quarta-feira, 19 de junho de 2013

O SANTUÁRIO CELESTIAL (PARTE 4)

Olá,amigos.
No capítulo anterior estudamos os rituais realizados no santuário terrestre construído pelos Hebreus; santuário este que pela destreza intelectual do Deus Altíssimo nos confere através da sua análise a oportunidade de penetrarmos ao Céu e explorar lá o recinto onde a redenção do homem é trabalhada. Sim, por um estilo próprio, característico, não se encontra na Bíblia um versículo específico dedicado a explanação do assunto em linguagem descritiva mas, com toda certeza, mediante claras evidências Nela dispostas compreendemos estar o santuário celestial intrinsecamente ligado ao plano da salvação em Jesus.
No santuário celeste desenvolve-se toda obra em torno da remissão do pecador, tendo, ao ser construído, essa finalidade específica.
Em via dessa sublime explanação Bíblica, o interesse em estuda-la de modo perfeito significa submeter-se a inefável graça divina que permite aos filhos sinceros a possibilidade de conhecer uma parte tão importante no Céu.
Neste artigo, o quarto da série, analisaremos textos Sagrados sobre algumas ordenanças outorgadas aos Israelitas e que, sob figuras, nos remetem á realidade da obra de Jesus no santuário celeste em favor dos Seus nesta terra.
Conforme vimos no estudo anterior (*Ver capítulo 3), o santuário terrestre era uma vez no ano purificado exclusivamente por obra de um sumo sacerdote designado para tal, e confirma o apóstolo Paulo tipificar esse ministro a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Acompanhem seu raciocínio: "...Por isso Deus, quando quis mostrar mais firmemente aos herdeiros da promessa (Os Hebreus) a imutabilidade do Seu propósito, se interpôs com juramento, para que, mediante duas cousas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, forte alento tenhamos nós que corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta; a qual temos por âncora da alma, segura e firme, e que penetra além do véu, aonde Jesus, como precursor, entrou por nós, tendo-Se tornado sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque"
(Hb.6:17-20)
Segue: "Se, portanto, a perfeição houvesse sido mediante o sacerdócio Levítico (pois nele baseado o povo recebeu a lei) que necessidade haveria de que se levantasse outro sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque, e que não fosse contado segundo a ordem de Arão? Pois, quando se muda o sacerdote, necessariamente há também mudança de lei."(Hb.7:11,12)
Refere-se aqui o grande teólogo Paulo a uma transição de ministérios, referindo-se a anulação da lei de sacrifícios no santuário terrestre, encravada com Jesus na cruz (Cl.2:14) sendo transferida ao santuário celestial, fato não acatado e aceito pelos Judeus até aos dias de hoje.
Continua ele: "E isto é ainda mais evidente, quando, á semelhança de Melquisedeque, se levanta outro sacerdote, constituído, não conforme a lei de mandamento carnal, mas segundo da vida indissolúvel. Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nunca aperfeiçoou cousa alguma) e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus." (Hb.7:15,16,18,19)
Ratifica o apóstolo a transitoriedade dos cerimoniais qualificando-os a "sombras do que haveria de vir" (Cl.2:16,17)
Prossigamos."Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens sujeitos á fraqueza, mas a palavra do juramento, que foi posterior á lei, constitui o Filho, perfeito para sempre. Ora, o essencial das cousas que temos dito é que possuímos tal sumo sacerdote, que se assentou á destra do trono da Majestade nos Céus, como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem." (Hb.7:28 8:1,2) 
Tais afirmações, provenientes de um homem de Deus altamente versado, não permitem margens para dúvidas ou questionamentos quanto ao ministério de Jesus no santuário celestial, simbolizado que foi pelos rituais no terrestre.
Mas a questão era tão controversa que Paulo instou persistentemente em suas explanações, as quais, á título de confirmação, também citaremos. Acompanhem: "Pois, todo sumo sacerdote é constituído para oferecer assim dons como sacrifícios; por isso era necessário que também Esse sumo sacerdote tivesse o que oferecer. Ora, se Ele estivesse na terra, nem mesmo sacerdote seria, visto existirem aqueles que oferecem os dons segundo a lei, os quais ministram em figura e sombra das cousas celestes, assim como foi Moisés divinamente instruído quando estava para construir o tabernáculo; pois diz Ele: Vê que faças todas as cousas de acordo com o modelo que te foi mostrado no monte. Agora, com efeito, obteve Jesus ministério muito mais excelente, quanto é Ele também mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas. Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para segunda." (Hb.8:3-7)
Então, damos por confirmado representar a pessoa e obra do sumo sacerdote no santuário terrestre a   pessoa e obra de Jesus no santuário celeste. 
E como seria ou, o que seria esta obra uma vez que o sumo sacerdote era a pessoa indicada para realizar a purificação no santuário? E que representa para nós esta purificação? Uma vez que a Bíblia contundentemente afirma ser o santuário terrestre e suas ordenanças um tipo do celestial, haveria também um processo efetivo de purificação no celestial?
E que seria ou, como ocorreria esta purificação? Deixemos que a Bíblia responda, pois dispõe Ela autonomia suficiente para fornecer corretas respostas.
Por mais dotados de intelectualidade que pretendam serem os homens, contrapostos ao Livro Sagrado em matéria de conhecimentos complexos não passamos de meninos cursando o pré escolar.
Para darmos início a esta empreitada, reforçaremos parte daquilo que já entendemos em nossos estudos até aqui.
Diariamente trazia o pecador ao sacerdote no santuário a sua oferta pelo pecado, geralmente um cordeiro... A quem simbolizava o sacerdote? Jesus. A quem simbolizava o cordeiro? Jesus. Confessava ele sobre a oferta seus delitos enquanto era esta sacrificada, sendo seu sangue espargido no santuário, representando com isto a transferência de pecado do ofertante para o sacrifício e deste, por meio do sangue, era depositado como que escrito ou registrado no santuário e ali permanecia.
Anualmente, pelo sumo sacerdote era processada a purificação do santuário. Eram requeridos para isto dois bodes: Um para o Senhor e outro para bode emissário. Primeiro, o bode cujo sorteio caia para o Senhor era sacrificado sendo seu sangue levado ao Santo dos Santos e espargido sobre o propiciatório nele contido. A quem simbolizava este Bode? Jesus.
A quem representava o sumo sacerdote? Jesus.
Decorridos estes atos, pondo o sumo sacerdote suas mãos sobre a cabeça do segundo bode ou bode emissário, sobre ele confessava todas as iniquidades e transgressões da congregação Hebreia (aquelas que, anteriormente expiadas permaneciam sobre o santuário) e como que responsabilizando-o por elas simbolicamente eram transferidas do santuário todas para ele; e este então, era  levado para morrer no deserto. A quem simbolizava este bode?Satanás. Sobre a representação do termo bode como satanás, veja (Mt.25:31-46) 
Somente estas evidências já seriam suficientes para obtermos as conclusões que buscamos; mas Deus faz questão de deixar Seus ensinos plenamente esclarecidos e provados mediante a Bíblia.
Enriqueçamos ainda mais nosso estudo então.
As Sagradas Escrituras mencionam a existência de 3 espécies de livros: O livro da vida; o livro das memórias e o livro do juízo, ou livro dos mortos.
Está contundentemente registrado serem indistintamente julgados todos os homens de acordo com registros em livros. Confirmem:"Vi um grande trono branco e Aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles (Ou seja, não existe maneira de fugir da presença divina ) Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então se abriram livros. Ainda outro livro, o livro da vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros"(Ap.20:11,12) 
Observem, pelos textos recorrentes, obterem todas as obras humanas desta vida um minucioso e detalhado registro em livros, tendo para isto Deus um propósito definido. Poderia alguém questionar: Teria o Todo Poderoso necessidade de possuir tal arquivo?Definitivamente não! Existiria alguma possibilidade de vir Ele a esquecer-se de algum acontecimento ou detalhe pertinentes a nossos atos? Com toda certeza não! Mas então para que serviriam estes registros? Embora não se encontre para isto uma resposta direta, definitivamente podemos concluir ou imaginar que, deparando-se frente a frente o réu com uma transcrição de seus atos determinando hora e local do ocorrido, sob hipótese ou argumento algum disporá condições para nega-los, escusa-los ou desmenti-los. Isto parece algo bem natural e óbvio.
Passaremos então, dando sequencia ao nosso crivo investigativo sobre o santuário celeste, a esmiuçar pela Bíblia detalhadamente estes livros, unindo os elos.
Pelo fato de ocupar tal assunto um espaço maior, lhe tornaremos tema para o próximo capítulo da série, a quinta parte, com a graça do Senhor, brevemente publicada.
Deus vos abençoe.




                                                                                                           





































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  O que é o Céu? "O Senhor está no Seu santo templo; nos céus tem o Senhor o Seu trono..." (Sl 11:4) Existe muita discussão acerca...