sábado, 25 de fevereiro de 2017

QUEM ERA NABUCODONOSOR,REI BABILÔNICO.

Muitos comentários delineando  comportamento e 
personalidade dos mais diversos personagens históricos registrados na Bíblia se ouve e se lê, porém pouco, ou quase nada, mencionam este que num passado não muito distante deteve nas mãos poder equivalente ao poder do presidente dos Estados Unidos, nação capaz de determinar o rumo de qualquer outra no mundo nestes dias atuais. Sim... Nabucodonosor, rei da antiga Babilônia, um entre os maiores impérios universais da historia do nosso planeta.
Homem que, por assim se dizer, exercia completo direito sobre cada vida habitante no mundo conhecido de então possuindo livre domínio sobre o destino daquela.
O que diz a Bíblia ser ele é o que se lerá neste artigo.
A Escrita Sagrada, referindo-se a qualquer, não omite a denúncia quando preciso, mas também não se esquiva exalta-lo quando por mérito.
A primeira alusão mais elaborada sobre a pessoa desse rei está de acordo com seu primeiro contato com o povo de Deus, e é descrita por Daniel, ainda que outros também façam referências ao mesmo episódio.
Isto pelo fato de haver  Daniel vivido um contato mais próximo, íntimo, com ele.
Tê-lo conhecido por interação.
"No terceiro ano do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei de Babilônia, a Jerusalém, e a sitiou..." (Dn.1:1) 
Tal  ocorre no ano 606 a.C., colocado por Jeremias no quarto ano do reinado de Jeoaquim enquanto posto por Daniel no terceiro.
Essa aparente discrepância se dá pelo fato de Jeremias dispo-lo ao final do cerco babilônico enquanto Daniel em seu início, cerca de nove meses antes.
Desta primeira incursão resultou muitos prisioneiros Judeus de descendência real, levados cativos para Babilônia, e coeficiente nas nossas primeiras considerações sobre os traços do homem em questão.
"Disse o rei a Azpenaz, chefe de seus eunucos, que trouxesse a alguns dos filhos de Israel, assim da linhagem real como dos nobres, jovens sem defeito, de boa aparência, instruídos em toda a sabedoria, doutos em ciência e versados no conhecimento, e que fossem competentes para assistirem no palácio do rei..." (Dn.1:3,4) 
A palavra "jovens" aplicada aqui não deve restringir-se ao sentido a que é limitada nos dias atuais, pelos que a atribuem o significado de meninos. 
Estava ai incluída a juventude.
Calcula-se que deviam ter entre dezoito e vinte anos e deveriam ser "instruídos em toda sabedoria e serem competentes para assistirem no palácio do rei"
No trato recebido por estes prisioneiros de guerra, percebemos um extraordinário exemplo da sábia política e liberalidade do ascendente Nabucodonosor.
Poderíamos tranquilamente escrever um volume inteiro baseado somente nessa única característica sua.
Em vez de dar preferência a meios que satisfizessem desejos inferiores e vis, como o fizeram, faziam e haveriam de fazer outros reis, ele escolheu jovens que deveriam ser bem educados nos assuntos pertinentes ao país e lhe pudessem prestar eficiente auxílio em sua administração pública.
Isto é notável!
Buscar obter o melhor de outra pessoa, independentemente de sua condição social, raça ou credo, é virtude de poucos! 
Ele conseguia enxergar a qualidade onde ela estivesse.
Durante o período de treinamento, que duraria três anos, lhes destinou boas condições de habitação e sua alimentação seria equivalente a servida a mesa real. 
Designou-lhes, não comida grosseira, o que muitos considerariam suficientemente boa para cativos mas, iguarias reais das quais ele mesmo comia.
Eles eram descendentes reais e como tal foram tratados pelo humanitário rei dos caldeus.
Outro detalhe que, seguido por todos os governantes do mundo faria deste um lugar aprazível para residência, era sua equilibradíssima e ponderada tolerância, aplicada como justiça ao teor da sua legislação.
Vejam bem.
A cultura antiga atribuía a um rei prerrogativas de um semi deus. 
Seu alimento diário continha porções ofertadas e consagradas pelas mais altas esferas sacerdotais aos deuses da nação, sendo por isto considerado especial.
Estes pratos servidos a sua mesa deveriam também serem repartidos com aqueles estudantes, até porque a crença a esse respeito seria o que os impulsionariam em sua tarefa aumentando-lhes sua inteligência e capacidade, através de sua comunhão com tais deuses. 
Um entre tantos melindres que acompanham os homens salvaguardando-os numa alta esfera popular através de seus dogmas fantasiosos.
Daniel e três amigos, por motivos de consciência  religiosa, optaram por um cardápio a base de cereais.
O rei acatou sua decisão, contrária que era a uma ordem particular, demonstrando novamente aqui possuir exata percepção daquilo por tantos propalado como democracia.
Muitos governos, visando interesses puramente pessoais incutem em seu povo a ideia de raça superior.
Bloqueiam acesso a imigrantes e declaram guerra aos que se opõe as suas normativas porque, declaram, são mais excelentes que outros pela moral que a si próprios se atribuem.
Neste relato Nabucodonosor aparece admiravelmente isento de fanatismo.
Não parece ter empregado nenhum meio de obrigar seus aprisionados mudarem seus credos.
Contanto que tivessem uma religião, ele parecia estar satisfeito, fosse essa a que ele professava ou não.
Que mentalidade admirável! 
Pudera o mundo ter mais governantes deste  cunho.
Transparece desejar ele governar para todas as camadas da sociedade, sem distinções.
Em virtude de tão  nobres atribuições Deus lhe deu a conhecer o percurso da historia das nações através de um sonho que teve e que não se lembrava o que era.
"Estando tu, ó rei no teu leito, surgiram-te pensamentos do que há de ser depois disto. Aquele, pois, que  revela mistérios to revelou o que há de ser"(Dn.2:29) Aqui é realçado outro traço de caráter louvável no rei.
Em contraste com outros governantes, que enchem o momento presente com loucuras e orgias sem considerar o futuro, ele refletia sobre os dias vindouros, ansiosamente preocupado em saber que acontecimentos os haveriam de preencher. Seu objetivo com isso era, sem dúvida, melhor saber aproveitar sua vigente administração. "Então o rei mandou chamar os magos, os encantadores, os feiticeiros e os caldeus, para que declarassem ao rei quais lhe foram os sonhos; eles vieram e se apresentaram diante do rei" (Dn.2:2)
Os magos eram os que praticavam magia. Tomando-se essa palavrano seu pior sentido, praticavam todos os supersticiosos ritos e cerimônias dos adivinhos, prognosticadores, lançadores de sorte e leitores de horóscopo, e outras pessoas da mesma espécie.
Astrólogos eram os que afirmavam predizer acontecimento pelo estudo dos astros.
A ciência da superstição era extensamente cultivada pelas nações orientais da antiguidade.
Feiticeiros eram os que diziam comunicar-se com os mortos.
É sempre neste sentido que a palavra feiticeiro se origina na Bíblia.
O moderno espiritismo é simplesmente a antiga feitiçaria pagã reavivada.
"Disse-lhes o rei: Tive um sonho... Os caldeus disseram ao rei... Dize o sonho e daremos a interpretação" (2:3,4) Qualquer que seja outra matéria em que os antigos magos e astrólogos tenham sido eficientes, parecem ter dominado a arte de extrair informações suficientes para formar a base de hábeis cálculos, e a partir disso formular respostas ambíguas que se adaptavam a todo rumo que tomasse os acontecimentos.
Por isso pediram ao rei que lhes contasse o sonho.
"Respondeu o rei: Uma coisa é certa; se não me fizerdes saber o sonho sereis destruídos, junto com suas famílias"(Dn.2:5-13)
Alguns tem censurado severamente a Nabucodonosor nesta questão, acusando-o de agir como tirano e irracional.
Mas esses magos se diziam capazes de revelar coisas ocultas; predizer acontecimentos; tornar conhecidos mistérios que suplantavam inteiramente a previsão e penetração humana, e fazer isto com a ajuda de agentes sobrenaturais.
Se esta pretensão tinha alguma validade o rei queria resposta.
A severidade daquela sentença se pode atribuir mais aos costumes da época que malignidade de sua parte.
Considere-se quem foram que desse modo incorreram em sua ira.
Eram seitas numerosas, opulentas e influentes.
Além disso eram as classes instruídas e cultas da sociedade.
Contudo o rei não estava apegado a sua religião a ponto de poupa-la, mesmo com a influências de que esta desfrutava.
Se o sistema era de fraude e impostura, teria de cair, por mais elevados que fossem seus partidários em números ou posição, não importando quantos deles pudessem estar envolvidos nessa ruína.
O rei não podia compactuar com a desonestidade ou o engano.
Mais tarde publicou um edito no qual assumia publicamente sua fé no Deus criador, proibindo inclusive em seus domínios qualquer palavra ofensiva contra a Majestade dos Céus.
Um grande rei, um grande sábio, um grande ser humano.













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