sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

O QUE É O CÉU?

 O que é o Céu?

"O Senhor está no Seu santo templo; nos céus tem o Senhor o Seu trono..." (Sl 11:4)
Existe muita discussão acerca da localização geográfica do céu , enquanto bem poucos se atém a falarem daquilo que na verdade ele o é.
O fato é que não se dispõe de muitas informações sobre este lugar, além do registrado ser a casa da Majestade do universo e, portanto, um ambiente de ordem e decência.
Os discípulos de Jesus Lhe dirigiram uma capciosa pergunta, evidenciando a visão distorcida que nutriam a esse respeito.
Indagaram-Lhe: "quem é o maior no Reino dos Céus? E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles. E disse: em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus"
(Mt 18:1-5)
O Mestre usando uma criança como exemplo dá uma noção do círculo social celeste, demonstrando não haver camadas sociais ou meritocracia, como o julgava ser aqueles os quais estava preparando como líderes espirituais após Seu regresso ao Alto.
Nas Suas palavras podemos captar qual seja a atmosfera de lá. Todos são absolutamente iguais em valor e importância; portanto o senso coletivo e a fraternidade são laços de unidade.
O próprio Jesus, ainda que sendo um Deus com vida de per si, jamais reivindicou o ser considerado em nível de Seu Pai, mas colocava-Se como filho e submisso.
Ele dizia que eram um. Um em essência, disposição e propósitos.
As crianças não alimentam acepção de pessoas. Fazem amizade fácil.
No imaginário popular o reino eterno é lugar de ócio, onde os remidos para lá transportados permanecerão pelo decorrer de uma eternidade sem fim, onde recebendo um par de asas, não tem nada o que fazer.
Fosse assim que ambiente tedioso seria!
Seus habitantes certamente tem muito para obrar crescendo em conhecimento e robustez intelectual.
Músicos podem dedicar-se ao aprimoramento no setor.
Biólogos, arqueólogos, cosmologistas, etc, certamente terão espaço amplíssimo de possibilidades para pesquisa na vastidão do universo.
Botânicos, amantes de flores e plantas, terão campo fértil e vasto para deliciarem-se no cultivo e ornamentação de jardins.
Afeitos a culinária poderão tornarem-se doutores na preparação de receitas com sabor inimaginavelmente requintado tendo à sua disposição as mais variadas e saudáveis frutas e grãos.
Ainda ressaltando que a prometida nova terra, ou esta atual, porém restaurada aos padrões do Éden, será a habitação dos santos. Se hoje aqui, sob todos os efeitos do pecado já é ela um lugar de extasiante beleza, imagine depois de sarada, curada, das chagas do mal?
Nem se pode calcular quão prazeroso seria visitar outros planetas. Apenas na via láctea, uma das menores galáxias que existem, o número de estrelas ultrapassa 100 bilhões!
O certo é que, aos sábados, todos reunir-se-ão para ouvir o Mestre ensinando, em culto de adoração dirigido ao Altíssimo acompanhado do coro de milhões de vozes angelicais.
Os que lá estiverem, olharão suas cicatrizes recebidas nesse mundo e se alegrarão por elas.
Lembrarão do grande volume de lágrimas aqui derramadas e causadas pelas injúrias sofridas também o ardoroso combate pela sobrevivência e preservação da integridade, e jubilarão em louvor ao Cordeiro de Deus por fortalecerem-nos nestes momentos tão angustiantes.
Tomarão a coroa que receberam ao darem entrada na mansão celeste e a depositarão aos Seus pés, dizendo: foi o Senhor que a conquistou por nós.
O céu é de graça!
O preço por ele já foi pago naquela cruz hedionda.
A estrada em seu rumo pode parecer estreita, carregada de espinhos e gemidos, mas o seu final é brilhante.
Onde ela termina tem uma coroa tão luminosa que joia alguma nessa vida pode ser comparada com ela.
No lugar onde essa estrada termina se encontra a porta, aberta e receptiva, para que adentre todo que aprendeu amar sem medida.
Jesus, o Rei Eterno, o Soberano dos soberanos, é o recepcionista recebendo a todos com alegria indizível.
Os anjos cantarão as boas vindas com esfuziante entusiasmo para aqueles lá tomando posse das promessas do Deus vivo.
Estes que, açoitados e feridos, com resiliência permaneceram firmes esperando estas se cumprirem.
Pensemos nisso.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

O que é o Sentido da Vida?



"Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança..."
(Gn 1:26)

Desse modo se acha escrito a respeito do surgimento dos primeiros humanos e a benção que, posta sobre eles, confirma o objetivo pelo qual passaram a existir: "e Deus os abençoou, e lhes disse: sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra"
(Gn 1:28)

Observe-se no texto o propósito divino: Fez o primeiro par de filhos humanos concomitante a todas as demais criaturas, embelezando e preenchendo o território do planeta, sob a égide  da coexistência harmonica. 

E no composto dessa sociedade, o homem seria seu administrador.

"Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar" (Gn 2:15)

"Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todos os animais do campo, e todas as aves dos céus, trouxe-os ao homem, para ver como este lhes chamaria; e o nome que o homem desse a todos os seres viventes, esse seria o nome deles" (Gn 2:19)

Portanto, nesses padrões a vida começou na terra, tendo como lei de salvaguarda ao seu próprio bem estar, finalidades específicas dadas e a serem desenvolvidas por todo componente e integrante do sistema.

Mínima fuga de qualquer elemento aos moldes preestabelecidos implicaria em desarranjo daquela bem organizada sistemática.

Dessa forma é a essência da justiça: O bem tem o bem como consequência de si mesmo.  Violação a este sagrado depósito, interfere no seu perfeito resultado. 

E assim aconteceu.
Transgredindo o homem a constituição que lhe assegurava ordem e felicidade, obteve por consequência o caos e a aflição.

Introduziu discordância numa corrente necessária ser prosseguida em estado imaculado.

Toda criação, determinada multiplicar-se à partir do modelo inicial e assim conservando sua originalidade, se perverteu. 

Já o primeiro filho de Adão e Eva não nasce com raça tendo o gene fundamentado na imagem e semelhança do divino,  incontaminada e pura, porém formado com os caracteres modificados nos seus progenitores.
"Viveu Adão cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e lhe chamou Sete"
(Gn 5:3)

Com base em todo esse relato envolvendo a criação subentende-se o sentido, finalidade, propósitos, da existência; e partindo dessa premissa, o que cada um deve buscar caso deseje recuperar o Éden perdido.

O apóstolo João dá um indicativo sobre o que representa o genuíno sentido da vida e o modo a ser aplicado para sua reaquisição : "amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque havemos de vê-lo como ele é. E assim mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro"
(1Jo 3: 2,3)

Ele segue: "nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: todo aquele que não pratica a justiça não procede de Deus, também aquele que não ama a seu irmão. Porque a mensagem que ouvistes desde o princípio é esta: que nos amemos uns aos outros"
(1Jo 3: 10,11)

Enfatiza: "todo aquele que odeia seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si"
(1Jo 3:15)

Então, essa mensagem, nas palavras do apóstolo "ouvida desde o princípio", se traduz pelos dez mandamentos da Lei de Deus, cujo cumprimento evoca participação dentro do projeto divino da criação,  como cooperadores ao bem comum. 

Contrário ao que se propaga que a Lei exige obediência, ela na verdade mostra o caminho devendo ser trilhado de volta aquilo que se perdeu por incompatibilidade.

O sentido da vida, nesse caso, envolve dar utilidade para a existência como uma peça investida de função específica à própria harmonização do conjunto.

Uma identificação com o Céu.

Um exemplo disso pode ser extraído do relato da criação, onde tudo e todos coexistiam como irmãos. Como matéria composta de uma mesma de substância.

Ao fim dos tempos  está profetizado suceder a seguinte ação divina: "na verdade as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para ser julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, assim aos pequenos como os grandes, e para destruir os que destroem a terra"
(Ap. 11:18)

Por isso Tiago assevera que "pois qualquer que guarda toda a Lei, mas tropeça num só ponto, se torna culpado de todos" (Tg. 2:10)

Não dará entrada á nova terra, novamente  frisando: que é uma reedição do Éden perdido em função do pecado praticado lhe desequilibrando naquilo para qual foi destinado, nada que a possa contaminar novamente.

"Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi também a cidade santa, a Nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo.
Nela nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no livro da vida do Cordeiro"
(Ap 21: 1,2,27)

"Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas; jamais haverá memória delas. Eles edificarão casas, e nelas habitarão; plantarão vinhas, e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam; porque a longevidade do meu povo será como da árvore, e os meus eleitos desfrutarão de todas as obras das suas próprias mãos. Não trabalharão debalde, nem terão filhos para a calamidade, porque são a posteridade  bendita do Senhor, e os seus filhos estarão com ele.
E será que antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei. 
O lobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; pó será a comida da serpente. Não farão nem dano algum em todo o meu Santo Monte, diz o senhor"
(Is 65: 17, 21-25)

Então, como Francisco de Assis, que chamava de irmãos não apenas semelhantes mas também pássaros, flores, sol e lua, etc, assim igualmente aqueles se esforçando compreender e dar para a vida um sentido conscientemente definido, devem  construírem-se nessa essência. 

A finalidade da vida aqui se constitui no amor. Amor devotado a tudo e a todos. indistintamente.

Amor que irmana, ajunta, contribui.

Se a posse do Éden persistia com base no divinal atributo de amar e por negligência nesse aspecto vem ocorrer seu extravio, eduque-se então o coração ao seu reencontro.

A valorização e o respeito devido a toda e qualquer forma de vida deve ser prioridade e meta principal.

O verdadeiro amor não escolhe quem amar. Não impõe condições a quem se distribui.

Assim demonstra o relato da criação.
Assim revelam os exemplos de vida de Jesus.

Amava em sentido amplo, desinteressado, abnegado.

Eis um bom caminho de vida!

Pensemos nisso.


O QUE É O CÉU?

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