: O bem tem o bem como consequência de si mesmo.  Violação a este sagrado depósito, interfere no seu perfeito resultado. 

E assim aconteceu.
Transgredindo o homem a constituição que lhe assegurava ordem e felicidade, obteve por consequência o caos e a aflição.

Introduziu discordância numa corrente necessária ser prosseguida em estado imaculado.

Toda criação, determinada multiplicar-se à partir do modelo inicial e assim conservando sua originalidade, se perverteu. 

Já o primeiro filho de Adão e Eva não nasce com raça tendo o gene fundamentado na imagem e semelhança do divino,  incontaminada e pura, porém formado com os caracteres modificados nos seus progenitores.
"Viveu Adão cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e lhe chamou Sete"
(Gn 5:3)

Com base em todo esse relato envolvendo a criação subentende-se o sentido, finalidade, propósitos, da existência; e partindo dessa premissa, o que cada um deve buscar caso deseje recuperar o Éden perdido.

O apóstolo João dá um indicativo sobre o que representa o genuíno sentido da vida e o modo a ser aplicado para sua reaquisição : "amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque havemos de vê-lo como ele é. E assim mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro"
(1Jo 3: 2,3)

Ele segue: "nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica a justiça não procede de Deus, também aquele que não ama a seu irmão. Porque a mensagem que ouvistes desde o princípio é esta: que nos amemos uns aos outros"
(1Jo 3: 10,11)

Enfatiza: "todo aquele que odeia seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si"
(1Jo 3:15)

Então, essa mensagem, nas palavras do apóstolo "ouvida desde o princípio", se traduz pelos dez mandamentos da Lei de Deus, cujo cumprimento evoca participação dentro do projeto divino da criação,  como cooperadores ao bem comum. 

Contrário ao que se propaga que a Lei exige obediência, ela na verdade mostra o caminho devendo ser trilhado de volta aquilo que se perdeu por incompatibilidade.

O sentido da vida, nesse caso, envolve dar utilidade para a existência como uma peça investida de função específica à própria harmonização do conjunto.

Uma identificação com o Céu.

Um exemplo disso pode ser extraído do relato da criação, onde tudo e todos coexistiam como irmãos. Como matéria composta de uma mesma de substância.

Ao fim dos tempos  está profetizado suceder a seguinte ação divina: "na verdade as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para ser julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, assim aos pequenos como os grandes, e para destruir os que destroem a terra"
(Ap. 11:18)

Por isso Tiago assevera que "pois qualquer que guarda toda a Lei, mas tropeça num só ponto, se torna culpado de todos" (Tg. 2:10)

Não dará entrada á nova terra, novamente  frisando: que é uma reedição do Éden perdido em função do pecado praticado lhe desequilibrando naquilo para qual foi destinado, nada que a possa contaminar novamente.

"Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a Nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo.
Nela nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no livro da vida do Cordeiro"
(Ap 21: 1,2,27)

"Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas; jamais haverá memória delas. Eles edificarão casas, e nelas habitarão; plantarão vinhas, e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam; porque a longevidade do meu povo será como da árvore, e os meus eleitos desfrutarão de todas as obras das suas próprias mãos. Não trabalharão debalde, nem terão filhos para a calamidade, porque são a posteridade  bendita do Senhor, e os seus filhos estarão com ele.
E será que antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei. 
O lobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; pó será a comida da serpente. Não farão nem dano algum em todo o meu Santo Monte, diz o senhor"
(Is 65: 17, 21-25)

Então, como Francisco de Assis, que chamava de irmãos não apenas semelhantes mas também pássaros, flores, sol e lua, etc, assim igualmente aqueles se esforçando compreender e dar para a vida um sentido conscientemente definido, devem  construírem-se nessa essência. 

A finalidade da vida aqui se constitui no amor. Amor devotado a tudo e a todos. indistintamente.

Amor que irmana, ajunta, contribui.

Se a posse do Éden persistia com base no divinal atributo de amar e por negligência nesse aspecto vem ocorrer seu extravio, eduque-se então o coração ao seu reencontro.

A valorização e o respeito devido a toda e qualquer forma de vida deve ser prioridade e meta principal.

O verdadeiro amor não escolhe quem amar. Não impõe condições a quem se distribui.

Assim demonstra o relato da criação.
Assim revelam os exemplos de vida de Jesus.

Amava em sentido amplo, desinteressado, abnegado.

Eis um bom caminho de vida!

Pensemos nisso.


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