segunda-feira, 24 de junho de 2013

O SANTUÁRIO CELESTIAL (PARTE 6)







 O SANTUÁRIO CELESTIAL (parte 6)

Olá, amigos.
Entendemos no capítulo anterior que o julgamento efetuado no santuário celestial  precede o segundo advento de Cristo, ou seja: acontece antes da Sua volta á terra, e ser esta obra de juízo representada através do ritual de purificação no antigo santuário Hebreu. 
Pois bem... Havia para o acontecimento deste cerimonial na terra, uma data anual rigidamente estabelecida: O décimo dia do sétimo mês, que pelo calendário lunar dos Judeus equivale atualmente a 22 de outubro.
Tal resolução divina nos direciona á indagação: Existiria também para a purificação do santuário celeste uma data pré fixada? Diz Paulo haver Deus  "estabelecido um dia em que há de julgar o mundo com justiça" (At.17:31)
Seria possível ser encontrado na Bíblia condições que nos esclareça melhor este aspecto do assunto? 
A resposta é sim! Deus,  na Sua infinita misericórdia e sabedoria jamais teria mencionado algo de tão grande vulto para a vida de Seus filhos, privando-os da possibilidade de sua compreensão.
Vasculhemos-Na então buscando estas reveladoras respostas.
Encontramos nas Sagradas Escrituras uma profecia muito antiga, e que nos servirá como ponto de partida.  Leiamos. "...Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs;  e o santuário será purificado" (Dn.8:14) 
Mas, que quer dizer tudo isto?
Que luz nos traria tão emblemático versículo? 
Realmente...  O texto,  isoladamente,  não diz muita coisa, porém vamos coloca-lo dentro de um contexto,  á partir de sua origem. 
Conforme dados históricos, contemporâneos aos dias de Daniel encontrava-se o povo Judeu exilado em Babilônia sendo trazidos pelo seu rei Nabucodonosor após a invasão e destruição de Jerusalém, no ano 607 a.C.  (Com relação a esta data, existem divergências entre  historiadores. 
A data acima é a mais precisa e acordada) 
Sonhou  Nabucodonosor com uma imensa estátua de ouro,  prata, entre outros materiais  (Dn.2:1-46) sendo este sonho interpretado e atribuído por Daniel ao sucessivo surgimento e queda de quatro nações:  Babilônia;  Medo-Pérsia; Grécia e Roma.
Recebe mais tarde Daniel ele próprio,  uma visão similar; porém agora representados estes reinos sob figura de 4 animais. 
A diferença no aspecto entre ambas as visões se caracteriza pela ótica divina, que tem como aparência de um animal voraz e bruto a imagem que riquezas,  ostentação e poder são traduzidas pelos olhos humanos.
Nessa lista,  por motivos óbvios, o quarto reino recebe da Bíblia maior atenção. "Depois disto, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível,  espantoso e sobremodo forte,  o qual tinha grandes dentes de ferro.  Ele devorava e fazia em pedaços,  e pisava aos pés o que sobejava;  e era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres
(Dn.7:7) 
Os citados impérios obtiveram destaque no cenário da historia pelo fato de á época exercerem domínio sobre amplo espaço geográfico,  mediante os recursos da guerra,  tornando-se assim super potencias mundiais.
Mas nenhum destes sobrepujou Roma em poder e notoriedade.
Um detalhe na visão respectiva a este reino chama a atenção do profeta:  Seus chifres,  em número de dez.          
O termo chifre profeticamente corresponde a reis ou reinos; detentores de truculenta autoridade e influência sobre pessoas. Ver (Dn.7:24) 
Entre estes chifres um em especial: "Estando eu a observar os chifres, eis que entre eles subiu outro pequeno,  diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como de homem, e uma boca que falava com insolência (Dn.7:8) 
Interessante, não?           
O profeta ficou impressionado com aquela visão,  e não compreendendo-a indagou ao Anjo sobre seu sentido (Dn.7:15,16)
Vamos descobrir o que vem a ser isto. "Então tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal,  que era diferente de todos os outros...  E também dos dez chifres que tinha na cabeça,  e do outro que subiu,  de diante do qual caíram três,  daquele que tinha olhos,  e uma boca que falava com insolência,  e parecia mais robusto do que os seus companheiros.  Eu olhava e eis que este chifre fazia guerra contra os santos,  e prevalecia contra eles,  até que veio o Ancião de dias,  e fez justiça aos santos do Altíssimo; e veio o tempo em que os santos possuíram o reino" (Dn.7:19-22) 
Importante observarmos que a intervenção do Ancião de dias na cena fazendo justiça aos Seus santos, ocorre sob o período de atuação do chifre pequeno e anterior á entrega do reino a eles. Prossigamos com as explicações dadas a Daniel: "Então ele disse: O quarto animal será um quarto reino na terra,  o qual será diferente de todos os reinos,  e devorará a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços" (Dn.7:23)
Diz "será um quarto reino", significando ser sua atuação ainda futura aos dias do profeta. Será "diferente dos outros reinos": Conforme acima citado,  aquelas nações,  para suas conquistas territoriais,  empregavam o recurso da supremacia bélica sobre os oponentes;  porém esta,  além dos tradicionais métodos de guerra se valeu de outra política na manutenção do poder distinguindo-a: "Os dez chifres correspondem a dez reis que se levantarão daquele mesmo reino;  e depois deles se levantará outro,  o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis.  Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo,  e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos por um tempo, dois tempos e metade dum tempo" (Dn.7:24,25) Muito bem. Já podemos perceber qual seria sua diferença em relação aos outros:  A conotação religiosa.  O estudo completo referente a este reino,  ainda dentro da série sobre o santuário,  será retomado brevemente em capítulo específico. Obtemos por agora elementos suficientes a permitirem estruturada sequencia do tema em pauta:  Os 2.300 dias e a presença do quarto animal determinado fatores e rumos da historia na terra.
Daniel muito se esforçou para entender as visões que tivera, chegando inclusive adoecer devido sua ansiedade;  (Dn.8:27) Compreendeu o sentido para os simbólicos animais, e a profecia de Jeremias relativa ao final dos 70 anos de cativeiro do povo judeu (Jr.25:11,12 Dn.9:2)  porém não encontrava explicação para os 2.300 dias,  cujo cumprimento lhe havia dito o Anjo ser ainda para "dias mui distantes" (Dn.8:26) 
Orou intensa e fervorosamente por seu povo e os esclarecimentos que tanto ansiava  (Dn.4:3-19) obtendo a resposta "...Agora saí para fazer-te entender o sentido...  Considera, pois,  a cousa,  e entende a visão:  Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo,  e sobre a tua santa cidade para fazer cessar a transgressão,  para dar fim aos pecadospara expiar a iniquidade,  para trazer a justiça eterna,  para selar a visão e a profecia,  e para ungir o Santo dos Santos.  Sabe,  e entende:  Desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém,  até o Ungido,  ao Príncipe,  sete semanas e sessenta e duas semanas: as praças e as circunvalações se reedificarão,  mas em tempos angustiosos.  Depois das sessenta e duas semanas será morto o Ungido,  e já não estará; e o povo de um príncipe,  que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio,  e até ao fim haverá guerra;  desolações são determinadas.  Ele fará aliança com muitos por uma semana;  na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador,  até que a destruição, que está determinada,  se derrame sobre ele" (Dn.9:24-27)
Setenta semanas equivalem a 490 dias.  Um dia profético corresponde ao período de um ano,  conforme determinado na Bíblia. Comparem:: "Quarenta dias te dei,  cada dia por um ano.  Voltarás,  pois,  o teu rosto sobre o cerco de Jerusalém com o teu braço descoberto,  e profetizarás contra ela"  (Ez.4:7)) Ver também (Nm.14:34) 
Então foram por Deus determinados  (Separados,, no original) para o povo Judeu, 490 anos; mas separados de que?Obviamente do assunto que o profeta estava interessado e empenhado em compreender:  Os 2.300 dias,  ou anos,  no final dos quais o santuário seria purificado. Diz-lhe o anjo que se daria então fim aos pecados;  seriam expiadas as iniquidades e ungido o Santo dos Santos,  ou seja,  efetuada a obra no segundo compartimento do santuário,  e dá a Daniel saber o exato ano em que este período de tempo haveria de ser começado a contar:  Desde a saída da ordem para edificar e restaurar Jerusalém. 
Poderíamos datar este acontecimento?  Com certeza sim. Houve outras expedições com o mesmo propósito,  algumas, inclusive decretadas por Ciro,  rei Persa,  em 538 a.C. (2Cr.36:22,232 Ed.1:1-4)  
Mas a ordem que definitivamente determinou e concretizou o inicio das obras de restauração da cidade de Jerusalém foi regulamentada por Artaxerxes I,  no início do outono do ano 457 a.c. (Ne.2:7-9)
Então,  anexados 2.300 anos a 457 a.c.,  nos trarão estes para 22 de Outubro de 1844;  dia este,  querido leitor,  que se deu início ao mais importante evento na existência de qualquer ser humano, especialmente ao que crê e espera em Deus:  A revisão no Céu de todas as decisões que tomou em sua vida terrena.
Não é possível precisar o ponto em que hoje esta obra se encontra; mas certamente não se acha distante sua conclusão.
Este tribunal,  como o requer justo julgamento,  possui um detalhado processo sobre o réu  (Livros de registro Ap.20:12)  Juiz (Deus Pai 2Tm.4:8)  Advogado (Jesus 1Jo.2:1), testemunhas  (Anjos Mt.18:10)  e um conjunto de leis  (Mt.5:27,28 1Jo.3:4)
Concluído este julgamento  restará apenas o Filho do Homem receber do Ancião de dias o reino,  vindo a esta terra para toma-lo.
No próximo capítulo,, ainda abrangendo datas históricas, estudaremos sobre o animal com chifres mencionado em Daniel e Apocalipse. 
Sua participação direta no cumprimento das 70 semanas de graça dadas aos Judeus.
Até breve.

























O QUE É O CÉU?

  O que é o Céu? "O Senhor está no Seu santo templo; nos céus tem o Senhor o Seu trono..." (Sl 11:4) Existe muita discussão acerca...